SALMO 125


TÍTULO
Um cântico de degraus. Mais um passo é dado na subida, outra estação é alcançada na peregrinação: certamente uma elevação no sentido é perceptível, visto que a plena segurança em relação aos anos que virão é uma forma mais elevada de fé do que as atribuições que ventilamos como sendo chegadas ao Senhor. A fé louvou a Jeová por livramentos passados, e ali ela se levantou perante um júri que confiou na segurança presente e futura de crentes. Ela afirma que para sempre estarão protegidos aqueles que se confiam ao Senhor. Podemos imaginar os peregrinos cantarolando este cântico quando caminhavam pelos muros da cidade.
Não afirmamos que Davi escreveu este salmo, mas temos tanta base para fazer isso como outros têm para declarar que foi escrito depois do cativeiro. Parece provável que todos os Salmos de Peregrinação foram compostos, ou pelo menos compilados, pelo mesmo escritor, e como alguns deles são certamente da autoria de Davi, então não há razão para negar-lhe os outros.


DIVISÃO
Primeiro temos um cântico de confiança santa (Sl 125.1-2); depois uma promessa, Sl 125.3; seguida de uma oração, Sl 125.4; e uma nota de advertência.


DICAS PARA O PREGADOR
O salmo todo.
1. A marca da aliança: "Os que confiam".
2. A certeza da aliança (Sl 125.1-2).
3. A vara, o cetro da aliança (Sl 125.3).
4. O teor da aliança (Sl 125.4).
5. O espírito da aliança - "paz".


VERS. 1. Spurgeon intitulou um sermão sobre o salmo: "A imortalidade do crente".


VERS. 1-2.
1. A qualidade singular do crente: ele confia em Jeová.
2. A estabilidade do crente: "permanece para sempre".
3. A segurança do crente: "Como os montes".


VERS. 2. A presença de Jeová que a tudo circunda, a glória, segurança e eterna bem-aventurança de seu povo. Contudo para os maus isso seria inferno.
VERS. 2. Tema de um sermão: "A segurança da igreja".
VERS. 2. A misericórdia durável: "desde agora e para sempre".
VERS. 2. Santos cercados de amor infinito.
1. A Cidade dentro do Cinturão de Proteção, ou os símbolos separados.
(a) Jerusalém representando o povo de Deus. Escolhidos na antigüi-dade; honrados singularmente; muito amados; o santuário de Deus.
(b) Circunvalação Onipotente, sugerindo: o propósito firme de Deus; o desalento de Satanás. Esse anel montanhesco é imutável (W.B. Haynes, de Stafford).


VERS. 3. Observe:
1. A permissão implícita. A vara dos maus pode cair em cima da sorte dos justos. Por quê?
(a) Para que a maldade possa ter a liberdade de manifestar-se.
(b) Para que os justos possam ser forçados a odiar o pecado.
(c) Para que a justiça da retribuição de Deus seja vista.
(d) Para que as consolações dos justos possam existir em abundância (2Co 1.5).
2. A permanência negada: "O cetro dos ímpios não prevalecerá". Ilustrar com a história de Jó, José, Davi, Daniel, Cristo, mártires.
3. A probidade experimentada e preservada: "Se assim fosse, até os justos praticariam a injustiça". Por rebelião, comprometimento pecaminoso.
(a) Deus fará com que ela seja experimentada, para testar seu valor, beleza.
(b) Mas não testada mais do que o suficiente (John Field, de Sevenoaks).


VERS. 3-4.
1. Os bons definidos: "Os que fazem o bem"; "que não se desviam", e não "praticam a injustiça".
2. Os bons são afligidos: pelo "cetro dos ímpios".
3. Os bons são livrados: "Faze o bem"; cumpra sua promessa (Sl 125.3) (W. H. J. Page).


VERS. 4.
1. O que é ser bom.
2. O que é Deus nos fazer bem.


VERS. 5. Os que professam temporariamente.
1. O teste crucial: "Eles se desviam".
2. A política torta: fazem seus os caminhos tortos.
3. A condenação esmagadora: "serão conduzidos para fora com os malfeitores".
VERS. 5. Hipócritas.
1. Seus caminhos: "tortuosos".
(a) Como o caminho sinuoso de um ribeiro, buscando o nível ou a descida fácil.
(b) Como o curso de uma embarcação manobrando habilmente para fazer com que todo vento a leve à frente.
(c) Caminhos construídos sobre nenhum princípio senão o do puro egoísmo.
2. Sua conduta sob experiência. Eles se "voltam", desviando-se:
(a) De sua confissão religiosa.
(b) De seus antigos companheiros.
(c) Para se tornarem os piores desprezadores de coisas espirituais, e os mais violentos caluniadores de homens voltados ao espiritual.
2. Sua sentença: "O Senhor infligirá".
(a) No juízo serão classificados junto com os mais flagrantes dos pecadores; "com os malfeitores".
(b) Serão desmascarados por um poder irresistível: "O Senhor infligirá o castigo".
(c) Eles enfrentarão a terrível execução com os malfeitores no inferno (J. Field).
VERS. 5. (última cláusula). A quem a paz pertence. A "Israel"; os escolhidos, o ex-lutador, agora o príncipe que prevalece. Considere a vida de Jacó depois que obteve o nome de Israel; observe suas provações, e a segurança nessas condições como ilustração deste texto. Então aceite o texto como sendo uma promessa segura.
VERS. 5. (última cláusula). Pergunte:
1. Quem são o Israel?
(a) Pessoas convertidas.
(b) Os circuncisos no coração.
(c) Os verdadeiros adoradores.
2. O que é a paz?
(a) Paz de consciência.
(b) De amizade com Deus.
(c) De um coração abalizado e satisfeito.
(d) De glória eterna, como posse futura.
3. Por que a certeza daquilo que haverá "para sempre"?
(a) Cristo fez a paz para eles.
(b) O Espírito Santo lhes traz paz.
(c) Eles andam no caminho da paz (J. Field).