Nosso Exército


A Igreja do Deus Vivo

 

Agora precisamos passar em revista nosso exército.


Que podem fazer os homens individuais em uma grande cruzada? Estamos associados com todo o povo do Senhor. Precisamos ter os membros de nossas igrejas como camaradas; eles precisam sair e ganhar almas para Cristo. Precisamos da cooperação de todos os irmãos e irmãs. O que poderemos realizar, a não ser que os salvos saiam, todos eles, em prol da salvação de outros? Mas agora propomos a questão: deve mesmo haver uma igreja? Haverá um exército distinto de santos ou devemos incluir ateus? Você já ouviu falar "da igreja do futuro" que devemos ter em vez da igreja de Jesus Cristo. Como as correntes extremas receberão ateus, podemos esperar que também incluirão espíritos maus. Por certo, será uma igreja maravilhosa quando a virmos! Será qualquer outra coisa que você quiser, exceto uma igreja. Quando os soldados de Cristo tiverem incluído em suas fileiras toda a bandidagem do adversário, será que haverá qualquer exército para Cristo? E isso não significa claramente uma capitulação, uma rendição logo no início da guerra? Acho que sim.


Não só precisamos crer na igreja de Deus, mas também reconhecê-la de maneira muito clara. Algumas denominações valorizam mais tudo e qualquer coisa que a igreja. Uma reunião da igreja é algo desconhecido. Em algumas denominações "a igreja" significa os ministros ou o clero; mas, na verdade, deve significar todo o corpo de fiéis, além de dar oportunidade para que estes se encontrem e atuem como igreja. Creio que o certo é a igreja de Deus continuar exercendo a obra de Deus na terra. O poder e direção finais são do nosso Senhor Jesus e devem ficar com ele, não com alguns poucos escolhidos por delegação ou patronagem, mas com todo o corpo de crentes. Precisamos mais e mais validar a igreja que Deus confiou aos nossos cuidados e, ao fazer isso, evocaremos uma força que de outra forma permanecerá dormente. Se a igreja é reconhecida por Jesus Cristo, é digna de ser reconhecida por nós; pois somos os servos da igreja.


Sim, cremos que deve haver uma igreja. Mas igrejas desapontam muitas pessoas. Todo pastor de uma igreja grande confessa isso em sua alma. Não sei se as igrejas de hoje são piores ou melhores do que costumavam ser no tempo de Paulo. As igrejas em Corinto e Laodicéia e outras cidades exibiam faltas graves, não nos admiremos de haver faltas nas nossas, porém devemos nos afligir sobre tais coisas e trabalhar para alcançar um padrão superior. Embora os membros de nossa igreja não sejam tudo que deveriam ser, nós também não somos. No entanto, se fosse a qualquer lugar para procurar companhia, com certeza procuraria os membros de minha igreja.


Esta é a companhia em que permaneço:
São os melhores amigos que eu conheço.


Ó Jerusalém, com todos seus defeitos, ainda o amo! As pessoas de Deus ainda são a aristocracia da raça: Deus as abençoe! Sim, nosso propósito é ter uma igreja.


Essa igreja é real ou fruto da estatística?

Bem, essa igreja é real ou fruto da estatística? Isso depende muito de vocês, caros irmãos. Insto-os para que resolvam não ter nenhuma igreja a não ser que seja uma igreja real. O fato é que vezes demais as estatísticas eclesiásticas são chocantemente falsas. Como sabemos, cozinhar tais relatórios não é uma arte desconhecida em certos lugares. Soube de um caso, um dia desses, em que foi relatado um aumento de quatro crentes no rol de membros; mas se este fosse atualizado deveria haver um decréscimo de vinte e cinco. Não é falsidade manipular os números? Há como manipular os números. Nunca faça isso. Não deixemos nomes em nossos livros de registros quando são apenas nomes.


Certos indivíduos, dentre os bons e velhos membros, gostam de conservá-los ali e não suportam que sejam removidos, mas quando você não sabe onde as pessoas estão nem o que são, como pode contá-las? Foram para os Estados Unidos, Austrália ou para o céu, mas ainda estão na sua lista. Isso é certo? Pode ser possível que ela não esteja absolutamente correta, mas visemos isso. Devemos enxergar isso sob um aspecto muito sério e nos livrar do vício do falso relatório, pois o próprio Deus não abençoa meros nomes. Não é de seu feitio trabalhar com aqueles que desempenham um falso papel. Se não há uma pessoa real para cada nome, refaça a lista. Mantenha sua igreja real e eficaz ou não faça nenhum relatório. Uma igreja meramente nominal é uma mentira. Que ela seja o que professa ser. Podemos não nos gloriar em estatísticas; mas devemos conhecer os fatos.


Essa igreja vai aumentar ou morrer?

Mas essa igreja vai aumentar ou morrer? Ela fará uma coisa ou outra. Veremos nossos amigos indo para o céu e se não há homens e mulheres jovens convertidos, e trazidos, e acrescentados a nós, a igreja na terra terá emigrado para a igreja triunfante do alto; e o que será feito em prol da causa e do reino do Mestre aqui embaixo? Devemos clamar, orar e rogar para que a igreja possa crescer continuamente. Devemos pregar, visitar, orar, e trabalhar para esse fim. Possa o Senhor, diariamente, acrescentar a nós aqueles que são salvos! Se não há nenhuma colheita, a semente pode ser verdadeira? Pregamos doutrina apostólica se nunca vemos resultados apostólicos? Ó meus irmãos, nossos corações deveriam estar prontos a se partir se não há nenhum aumento nos rebanhos que cuidamos. Ó Senhor, nós te imploramos, manda prosperidade já!


Treiná-la na arte santa da oração

Se uma igreja vai cumprir os propósitos de Deus, devemos treiná-la na arte santa da oração. Infelizmente, são muito comuns as igrejas sem reuniões de oração. Mesmo que haja apenas uma assim, devemos chorar por ela. Em muitas igrejas a reunião de oração é apenas o esqueleto da reunião: a forma é preservada, mas as pessoas não vêm. Não há nenhum interesse, nenhum poder ligado à reunião. Ah, meus irmãos, que não seja assim com vocês! Treinem as pessoas para se reunir continuamente em oração. Acorde-os com súplicas incessantes. Há uma arte santa nisso. Estudem para se apresentar diante Deus aprovados pela devoção de seu povo. Se você mesmo ora, há de querer que orem consigo, e quando começam a orar com você, e por você, e pelo trabalho do Senhor, eles mesmos desejarão mais oração, e o apetite crescerá. Creia-me, se uma igreja não ora, ela está morta. Em vez de pôr a reunião de oração em último lugar, ponha-a em primeiro. Tudo depende do poder de oração na igreja.


Ocupar nossas igrejas para Deus

Devemos ter nossas igrejas todas ocupadas para Deus. Qual é a utilidade de uma igreja que simplesmente se reúne para ouvir sermões, assim como uma família se reúne para fazer suas refeições? Insisto, o que ela aproveita se não faz nenhum trabalho? Não há mesmo muitos professores tristemente negligentes no trabalho do Senhor, embora bastante diligentes em seu próprio? Por causa do ócio cristão ouvimos falar na necessidade de entretenimentos e todo tipo de bobagem. Se eles estivessem ocupados para o Senhor Jesus, não ouviríamos falar nisso. Uma boa senhora disse a uma dona de casa: "Dona Fulana, como você consegue se divertir?". Ela respondeu: "Ora, minha querida, como você pode ver, há tantas crianças e trabalho a ser feito em minha casa". Ao que a outra retrucou: "Sim, eu vejo isso. Vejo que há muito trabalho a ser feito em sua casa; mas como nunca está feito, queria saber como você se divertia".


Muito precisa ser feito por uma igreja cristã dentro de seus próprios limites e para a vizinhança, e para os pobres e caídos, e para o mundo pagão, etc.; e se isso for bem feito, as mentes, e corações, e mãos, e línguas serão ocupadas e não procurarão divertimentos. Deixem que o ócio e aquele espírito que governa as pessoas preguiçosas dominem, e surgirá o desejo de diversão. E que divertimentos! Se a religião não for uma farsa em algumas congregações, as pessoas, de forma alguma, compareceriam mais para se unir em oração do que para ver uma farsa. Eu não entendo isso. O homem que está entusiasmado com o amor a Jesus não tem necessidade de passatempo. Ele não tem tempo para frivolidades. Está sinceramente interessado em salvar almas, e estabelecer a verdade, e ampliar o reino de seu Senhor.


Sempre me sinto pressionado por alguma necessidade para a causa de Deus; e depois que resolvo aquela, tem outra, e outra, e mais outra, e meu esforço tem sido para achar oportunidade de fazer o trabalho que deve ser feito, assim não tenho tido tempo para ir atrás de frivolidades. Ah, conse-guir uma igreja que trabalha! As igrejas alemãs, quando nosso querido amigo, sr. Oncken, estava vivo, sempre seguiam a regra de perguntar a cada crente: "O quê você vai fazer por Cristo?", e eles escreviam a resposta em um livro. Era exigido de cada membro que ele continuasse a fazer alguma coisa para o Salvador. Se ele parasse de fazer alguma coisa era assunto para disciplina da igreja, porque ele era um professor ocioso, e não era permitido permanecer na igreja como um zangão em uma colméia de abelhas trabalhadoras. Ele precisava fazer algo ou sair. Ó, um vinhedo sem uma só figueira estéril para atravancar o terreno! Atualmente, a maior parte de nossa guerra sagrada é levada adiante por um pequeno corpo de pessoas sinceras que vivem intensamente, os demais ou estão em hospitais ou são meros seguidores. Somos agradecidos por aqueles poucos consagrados, mas ansiamos por ver o fogo do altar consumir tudo que professamente está sobre o altar.


Igrejas que produzem santos

Irmãos, também queremos igrejas que produzem santos; homens de fé poderosa e oração prevalecente; homens de vida santa, de ofertas consagradas, cheios do Espírito Santo. Precisamos ter esses santos como ricos cachos, ou, por certo, não somos ramos da verdadeira videira. Desejo ver em toda igreja uma Maria sentada aos pés de Jesus, uma Marta servindo Jesus, um Pedro e um João; mas o melhor nome para uma igreja é "Todos os Santos". Todos os crentes devem ser santos, e todos podem ser santos. Não temos nenhuma ligação com "os santos dos últimos dias", mas amamos os santos de todos os dias. Ai, que haja mais deles! Se Deus nos ajudar para que assim toda a companhia de fiéis, cada um individualmente, chegue à plenitude da estatura de um homem em Cristo Jesus, então veremos coisas maiores do que essas. Tempos gloriosos virão, quando os crentes tiverem caráter glorioso.


Igrejas que conheçam a verdade, bem instruídas nas coisas de Deus

Queremos também igrejas que conheçam a verdade e sejam bem instruídas nas coisas de Deus. O que é que algumas pessoas cristãs conhecem? Elas vêm e ouvem, e, na plenitude de sua sabedoria, você os instrui, mas quão pouco recebem para armazenar para a edificação! Irmãos, em parte a falta é nossa, e em parte deles mesmos. Se ensinássemos melhor, eles aprenderiam melhor. Veja quão pouco muitos professores sabem, não o suficiente para lhes dar discernimento entre verdade viva e erro mortal. Os crentes de antigamente podiam lhe dizer o capítulo e versículo para o que eles criam, mas restam poucos desses! Nossos veneráveis avós estavam à vontade, sentiam-se confortáveis quando conversavam sobre "as alianças". Amo homens que amam a aliança da graça, e baseiam nela sua teologia: a doutrina das alianças é a chave da teologia. Aqueles que temiam ao Senhor falavam muito um com o outro.


Costumavam falar da vida eterna e de tudo que vem dela. Eles tinham um bom argumento para essa crença e uma excelente razão para aquela outra doutrina; tentar abalá-los não era de modo algum tarefa que trouxesse esperança de sucesso: era tão passível de esperança como sacudir os pilares do universo, porque eles eram firmes e não podiam ser levados levianamente por todo vento de doutrina. Sabiam o que conheciam, sabiam seguramente aquilo que tinham aprendido. O que vai acontecer com nosso país, com a atual chuva forte de romanismo despejando-se sobre nós por meio do partido ritualista, a não ser que nossas igrejas tenham abundância de crentes firmes que possam discernir entre a regeneração do Espírito Santo e seu substituto cerimonial? O que acontecerá com nossas igrejas nesses dias de ceticismo quando se aponta toda verdade fixada com o dedo da dúvida, a não ser que nosso povo tenha as verdades do evangelho escritas em seus corações? Ah, por uma igreja de crentes absolutos, impenetráveis à dúvida que destrói a alma, que se derrama abundantemente sobre nós!


Uma igreja de natureza missionária

Mas nem isso alcançaria nosso ideal. Queremos uma igreja de natureza missionária que sairá para reunir o povo para Deus em todas as partes do mundo. A igreja é uma companhia de salvar almas ou não é nada. Se o sal não exerce influência preservadora sobre aquilo que o rodeia, qual é a utilidade dele? Contudo, alguns recuam de qualquer esforço em sua vizinhança imediata por causa da pobreza e vício do povo. Lembro-me de um pastor já morto, sob muitos aspectos era um homem muito bom, mas deixou-me muito surpreso com a resposta que deu a uma pergunta minha. Ao comentar que ele tinha uma vizinhança feia em redor de sua capela, disse: "Será que você pode fazer muita coisa por eles?".


Ele respondeu: "Não, sinto-me quase contente por ficarmos afastados deles; pois veja, se alguns deles fossem convertidos, seria um terrível peso sobre nós". Eu sabia que ele era o próprio espírito de cautela e prudência, mas essa resposta me assustou e busquei uma explicação. Ele disse: "Bem, nós teríamos que mantê-los, em sua maioria são ladrões e meretrizes que se forem convertidos não têm meios para viver, somos um povo pobre e não poderíamos sustentá-los"! Ele era um homem devoto com quem era proveitoso conversar, ainda assim era dessa forma que encarava os fatos. Seu povo tinha dificuldade em cobrir as despesas do culto, assim a fria penúria reprimiu um zelo gracioso e congelou a corrente amável de sua alma. Houve bastante bom senso no que disse, mas ainda assim era uma coisa terrível dizê-lo. Queremos um povo que não cante para sempre,


Somos um jardim cercado,
Uma terra escolhida e especial;
Um pequeno ponto de graça,
Neste mundo deserto e solitário.


Pode ser um verso para se cantar ocasionalmente, mas não quando quer dizer: "Somos muito poucos e desejamos ser assim". Não, não, irmãos! somos um destacamento dos soldados do Rei, detidos em um país estrangeiro, em serviço de guarda; contudo, não tencionamos apenas guardar o forte, mas acrescentar território ao domínio de nosso Senhor. Não estamos aqui para ser expulsos; ao contrário, vamos expulsar os cananeus, pois essa terra nos pertence, foi-nos dada pelo Senhor, e a conquistaremos. Possamos estar animados pelo espírito de descobridores e conquistadores e que nunca descansemos enquanto ainda houver uma classe para ser salva, uma região para ser evangelizada!


Como homens em um salva-vida remamos em um mar bravio e nos apressamos em direção ao naufrágio ali adiante, onde homens estão perecendo. Se não conseguirmos trazer os restos do navio naufragado à terra, pelo menos, pelo poder de Deus, salvaremos os que estão perecendo, salvaremos vidas e conduziremos os remidos às praias da salvação. Nossa missão, como a de nosso Senhor, é reunir os escolhidos de Deus dentre os homens para que possam viver para a glória de Deus. Todo homem salvo deve ser, sob o comando de Deus, um salvador, e a igreja não está em seu estado certo até que tenha alcançado essa compreensão. A igreja eleita é salva para que possa salvar, purificada para que possa purificar, abençoada para que possa abençoar. O mundo inteiro é o campo, e todos os membros da igreja devem trabalhar nele para o grande Agricultor. Terras incultas serão recuperadas, as improdutivas serão rasgadas pelo arado, até que o lugar solitário comece a florir como a roseira. Não podemos ficar contentes em nos manter onde estamos, precisamos invadir os territórios do príncipe das trevas.


Somos servos

Meus irmãos, qual é nossa relação com essa igreja? Qual é nossa posição nela? Nós somos servos. Possamos sempre reconhecer nosso lugar e guardá-lo! O lugar mais alto na igreja sempre virá para o homem que voluntariamente escolhe o mais baixo. Enquanto ele aspira ser grande entre seus irmãos, declina até chegar a ser o menor de todos. Certos homens poderiam ter sido alguma coisa se já não se tivessem julgado ser isso. Um homem que conscientemente se acha grande, com certeza é pequeno. Aquele que se considera senhor da herança de Deus é um vil usurpador. Aquele que em seu coração e alma está sempre pronto a servir o menos importante da família, que espera que outros tirem vantagem dele e está disposto a sacrificar o bom nome e a amizade por amor a Cristo, este cumprirá um ministério enviado dos céus. Não somos enviados para ser servidos, mas para servir, para ministrar. Cantemos ao Bem-Amado:


Não há um cordeiro em todo teu rebanho,
Que eu desprezaria alimentar;
Não há um inimigo diante de cuja face
Eu temeria tua causa defender.


Ser exemplos para o rebanho

Também precisamos ser exemplos para o rebanho. Aquele que não pode ser imitado com segurança não deve ser tolerado em um púlpito. Se já ouvi falar de um ministro que estava sempre disputando a primazia? Ou de outro que era maldoso e ambicioso? Ou de um terceiro cuja conversação não era sempre pura? Ou de um quarto que tinha por hábito não se levantar antes das onze horas da manhã? Minha esperança é que este último boato seja completamente falso. Um ministro ocioso--o que será dele? Um pastor que negligencia seu ofício? Ele espera entrar no céu? Estava para dizer: "Se ele vai para lá sob qualquer condição, que vá logo". Um pastor preguiçoso é uma criatura desprezada pelos homens e detestada por Deus. Disse para um fazendeiro: "Você dá cento e cinqüenta reais por ano para seu ministro! Ora, o pobre homem não consegue viver com isso". A resposta foi: "Olhe aqui, senhor! Eu lhe digo: o que nós lhe damos é muito mais do que ele merece ganhar".


É uma tristeza quando isso pode ser dito, é uma injúria a todos aqueles que seguem nossa sagrada vocação. Devemos ser exemplos para o nosso rebanho em todas as coisas. Devemos superar em toda diligência, toda bondade, toda humildade e toda santidade. Quando César entrou em suas guerras, uma coisa sempre ajudou seus soldados a suportar as dificuldades, sabiam que César passava o mesmo que eles. Ele marchava se eles marchavam, ele passava sede se eles passavam sede, e ele estava sempre no cerne da batalha se eles estavam lutando.


Se nós somos oficiais do exército de Cristo, devemos fazer mais do que os outros. Não podemos dizer: "Vão em frente", e sim: "Venham comigo". Nosso povo com razão deve esperar de nós, no mínimo, que estejamos entre os que mais se sacrificam, os mais laboriosos, os mais sérios e zelosos e algo mais. Não podemos esperar ver igrejas santas se nós, que devemos dar exemplo, não somos santificados. Se há em quaisquer de nossos irmãos consagração e santificação evidente a todos os homens, Deus os tem abençoado e os abençoará cada vez mais. Se não temos isso, não precisamos buscar longe para encontrar a causa de nossa falta de sucesso.


Tenho ainda muitas coisas que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora, pois já falei por muito tempo e vocês estão cansados. Desejo, contudo, se vocês puderem reunir sua paciência e forças, demorar-me um pouco na parte mais importante de meu tema triplo. Aqui, permitam-me orar pelo auxílio daquele cujo nome e pessoa eu quero engrandecer. Vem, Espírito Santo, Pomba celeste, e descanse sobre nós nesta hora!