TÍTULO E ASSUNTO
Este salmo, breve mas vivo, é intitulado "Cântico de
peregrinação davídico", e assim somos informados
de seu autor e da ocasião para a qual foi planejado: Davi o escreveu
para as pessoas cantarem a caminho das festas santas em Jerusalém.
É o terceiro da série, e parece apropriado para se cantar
quando as pessoas já estiverem adentrado as portas, e seus pés
estiverem dentro da cidade. Era muito natural que cantassem sobre a própria
Jerusalém, e invocassem paz e prosperidade para a Cidade Santa,
pois ela era o centro de seu culto, e o lugar onde o Senhor se revelava
acima do propiciatório. É possível que a cidade não
estivesse toda construída no tempo de Davi, mas ele escreveu sob
o espírito de profecia, e falou dela como ficaria na época
de Salomão. Um poeta tem licença de falar das coisas, não
só como são, mas como serão quando chegarem à
sua perfeição. Jerusalém, ou a Habitação
da Paz, é empregada como a palavra-chave deste salmo, cujo original
faz muitas alusões felizes ao salem, ou paz, que imploravam para
Jerusalém. Dentro dos muros tríplices, todas as coisas ao
redor dos peregrinos ajudavam a explicar as palavras que eles cantavam
dentro de seus fortes baluartes. Uma voz dirigia o salmo na primeira pessoa
do singular, mas dez mil irmãos e companheiros se uniam ao primeiro
músico e expandiam o coro da melodia.
DICAS PARA O PREGADOR
O salmo todo. Observe:
1. A alegria com que eles iriam para Jerusalém: Sl 122.1-2.
2. A grande estima que teriam por Jerusalém: Sl 122.3-5.
3. O grande interesse que deveriam ter por Jerusalém, e as orações
que fariam pelo seu bem-estar (M. Henry).
VERS. 1.
1. Davi se alegrava em ir à casa do Senhor. Era a casa do Senhor,
portanto ele desejava ir. Ele a preferia à própria casa.
2. Alegrava-se quando outros lhe diziam: "Vamos". A distância
podia ser grande, as condições do tempo, adversas, mas assim
mesmo, "Vamos".
3. Sentia prazer em dizer a outros, "Vamos", e a persuadir outros
a acompanharem-no (G. R.).
VERS. 1.
1. Alegria em antecipar um culto religioso.
(a) Pela instrução que recebemos.
(b) Pelos atos de culto de que participamos.
(c) Pela sociedade com que entramos em contato.
(d) Pelos interesses sacros que promovemos.
2. Alegria no convite ao culto religioso.
(a) Porque mostra que outros estão interessados no culto prestado
a Deus.
(b) Porque mostra o interesse deles em nós.
(c) Porque promove os interesses de Sião (F. J. B.).
VERS. 1. A alegria da casa de Deus. Você fica "alegre quando"?
Alegre por quê?
(a) Porque tenho uma casa do Senhor aonde posso ir.
(b) Por pessoas sentirem suficiente interesse em mim para dizer, "Vamos".
(c) Por poder ir à casa de Deus.
(d) Por estar disposto a ir (J.G. Butler, em um boletim mensal do pregador,
1882).
VERS. 1. Alegrei-me. Assim diz:
1. O adorador devoto, que tem prazer em ser convidado à casa terrena
de Deus. É o lar dele, sua escola, seu hospital, seu banco.
2. O cristão fiel, que tem prazer em ser convidado à casa
espiritual de Deus. A igreja é edificada em conjunto. Ali ele encontraria
um descanso estável. Ele não tem paciência com ciganos
religiosos, nem com pessoas que não têm igreja.
3. O santo moribundo, que está feliz em ter sido convidado à
casa celestial de Deus. Simeão - Estêvão - Pedro -
Paulo (W. J.).
VERS. 1.
1. O dever de assistir aos trabalhos da casa de Deus.
2. O dever de incentivar um ao outro a ir.
3. O benefício de ser assim entusiasmado (F. J. B.).
VERS. 1. Aqui está:
1. Presença pessoal: Meus pés.
2. Segurança pessoal: Nossos pés já se encontram dentro.
3. Comunhão pessoal: "Ó Jerusalém" (G. R.).
VERS. 2. O interior da igreja. A honra, o privilégio, a alegria
e a comunhão de estar ali.
VERS. 3.
1. Representante da Nova Jerusalém.
(a) Escolhida por Deus.
(b) Fundada sobre uma rocha.
(c) Tomada de um inimigo.
2. Representante de sua prosperidade: "como cidade ".
3. Representante de sua perfeição: Compacta, "firmemente
estabelecida" (G. R.).
VERS. 3. A unidade da igreja.
1. Subentendida em todas as transações da aliança.
2. Sugerida por todas as metáforas bíblicas.
3. Solicitada por nosso Senhor.
4. Promovida pelos dons do Espírito.
5. Para ser mantida por todos nós.
VERS. 3-4. A igreja unida é a igreja que cresce.
VERS. 4.
1. O dever do culto público.
(a) Em um lugar: "Para lá sobem as tribos do Senhor".
(b) Em um grupo, embora de muitas "tribos": "Para lá
sobem as tribos".
2. O plano.
(a) Para instrução: "Conforme o mandamento dado a Israel".
(b) Para louvor: "Para dar graças ao Senhor".
VERS. 5.
1. "Lá estão os tribunais de justiça" no
santuário. Homens são julgados ali.
(a) Pela lei.
(b) Pela sua própria consciência.
(c) Pelo evangelho.
2. Há tronos de graça: "da casa real de Davi".
(a) Do Filho de Davi nos corações de seu povo.
(b) De seu povo no Filho de Davi (G. R.).
VERS. 6.
1. A oração:
(a) "Por Jerusalém": não apenas por nós
mesmos, ou pelo mundo; mas pela IGREJA. Por bebês na graça,
pelos jovens, e pelos pais. Pelos pastores, com os diáconos e presbíteros.
(b) Pela "paz" de Jerusalém. Paz interior e paz exterior.
2. A promessa.
(a) A quem é dada: "Àqueles que te amam".
(b) A promessa em si: Prosperarão - individual e coletivamente.
Ou:
1. O amor por Jerusalém é o efeito da verdadeira piedade.
2. A oração a favor de Jerusalém é o efeito
desse amor.
3. "A paz de Jerusalém" é o efeito dessa oração;
e,
4. A prosperidade de Jerusalém é o efeito dessa paz.
VERS. 6. Deus relacionou dar e receber, espalhar e aumentar, semear e colher,
orar e prosperar.
1. O que precisamos fazer se queremos prosperar - "Orem pela paz de
Jerusalém".
(a) Abrangentemente: "Paz" - espiritual, social, eclesiástica,
nacional.
(b) Supremamente: "Se eu... não considerar Jerusalém
a minha maior alegria" (Sl 137.6).
(c) Pragmaticamente: "Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração"
(Cl 3.15). "Busque a paz com perseverança". (1Pe 3.11).
2. O que ganhamos se orarmos assim - "Prosperidade".
(a) A prosperidade temporal poderá ocorrer. Deus tornou novamente
próspera a condição de Jó quando ele orou por
seus amigos.
(b) A prosperidade espiritual poderá ocorrer. Ocupações
da alma - exercícios devocionais e cultos.
(c) A prosperidade numérica ocorrerá. "Crescer em número
de homens como um rebanho" (W. J.).
VERS. 6-9.
1. As bênçãos desejadas para a igreja.
(a) Paz.
(b) Prosperidade. Note a ordem e a ligação entre as duas
coisas.
2. O meio de consegui-las.
(a) Oração: "Ore pela paz de Jerusalém".
(b) Deleite-se no serviço prestado a Deus: "Alegrei-me".
(c) Esforço prático: "Buscarei o teu bem".
3. Razões para buscá-los.
(a) Para nosso próprio bem: "Eles prosperarão".
(b) Para o bem de nossos companheiros.
(c) Para o bem da "casa do Senhor" (F. J. B.).
VERS. 7.
1. Onde a paz é mais desejável: "Entre teus muros".
Entre os muros das cidades, entre as paredes das casas, mas principalmente
entre as paredes dos templos.
2. Onde a prosperidade é mais desejável:
(a) No aposento particular.
(b) Na igreja. Estes são os palácios do Grande Rei; "Os
palácios de marfim... que te alegram" ( Sl 45.8) (G. R.).
VERS. 7. Teus muros.
1. Pergunte porque a igreja precisa de paredes.
2. Pergunte o que são as paredes de uma igreja.
3. Pergunte de qual lado delas nós estamos.
VERS. 7. A igreja é palácio.
1. Em intenção do grande Rei.
2. Habitado pela família real.
3. Adornado com esplendor soberano.
4. Guardado por poder especial.
5. Conhecido como a residência real da bendita e única potestade.
VERS. 8-9. Dois grandes princípios são apresentados aqui
que dizem por que devemos orar pela igreja:
1. Amor pelos irmãos: "Por amor de meus irmãos e companheiros".
2. Amor a Deus: "Por causa da casa do Senhor nosso Deus buscarei
o teu bem" (N. Michael).
VERS. 9. Buscarei o teu bem
1. Orando pela igreja.
2. Trabalhando na igreja.
3. Trazendo outros para cultuar.
4. Mantendo a paz.
5. Vivendo de modo a recomendar a religião.