35. FALTA QUADRÚPLICE

"Não atende a ninguém, não aceita disciplina, não confia no Senhor, não se aproxima do seu Deus" (Sofonias 3.2).

 

Quando o Senhor está julgando homens ele não poupa aqueles que são chamados seu povo: Moabe e Amom e Nínive são visitados, e Jerusalém não é poupada.

Há pecados que pessoas de fora não podem cometer, tais como aqueles do texto. Quando privilégios próprios só criam pecados próprios, serão seguidos por castigos próprios.

As ofensas mencionadas neste versículo são encontrados em nações, igrejas e indivíduos até o dia de hoje, e em certa medida entre o próprio povo de Deus.

 

I. NO TEXTO, PERCEBEMOS QUATRO PECADOS MANIFESTOS.

1. Só faremos sobre eles, como um todo, quatro observações.

- Certamente existirão pecados de omissão onde houver pecados de comissão. Diz-se de Jerusalém ser "suja e poluída" e depois esses pecados são recitados.

- Pecados de omissão se classificam com as mais sujas das ofensas. Considere o contexto e veja com que crimes temíveis estão catalogados, como se para marcar sua vileza.

- Pecados de omissão andam em grupos. "Ela não aceita." "Ela não recebeu a instrução." "Ela não confia." "Ela não se chegou perto de seu Deus." Quantos pássaros nocivos podem morar em um só ninho! Um pecado nunca anda sozinho.

- Pecados de omissão não são inferiores principalmente quando são espirituais. Como são aqueles mencionados no texto e são citados entre crimes de tingimento mais profundo.

2. Notaremos cada um dos quatro separadamente:

- uviram Deus falar, mas não deram atenção. Isso incluiu rebelião, dureza de coração, presunção e desafio ao Senhor, e tudo isso depois de solenes avisos, muita instrução e terno convite.

- Sentiram correção, mas não ficaram instruídos. Isso envolveu a maior persistência em rebelião, e ainda mais dureza de coração.

- Eles foram incrédulos e desconfiados, e confiaram em ídolos, e não no Senhor. Descrença é um pecado-mestre.

- Eles não tinham comunhão com seu Deus. "O Deus dela" implica existência de relacionamento de pacto, no nome pelo menos, mas não houve culto, amor, nem serviço.

Esses quatro pecados abundam à nossa volta e entre nós. Desatenção, teimosia, descrença e aversão a Deus são comuns. Envolvem homens em aflição nesta vida, e em ruína eterna no mundo vindouro. Será que não estão destruindo alguns de vocês?

 

II. NO TEXTO NÓS DESCOBRIMOS QUATRO ENCORAJAMENTOS OCULTOS PARA SE PROCURAR COISAS MELHORES.

Que aqueles que confessam seu pecado olhem o texto com esperança, pois está claro que:

1. Deus fala aos homens. Ele pode falar conosco de novo.

2. Deus corrige para nosso bem. A intenção é instruir, não destruir.

3. Deus quer que confiemos nele. Ele não nos culparia por não confiarmos se não fôssemos permitidos confiar nele.

4. Deus quer que nos aproximemos dele. Se não, não seria mencionado como pecado nosso o fato de não nos aproximarmos dele. Tudo isso se aplica a nós até o dia de hoje. O Senhor ainda está no meio de nós, lendo nossas almas no mais íntimo de nós. Vamos colocar nossos pecados no coração, e buscar a face dele através de Jesus Cristo.

 

UNS POUCOS PEQUENOS PEIXES

Lembre-se, ó minha alma, da figueira que foi repreendida, não por dar fruto prejudicial, mas por não dar fruto algum (Thomas Fuller).

As últimas palavras que se escutou o arcebispo Usher dizer foram estas: "Senhor, perdoa meus pecados, especialmente meus pecados de omissão."

Pecados de comissão são geralmente castigos por pecados de omissão. Aquele que deixa atrás uma obrigação pode logo ser deixado para cometer um crime (Gurnall).

Nenhum pecado fica sozinho. Dr. Macdonald diz: "Não há defeito que não traga seus irmãos e irmãs e primos para viver consigo."

Ó, como é raro achar uma alma suficientemente quieta para ouvir Deus falar! (Fenelon).

A graça transforma a serpente em vara, mas o pecado transforma a vara em serpente. A primeira transforma veneno em remédio, mas este último transforma o remédio em veneno (Benjamin Beddome).

Tristeza é mandada para nossa instrução, assim como escurecemos as gaiolas de pássaros quando queremos ensiná-lo a cantar (Jean Paul Richter).