SALMO 111


TÍTULO
Não há título neste salmo, mas trata-se de um hino de louvor alfabético, tendo por assunto as obras do Senhor na criação, providência e graça. O doce cantor se demora na idéia de que Deus deve ser conhecido por seu povo, e que este conhecimento quando transformado em piedade prática é a sabedoria verdadeira do homem, e a causa certa de adoração duradoura. Muitos desconhecem o que seu Criador já fez, portanto, são tolos de coração, e se calam quanto a louvores de Deus: este mal só pode ser removido por uma recordação das obras de Deus e um estudo diligente delas; para isso, então, o salmo visa nos despertar. Pode ser chamado O salmo das Obras de Deus, que pretende entusiasmar-nos à obra do louvor.


DIVISÃO
O salmista começa com um convite ao louvor, Sl 111.1, e então passa a fornecer-nos matéria para adoração nas obras de Deus e seus procedimentos com seu povo, Sl 111.2-9. Ele termina seu cântico com uma recomendação ao culto do Senhor e aos homens que o praticam.


DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Aleluia! (ou) Louvai ao Senhor; há uma exortação. "Darei graças ao Senhor"; há um voto. Será meu voto "de todo o coração"; há uma piedade experimental. Será "na reunião da congregação dos justos"; há uma posição relativa junto da família de Deus (Joseph Irons).
VERS. 1. De todo o meu coração. Isso inclui espiritualidade, simplicidade e sinceridade (Joseph Irons).
VERS. 1.
1. Quem são os justos?
2. O que estão fazendo? Louvando a Deus.
3. O que farei se eu for favorecido a me colocar entre eles? "Louvarei ao Senhor".
VERS. l. Onde amo estar, e o que eu amo fazer.


VERS. 2. O filósofo cristão.
1. Sua esfera: "As obras do Senhor".
2. Seu trabalho: Buscá-las e meditar sobre elas.
3. Sua qualificação: Ele tem prazer nelas.
4. Sua conclusão: "Louvar", como em Sl 111.1


VERS. 2-9. O salmista nos fornece assunto para louvor que surge das obras de Deus.
1. A grandeza de suas obras e a glória delas.
2. A retidão delas.
3. A bondade delas.
4. O poder delas.
5. A conformidade delas com a sua palavra de promessa.
6. A perpertuidade delas (Matthew Henry).


VERS. 3 (última cláusula). Como um atributo essencial, conforme revelada na providência, vindicada na redenção, demonstrada no castigo, apropriada por crentes.


VERS. 4. A compaixão do Senhor conforme vista ao ajudar as memórias de seu povo.


VERS. 4-5. As maravilhas de Deus não deveriam ser famosas maravilhas de nove dias.
1. É projeto de Deus que suas maravilhas sejam lembradas, por isso:
(a) Ele as fez grandes.
(b) Ele as trabalhou para um povo imerecedor.
(c) Ele as elaborou em horas memoráveis.
(d) Ele as fez registrar.
(e) Ele instituiu memoriais.
(f) Ele mandou que as contassem a seus filhos.
(g) Ele tratou com eles de maneira tal a reavivar suas memórias.
2. É sabedoria nossa lembrar das maravilhas do Senhor:
(a) Para nos assegurar de sua compaixão: "O Senhor é gracioso".
(b) Para fazer-nos considerar sua abundância: "Deu alimento".
(c) Para certificar-nos de sua fidelidade: "sempre se lembra de sua aliança".
(d) Para suscitar nosso louvor: "Louvem ao Senhor".


VERS. 5. Há:
1. Incentivo do passado: "Deu alimento".
2. Confiança para o futuro: "Sempre se lembra" (G. R.).


VERS. 6. O poder de Deus é um incentivo para a evangelização dos pagãos.


VERS. 9. Redenção. Louvem a nosso Jeová Triuno por sua redenção. Escreva isso onde possa lê-lo. Afixe onde possa vê-lo. Grave-a no seu coração para que possa entendê-la. É uma palavra enorme em sua importância. Nela estão contidos seus destinos o os da Igreja, até todas as épocas futuras. Há nela alturas que vocês podem nunca ter escalado, e profundezas que podem nunca ter sondado. Vocês nunca tomaram as asas da manhã e foram aos extremos da terra, para medir o comprimento e largura dela. Use-a como selo no seu braço, como anel de sinete em sua mão direita, pois Jesus é o autor da redenção. Ó! preze-a como pedra preciosa, mais preciosa que rubis... Deixe que ela expresse suas melhores esperanças enquanto você vive, e firme-se nela em seus lábios trêmulos no momento de dissolução, pois ela formará o coro do canto dos remidos por toda a eternidade ( Isaac Saunders, 1818).
VERS. 9. Ele comandou sua aliança para sempre. Como ele fez aliança, assim ele cuida que seus aliados sejam respeitados, que são tão mandatários para nós, como sua aliança é para ele; e através da graça, sua aliança é tão mandatária para ele, como os nossos compromissos da aliança são para nós (John Trapp).
VERS. 9. Santo e temível, ou terrível, é seu nome. "Santo é seu nome", e portanto "terrível" para aqueles que, sob todos os meios da graça, continuam a não ser santos (George Horne).
VERS. 9. Santo e reverendo é seu nome. Que nós, portanto, não devemos pronunciar repentina e impensadamente. Os judeus não queriam pronunciá-lo. Os gregos (como Suidas observou), quando queriam jurar pelo Júpiter deles, faziam questão de não mencioná-lo. Isso deveria agir como um freio na profanação comum entre nós. Que aqueles que querem ter o seu nome reverendo, se esforcem para serem santos como Deus é santo (John Trapp).
VERS. 9. Redenção. Concebida, arranjada, executada e aplicada por Deus. Por preço e por poder. Para que nós possamos ser livres do pecado e da morte, os salvos do Senhor, a glória do Senhor.
VERS. 9. Redenção.
1. Seu autor: "Ele trouxe".
2. Seus objetivos: "A seu povo".
3. A garantia que nos dá: "Ele firmou a sua aliança".
4. O louvor que isso cria em nós.
VERS. 9. Santo e reverenciado.
1. A santidade de Deus é o objeto de nossa reverência.
2. Tal reverência tem muita influência útil sobre nós.
3. Deve sempre acompanhar nossa fé na redenção e aliança. Ver as frases anteriores do versículo.


VERS. 10.
1. O começo na escola de Cristo.
2. O homem que já se formou: tem "um bom entendimento".
3. O Mestre que recebe o louvor.
VERS. 10.
1. O princípio da sabedoria: "O temor do Senhor" - Deus é temido.
2. Sua continuação: "todos os que cumprem os seus preceitos revelam bom senso" - quando o temor do Senhor no coração é desenvolvido na vida.
3. Seu fim, louvar a Deus para sempre: "seu louvor" (G. R.).