SALMO 75


TÍTULO
Ao mestre da música. Eis aqui uma nobre obra para ele, pois o grito do salmo anterior está para ser ouvido, e o desafio dos inimigos de Israel é assumido pelo próprio Deus. Aqui a filha virgem de Sião despreza seu inimigo, e ri-se em zombaria dele. A destruição do exército de Senaqueribe é uma ilustração notável desse cântico sagrado. Al-taschith. Aqui temos outro dos salmos "não destrua", e o título talvez pretendesse ser um controle sobre a ferocidade natural dos oprimidos, ou um insulto ao inimigo selvagem, que aqui é amargamente ordenado para não destruir, porque a nação está bem consciente de que ele não pode. Aqui, em fé santa, a criança que mama brinca no buraco da víbora, e a desmamada põe a mão no covil da serpente. Um salmo ou canto de Asafe. Para ser lido ou cantado. Um hino a Deus e um cântico para seus santos. Feliz o povo que tendo encontrado o poeta Milton em Davi teve um compositor de canto quase igual em Asafe: mais feliz ainda, porque esses poetas não foram inspirados por fontes terrenas castelãs, e sim beberam "da fonte de toda bênção".


DIVISÃO
O hino do povo começa com gratidão e adoração, em Sl 75.1. Nos quatro versículos seguintes, em Sl 75.2-5, o Senhor se revela como governando o mundo com justiça. Depois, segue uma voz de aviso da igreja aos seus inimigos, Sl 75.6-8, e um canto de fechamento antecipando a glória que é devida a Deus e a derrota completa de seus inimigos.


DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. As incessantes ações de graças da igreja, seu grande motivo para adorar; a proximidade de seu Deus, e a prova evidente disso nas mostras de seu poder.
VERS. 1.
1. Nós damos graças?
2. Sim, nós damos graças.
3. Que agradecimentos fazemos?
4. Quando agradecemos?
5. Vamos dar graças novamente.
Boas resoluções são louváveis; como devem ser feitas, fortalecidas e realizadas.


VERS. 3. O Senhor é o esteio de seu povo mesmo sob as piores circunstâncias.
VERS. 3. Ensina-nos que nenhuma desordem ou confusão deve nos impedir de fazer aquilo que Deus requer de nós; não, pelo contrário, quanto mais as coisas estão desarranjadas, mais prontamente devemos trabalhar para retificá-las (Thomas Wilcocks).


VERS. 4.
1. Quem lhes falou? Eu: Deus.
2. Quem eram eles? Tolos, maus.
3. O que você disse?
4. O que adiantou? Ou, repreender o pecado, um dever.
VERS. 4. O trio profano: maldade, tolice, soberba.


VERS. 5. Argumentos contra o orgulho no coração, na aparência, na fala.


VERS. 6-7. As mudanças da providência não são truques da sorte.


VERS. 7. Deus age como juiz e não arbitrariamente em seus arranjos providenciais.


VERS. 8. Na mão do Senhor está um cálice.
1. Quanto à questão de preparação, considere que seja assim, e portanto está nas mãos do Senhor.
2. Quanto à qualificação: é ele quem o tempera; estava cheio de mistura.
3. Quanto à distribuição, dando a cada um sua parte e porção dele (Thomas Horton).
VERS. 8. O copo de ira. Onde está, o que é, até que ponto está cheio, quem o traz, quem precisa bebê-lo.
VERS. 8. Cheio de mistura. Ira de Deus, remorso, lembrança de alegria perdida, temor do futuro, recriminações, desespero, vergonha, todos estes são ingredientes do copo da mistura.
VERS. 8 (última cláusula).
1. "A borra" do copo: a ira da ira, o amargor do fel.
2. O refugo do povo: "os ímpios da terra".


VERS. 9. Nossa vocação na vida: declarar e cantar.