TÍTULO
Um cântico de peregrinação. Um cântico alegre:
que todos os peregrinos à Nova Jerusalém o cantem com freqüência.
Os degraus, as subidas são muito visíveis; o tema sobe de
degrau em degrau desde "dificuldades" até uma "coroa",
de "lembra-te de Davi" a "farei renascer o poder de Davi".
A segunda metade é como o céu arqueando sobre "os campos
de Jaar" que são encontrados nas decisões e orações
que antecedem (v. 1-5).
DIVISÃO
Nossos tradutores dividiram bem este salmo. Ele contém uma afirmação
do cuidado ansioso de Davi, que deseja construir uma casa para o Senhor
(Sl 132.1-7); uma oração na remoção da arca
(Sl 132.8-10); e uma súplica sobre a aliança divina e suas
promessas (Sl 132.11-18).
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1.
1. O Senhor se lembra de Jesus, nosso Davi: ele o ama, deleita-se nele,
está com ele.
2. Nessa lembrança suas tristezas têm lugar proeminente -
"todas as suas aflições".
3. Contudo o Senhor seria trazido à lembrança de seu povo.
VERS. 1-2. Em relação a seu povo:
1. O Senhor se lembra:
(a) Dos indivíduos.
(b) De suas aflições.
(c) De seus votos.
2. O senhor se lembra deles:
(a) Para aceitá-los.
(b) Para se condoer deles.
(c) Para ajudá-los.
VERS. 1-2.
1. Deus se lembra de seu povo, de cada um: "Lembra-te de Davi".
O Espírito intercede dentro de nós de acordo com a vontade
de Deus.
2. Ele se lembra de suas aflições: "Davi e todas as
suas aflições". "Conheço suas obras e suas
tribulações".
3. Ele se lembra de seus votos; especialmente:
(a) Daqueles relacionados ao serviço dele.
(b) Daqueles feitos solenemente.
(c) Daqueles realizados fielmente (G. R.).
VERS. 1-5. Observe:
1. Como Davi doía por aquilo que concebia ser uma desonra a Deus,
que ele achava que poderia consertar. Considere "as dificuldades que
enfrentou" - porque a arca habitava atrás de cortinas, enquanto
que ele próprio habitava numa casa de cedro: 2Sm 7.2.
2. Considere:
(a) Sua singularidade. A maioria sente aflição em perdas
pessoais; muito poucos sofrem por uma causa como essa.
(b) A pequena compaixão com que a maioria dos homens enfrenta tal
sentimento. "Se Deus tenciona converter os pagãos, ele pode
fazer isso sem você, meu jovem", alguém disse ao doutor,
naquele tempo sr. Carey, quando o paganismo lhe afligia.
(c) A justeza desse sentimento para um homem que realmente teme a Deus.
(d) O agrado que Deus sente: 1Sm 2.30.
3. A sinceridade com ele se pôs a remediar a situação
que lhe era deplorável: "Ele jurou". Não pode haver
a menor dúvida de que ele se teria privado do prazer de luxos que
eram mundanos enquanto não realizasse a obra que lhe era cara ao
coração, se lhe tivesse sido permitido. Observe:
(a) Há pouco empenho pela honra de Deus quando a abnegação
pessoal não é exercida por amor à sua causa.
(b) Fosse tal empenho demonstrado pelo povo de Deus, seriam muitos os doadores
e mais liberais as doações; haveria mais trabalhadores, e
o trabalho seria feito com mais entusiasmo e melhor.
(c) Seria ótimo surpreender o mundo e merecer os louvores dos justos
por nos tornarmos entusiastas pela honra de Deus (J. F.).
VERS. 3-5.
1. Deveríamos desejar uma habitação para Deus mais
do que para nós mesmos. Deus deveria ter o melhor de todas as coisas.
"Aqui estou eu, morando num palácio de cedro, enquanto a arca
de Deus permanece numa simples tenda" (2Sm 7.2).
2. Devemos ser guiados pela casa de Deus ao buscar uma casa para nós
mesmos: "Não permitirei... enquanto não encontrar".
3. Devemos trabalhar para a prosperidade da casa de Deus ainda mais do
que pela nossa. Nada tornará sono nosso tão doce como ver
prosperar a igreja de Deus; nada nos fará perder mais o sono do
que vê-la decrescer: "Não permitirei que os meus olhos
peguem no sono nem que as minhas pálpebras descansem (Sl 132.4);
"Será que é hora para vocês, Ó povo, habitarem
em casas bem acabadas, e esta casa ficar estragada?" (G. R.).
VERS. 5. Algo para o qual viver - encontrar habitações novas
para Deus.
1. A Condescendência que fica subentendida: Deus conosco.
2. As Regiões examinadas: corações, lares, "lugares
escuros da terra".
3. A realeza do trabalho: Ocupa o Rei Davi, e é trabalho digno de
um rei (W. B. H.).
VERS. 5. "Um lugar para o Senhor". No coração,
no lar, na assembléia, na vida. Em todo lugar precisamos encontrar
ou fazer um lugar para o Senhor.
VERS. 5. "O poderoso Deus de Jacó."
1. Poderoso, e por isso ligou o céu e a terra em Betel.
2. Poderoso, e por isso trouxe Jacó de volta da Mesopotâmia.
3. Poderoso, e contudo lutou com ele em Jaboque.
4. Poderoso, e contudo deixou que fosse afligido.
5. Poderoso, e portanto deu-lhe pleno livramento.
VERS. 6-7. Usaremos estes versículos para fins práticos.
Uma alma suspirando por encontrar-se com Deus. E Deus marcou um lugar de
encontro.
1. Sabemos o que é. Um propiciatório, um trono de graça,
um lugar de glória revelada. Dentro dele, a lei preservada. Alimento
celestial - uma vasilha de maná. Governo santo - a vara de Aarão.
2. O desejo de achá-lo. Intensamente. Imediatamente. Reverentemente.
Anelando por recebê-lo.
3. Ouvimos falar dele. Quando éramos novos. Quase nos esquecemos
onde. Ouvimos isso de ministros, de homens santos, daqueles que nos amavam.
4. Nós o encontramos. Onde menos o esperamos. Num lugar despre-zado.
Num lugar solitário. Onde nos perdemos. Muito perto de nós
- onde nos escondemos como Adão entre as árvores.
5. Nós iremos. A Deus em Cristo. Por tudo que ele nos dá.
Para habitar com ele, para aprender com ele.
6. Nós nos prostraremos. Humildemente. Solenemente. Agradecida-mente.
Preparando-nos para o céu.
VERS. 7.
1. O lugar: "Seus tabernáculos".
(a) Construído para Deus.
(b) Aceito por Deus: presente em toda parte; especialmente aqui ele está
presente.
2. Nossa presença: "Iremos". Ali Deus está presente
para se encontrar conosco, e ali devemos estar presentes para encontrar-nos
com ele.
3. O plano:
(a) De adoração.
(b) Para consagrarmo-nos: "diante do estrado de seus pés"
(G. R.).
VERS. 8-9.
1. A presença de Deus desejada:
(a) Para que seja assinalado de modo evidente: "Levante-se" e
entre.
(b) Para que possa ser graciosa: "Tu e a arca" - para que ele
esteja Presente sobre o propiciatório.
(c) Para que seja sentido: acompanhado de poder: "A arca onde está
o seu poder".
(d) Para que seja permanente: "Levanta-te e vem para o teu lugar de
descanso".
2. As razões para este desejo.
(a) Com respeito aos sacerdotes ou ministros: "Vistam-se de retidão
os teus sacerdotes": não com sua própria retidão,
mas com roupas que falem de "roupas de salvação"
e "vestes de justiça".
(b) Com respeito aos adoradores: "Que teus santos". Que ministros
preguem o dom da retidão; não a que cresce da natureza do
homem, mas aquela que há "para todos os que crêem",
e que os santos "cantem de alegria" (G. R.).
VERS. 9. Considere:
1. A importância de um ministério reto na igreja.
2. A ligação entre um ministério reto e justo e um
povo alegre.
3. Ambos dependendo da operação graciosa de Deus (J. F.).
VERS. 9 (segunda cláusula).
1. Santos.
2. Canto clamoroso.
3. Explicação - "de alegria.
4. Apoiado - "cantem de alegria os seus fieis".
VERS. 9 (segunda cláusula). A ligação entre santidade
e alegria.
VERS. 9, 16. A liderança espiritual
1. As vestimentas:
(a) Retidão, pela qual a estola mais cara é um substituto
pobre.
(b) Salvação: saber, oratória, - de pouco valor em
comparação.
2. A obtenção das vestimentas:
(a) Precisam vir de Deus.
(b) Oração sincera deve subir constantemente de todos os
santos.
3. Vestir os trajes:
(a) Pela própria mão de Deus serão vestidos!
(b) Têm beleza e poder os que são assim vestidos.
(c) As pessoas são "teus sacerdotes" (W. B. H.).
VERS. 9, 16.
1. Sacerdotes e santos.
2. Vestimentas.
3. "Hinos antigos e modernos".
4. A presença real: Deus dando as roupas e a alegria.
VERS. 10.
1. Um mal para ser protestado: "Não rejeites o ungido"
- Não volte o rosto de modo que ele não o possa ver, ou ser
visto por você, ou aceito, ou não possa ter esperança.
2. Um apelo para ser usado: "por amor ao teu servo Davi" - sua
aliança com ele, seu zelo, sua consagração, suas aflições,
seu serviço prestado. É bom apelo evangélico, como
o que pode ser usado em muitas ocasiões.
VERS. 11 (cláusula do meio). Nossa confiança: "Ele não
revogará". Não é um Deus volúvel. Ele
previu tudo. Ele pode desempenhar seu propósito. Sua honra está
empenhada. Sua promessa não pode falhar
VERS. 12. O favor familiar pode ser perpétuo, mas as condições
precisam ser observadas.
VERS. 13.
1. Escolha soberana.
2. Habitação interior condescendente.
3. Descanso eterno.
4. A graça é o motivo - "É o meu desejo".
VERS. 14.
1. Deus encontrando descanso em sua igreja.
(a) As três pessoas honradas.
(b) A natureza divina exercida.
(c) Propósitos eternos cumpridos.
(d) Energias onipotentes recompensadas.
(e) Sacrifícios tremendo lembrados.
(f) Atributos gloriosos louvados.
(g) Relacionamentos tremendos recordados.
2. Este descanso durando para todo o sempre.
(a) Sempre haverá uma igreja.
(b) Esta igreja sempre será tal que Deus possa descansar nela.
(c) Esta igreja, portanto, será segura na terra.
(d) Esta igreja será glorificada eternamente no céu.
VERS. 15.
1. Provisões benditas - "Abençoarei com fartura".
2. Pessoas satisfeitas - "seus pobres suprirei".
3. Deus será glorificado - sua vontade é feita. 4. Lugar
feliz - Sião.
VERS. 16, 18. Duas formas de roupas: salvação e vergonha,
preparadas para seus sacerdotes e seus inimigos. Qual você vestirá?
VERS. 17. Uma lâmpada estabelecida para o ungido de Deus. Sendo a
substância de dois sermões, de Ebnemezer Erskine.
VERS. 17-18.
1. O chifre nascente do poder crescente.
2. A lâmpada perpétua de brilho constante.
3. A sórdida exibição de inimigos derrotados.
4. A coroa que não murcha, da gloriosa soberania.
VERS. 18.
1. Seus inimigos vestidos.
(a) Quem são? Os abertamente profanos. Os morais mas irreligiosos.
Os que se acham justos. Os hipócritas.
(b) Vestidos de vergonha como? Em arrependimento, em desilusão,
em desapontamento, em remorso, em destruição. O pecado detectado.
O eu derrotado. As esperanças dispersadas.
(c) Quem os veste: O Senhor. Ele os humilhará completamente.
2. Ele próprio coroado.
(a) Sua coroa: seu domínio e glória.
(b) Seu florescimento. Glória se estendendo. Súditos aumentando.
Riqueza crescendo. Inimigos temendo.
VERS. 18 (última cláusula). O próprio Senhor Jesus
é fonte, sustentador, e centro da prosperidade de seu reino.