TÍTULO
      Este salmo não tem título nem é mencionado o nome
      de nenhum autor. É O SALMO MAIS LONGO e este já é
      um nome suficientemente distintivo para ele. No tamanho é igual
      a vinte e dois salmos que tenham a média do comprimento dos Salmos
      dos Degraus. E não é só o comprimento; porque supera
      também na amplitude de pensamento, profundidade de sentido e intensidade
      de fervor. É como a cidade santa que é quadrangular, com
      altura e largura iguais. Muitos leitores superficiais têm imaginado
      que ele toca numa corda só, e tem abundantes repetições
      e redundâncias piedosas, mas isto surge da pouca profundidade da
      mente do próprio leitor; os que estudaram este hino divino, e notaram
      cuidadosamente cada linha, ficam pasmos diante da variedade e profundidade
      do pensamento. Usando apenas poucas palavras, o escritor produziu alterações
      e combinações de sentido que demonstram sua familiaridade
      santa com o tema, e a engenhosidade santificada de sua mente. Ele nunca
      se repete, porque se o mesmo sentimento reaparece, está em um novo
      contexto, e assim exibe outra variação de sentido. Quanto
      mais se estuda, mais revigorante ele se torna. Como aqueles que bebem a
      água do Rio Nilo gostam mais dela cada vez que a tomam, assim este
      salmo se torna mais completo e fascinante quanto mais freqüentemente
      se volta a ele. Não contém uma só palavra inútil;
      as uvas deste cacho estão quase a explodir com o vinho novo do reino.
      Quanto mais se olha neste espelho de um coração gracioso
      tanto mais se enxerga. Plácido sobre a superfície como o
      mar de vidro diante do trono eterno, em suas profundezas há um oceano
      de fogo, e aqueles que o miram com devoção não só
      verão o brilho, como sentirão o calor da chama sagrada. Está
      carregado de sentido sagrado, e tem tanto peso como massa. Muitas vezes
      temos clamado durante o estudo: "Ai, que profundidade!". Mas
      essa profundidade se esconde sob uma simplicidade aparente, como bem afirmou
      sabiamente Agostinho; e isso torna a exposição mais difícil.
      Sua obscuridade está escondida atrás de um véu de
      luz, e por isso só a descobrem aqueles que estão intensamente
      determinados, não só a ver a palavra, mas, como os anjos,
      a observá-la por dentro.
      
      Este salmo é alfabético. Oito versículos começam
      com uma letra, e depois outros oito com a letra seguinte, e assim o salmo
      todo procede com grupos de oito através das vinte e duas letras
      do alfabeto hebraico. Além disso, há múltiplas aposições
      de sentido, e outros pontos com aquelas formalidades estruturais que agradam
      a mente oriental - formalidades muito semelhantes àquelas com as
      quais nossos poetas mais antigos se deleitavam. Assim o Espírito
      Santo condescendeu falar com homens em formas que atraíam a atenção
      e ajudavam a memória. Ele é muitas vezes claro ou elegante
      em sua maneira, mas não deixa de ser exótico ou formal se
      com isso seu plano de instrução pode ser alcançado
      com mais segurança. Também não despreza contrações
      ou formas artificiais, e assim pode fixar seu ensino na mente. Isaac Taylor
      explanou muito bem esse fato: "No sentido mais estrito, esta composição
      é condicionada; apesar de ser, no sentido mais elevado, uma expressão
      de vida espiritual; e assim, ao encontrar estes elementos aparentemente
      opostos, intimamente mesclados neste salmo, uma lição plena
      de sentido é silenciosamente transmitida àqueles que querem
      recebê-la - e a transmissão das coisas de Deus ao espírito
      humano não é de modo algum prejudicada ou impedida, e muito
      menos desviada por modos soltos de comunicação que indicam
      ser mais adaptados à infância e à capacidade juvenil
      do interlocutor".
      
      AUTOR
      O costume entre escritores modernos tem sido, até onde possível,
      não atribuir a Davi os salmos. Como os críticos desta linha
      costumam não ter solidez na doutrina nem espiritualidade no tom,
      nós gravitamos na direção oposta, por uma suspeita
      natural de tudo que vem de fonte tão insatisfatória. Cremos
      que Davi escreveu este salmo. É davídico em tom e expressão,
      e confere com a experiência de Davi em muitos pontos interessantes.
      Quando éramos moços nosso professor o chamava de "livro
      de bolso de Davi" e nós nos inclinamos à essa opinião
      de que aqui temos o diário do personagem real escrito em vários
      tempos através de uma vida longa. Não, não podemos
      ceder este salmo para o inimigo. "Este é o espólio de
      Davi". Depois de muita leitura de um autor, chega-se a conhecer seu
      estilo, e adquire-se certo discernimento pelo qual sua composição
      é detectada mesmo se seu nome estiver oculto; sentimos uma espécie
      de certeza crucial de haver a mão de Davi nesse salmo, sim, de ser
      completamente seu.
      
      ASSUNTO
      O tema único é a palavra do Senhor. O salmista aborda seu
      tema sob muitas luzes diferentes, e o trata de várias maneiras,
      mas poucas vezes omite a menção da palavra do Senhor em cada
      versículo sob um ou outro dos muitos nomes pelos quais ele o conhece;
      e mesmo que o nome não esteja lá, o tema é ainda perseguido
      com entusiasmo em todas as estrofes. Quem escreveu este maravilhoso cântico
      estava impregnado dos livros da Escritura que possuía. Andrew Bonar
      conta de um cristão simples numa casa de fazenda que tinha meditado
      sobre a Bíblia toda três vezes. Foi precisamente o que este
      salmista tinha feito - de ler tinha passado a meditar. Como Lutero, Davi
      tinha sacudido cada árvore frutífera do jardim de Deus, e
      colhido ali frutos de ouro. "A maioria", diz Martin Boos, "lê
      sua Bíblia como vacas no capim denso, que esmagam sob os pés
      as flores e ervas mais finas". Teme-se que nós façamos
      a mesma coisa demasiadas vezes. É um jeito infeliz de tratar as
      páginas de inspiração. Possa o Senhor evitar que repitamos
      esse pecado enquanto lemos este salmo inestimável.
      
      Há um desenvolvimento evidente em seu tema. Os versículos
      mais do início são de um tipo que se presta à hipótese
      de ter sido o autor um homem jovem, enquanto que muitas das passagens mais
      adiante só poderiam ser sugeridas pela idade e pela sabedoria. Em
      cada porção, no entanto, há o fruto da experiência
      profunda, observação cuidadosa e meditação
      séria. Se Davi não o escreveu, outro crente com exatamente
      a mesma mente de Davi deve ter vivido, e ele deve se ter dedicado a salmodia
      com igual ardor, e ter sido um apreciador igualmente entusiasmado da Escritura
      Sagrada.
      
      Nosso melhor aproveitamento desta composição sacra advirá
      de colocarmos nossa mente em intensa afinidade com o seu tema. A fim de
      fazer isso, deveríamos decorá-lo. A filha de Philip Henry
      escreveu em seu diário: "Ultimamente fiz algum esforço
      para aprender de cor o Salmo 119, e fiz algum progresso nisso". Ela
      foi uma mulher sensata, piedosa. Feito isso, devemos considerar a plenitude,
      a clareza e a doçura da palavra de Deus, já que por tais
      reflexões talvez sejamos estimulados a sentir um afeto caloroso
      por ela. Como são favorecidos os seres a quem o Deus Eterno já
      escreveu uma carta com sua própria mão e estilo! Que ardor
      de devoção, que diligência de composição
      pode produzir um tributo digno dos testemunhos divinos? Se algum dia tal
      tributo saiu da pena de um homem, é este Salmo 119, que bem pode
      ser chamado o solilóquio de uma alma santa diante de uma Bíblia
      aberta.
      
      Este poema sacro é uma pequena Bíblia, a Escritura condensada,
      uma magnitude de escritura bíblica, Escrito Sagrado reescrito em
      emoções e ações santas. Benditos são
      aqueles que podem ler e entender esses aforismos santos; encontrarão
      maçãs neste verdadeiro Hespério, e virão a
      considerar que este salmo, como toda a Escritura que ele louva, é
      uma ilha de pérolas, ou, melhor ainda, um jardim de doces flores.
      
      DICAS PARA O PREGADOR
      VERS. 2. Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos, e
      de todo o coração o buscam.
      1. A busca sagrada. "Busquem-no". Ele já foi buscado entre
      as árvores, os montes, os planetas, as estrelas. Já foi procurado
      em sua própria imagem desfigurada, o homem. Já foi buscado
      em meio às rodas misteriosas da Providência. Mas essas buscas
      muitas vezes foram motivadas simplesmente por intelecto, ou forçadas
      por consciência, e assim resultaram em uma luz fria e fraca. Ele
      foi buscado na palavra que este salmo tanto exalta, onde subiu pelos picos
      brilhantes e cobertos de fumaça do Sinai. Foi seguido, quando conduziu
      sob as oliveiras do Getsêmani para testemunhar uma luta misteriosa
      em suor de sangue e angústia, até o Calvário, onde
      no lugar de uma caveira, vida e imortalidade vieram à luz. A busca
      sagrada só lá começa. 
      2. É conduzida a busca. Pesquisadores poderiam sentir-se enganosamente
      desanimados diante de uma interpretação tão literal
      de "todo o coração". Não hesitamos em dizer
      que um ribeiro em seu volume total está fluindo em direção
      ao mar, mesmo havendo pequenas contracorrentes laterais; nem em dizer que
      a maré está subindo apesar de ondas contrárias, ou
      que a primavera está chegando apesar das tempestades de granizo
      e ventos cortantes. Indicação de: 
      (a) Unidade,
      (b) Intensidade,
      (c) Determinação.
      Ninguém conduz esta busca direito sem ser estimulado ou sustentado
      pelo gracioso Espírito.
      3. Bem-aventurança tanto na busca como no resultado.
      (a) Bem-aventurança na amargura da penitência. A maçaneta
      da porta tocada por ele pinga gotas de mirra. O sol nascente lança
      feixes luminosos sobre os picos mais altos.
      (b) Bem-aventurança nas descobertas felizes de salvação
      e adoção.
      (c) Bem-aventurança na eterna busca (William Anderson, de Reading,
      1882).
      VERS. 2. A bênção dupla:
      1. Em guardar os testemunhos.
      2. Em buscar o Senhor.
      VERS. 2. De todo o coração o buscam.
      1. Buscar o quê? O próprio Deus. Não há paz
      até que ele seja encontrado.
      2. Buscar onde? Em seus testemunhos.
      (a) Estudando-os.
      (b) Guardando-os.
      3. Buscar como? Com todo o coração (George Rogers).
      VERS. 2. Buscando Deus.
      1. O modo do salmista encontrar Deus.
      (a) Ele buscou Deus com o coração. Só o coração
      pode encontrar Deus. A vista falha.
      "O método científico" falha. Toda racionalidade
      falha. Só amor e confiança podem ser bem-sucedidos. O amor
      muito vê onde qualquer outra percepção nada encontra.
      A fé geralmente acompanha a descoberta, e em nada mais tanto como
      em encontrar Deus.
      (b) Ele buscou Deus com todo o coração.
      (1) O coração sem entusiasmo raramente se encontra algo que
      valha a pena.
      (2) O coração sem entusiasmo demonstra desprezo a Deus.
      (3) Deus não se revelará a quem o busca sem ânimo.
      Significaria dar grande valor à indiferença.
      2. O rogo do salmista em buscar Deus: "Não permitas que eu
      me desvie de teus mandamentos".
      (a) Os mandamentos de Deus levam, dentro em pouco, à presença
      dele próprio. Se tomamos a lei moral, cada um dos dez manda-mentos
      leva para longe do mundo, e o pecado, àquela reclusão da
      santidade na qual ele se esconde. É assim com todos os mandamentos
      das Escrituras.
      (b) A sinceridade da alma na busca por Deus se torna, em si, um rogo a
      Deus para que ele seja encontrado por nós. Deus, que ama o importuno
      na oração, não ama menos quando isso toma a forma
      de buscar com todo o coração. Aquele que busca com todo o
      coração encontra ânimo especial para orar: "Não
      permitas que eu me desvie de teus mandamentos" (F. G. Marchante).
      VERS. 2. "Que o buscam". Devemos lembrar seis condições
      exigidas daqueles que buscam o Senhor corretamente.
      1. Devemos buscá-lo em Cristo o Mediador (Jo 14.6).
      2. Devemos buscá-lo em verdade (Jr 10.10, Jo 4.24 Sl 7.6).
      3. Devemos buscá-lo em santidade (2Tm 2.19, Hb 12.14, Jo 1.3).
      4. Devemos buscá-lo acima de todas as coisas e por causa dele mesmo.
      5. Devemos buscá-lo à luz de sua própria palavra.
      6. Devemos buscá-lo diligentemente e com perseverança, nunca
      descansando até que o encontremos, com a bem-querença da
      esposa em Cântico dos Cânticos (William Cowper).
      
      VERS. 2, 4-5, 8. Felizes são os que obedecem. "Tu mesmo ordenaste
      os teus preceitos, para que sejam fielmente obedecidos". "Obedecerei".
      A bênção, a bem-aventurança de obedecer os estatutos
      de Deus - demonstrada (Sl 119.2), ordenada (Sl 119.4-5), com oração
      (Sl 119.5) e espírito decidido (Sl 119.8) (C. A. D.).
      
      VERS. 3. Não praticam o mal. Não cometem nenhuma iniqüidade.
      1. Propósito de coração.
      2. Regozijo.
      3. Perseverança.
      4. Nenhuma iniqüidade quando o coração é inteiramente
      santificado a Deus; Cristo habitando nele pela fé lançando
      fora a iniqüidade (Adam Clarke).
      VERS. 3. A relação entre a virtude negativa e a positiva.
      Ou, com Deus está a melhor prevenção de iniqüidade.
      
      VERS. 4.
      1. Observe o doador da lei: "Tu mesmo". Não outro igual
      que ficará confuso, e sim o grande Deus.
      2. Ele interpôs autoridade: "ordenaste".
      3. A natureza desta obediência ou coisa ordenada: "obedecer
      os teus preceitos, para que sejam fielmente obedecidos" (T. Manton).
      VERS. 4. O mandamento suplementar. Deus tendo ordenado a lei moral, suplementa
      esta lei com um mandamento dizendo o modo de observá-la. Portanto:
      1. Deus não é indiferente ao tratamento que os homens dão
      à sua lei - se a observam, negligenciam ou a desafiam. 
      2. Quando observada, ele discrimina o espírito de sua observância,
      se escrava, parcial ou diligente.
      3. Há apenas um espírito de obediência que satisfaz
      a exigência. "Diligentemente" implica em uma obediência
      que é cuidadosa em averiguar a lei - disposta a cumpri-la (Sl 119.60)
      sem reservas - inspirado por amor ("diligentemente", no antigo
      sentido, através do latim, "amorosamente", Sl 119.47,
      113).
      4. Será que nossa obediência chega a este padrão? (C.
      A. D.).
      VERS. 4. Não só se ordena serviço, mas a maneira dele.
      Vigor, cuidado, perseverança são exigidos, porque sem isso
      ele não será uniforme, nem vitorioso sobre as dificuldades.
      VERS. 4. Como obedecer: "Diligentemente".
      1. Não parcialmente, mas completamente.
      2. Não com dúvidas, mas confiantemente.
      3. Não relutantemente, mas prontamente.
      4. Não desleixadamente, mas cuidadosamente.
      5. Não friamente, mas sinceramente.
      6. Não de modo intermitente, mas com regularidade (W. J.).
      
      VERS. 4-6. Um reconhecimento espontâneo, fiel (Sl 119.4). Tão
      ardente como (Sl 119.5). Uma conseqüência feliz (Sl 119.6) (W.
      D.).
      
      VERS. 5. A oração dos graciosos.
      1. Sugerida por cada cláusula antecedente de bênção.
      2. Por uma consciência de fracasso.
      3. Por um apego amoroso ao Senhor.
      VERS. 5.
      1. O fim desejado: "Obediência aos teus mandamentos". Não
      ser apenas seguro ou feliz, e sim, santo.
      2. A ajuda implorada.
      (a) Compreender os preceitos divinos.
      (b) Guardá-los (G. R.).
      VERS. 5. Anelando obedecer.
      1. É uma nobre aspiração. Nada maior do que desejar
      isso a não ser fazer isso.
      2. Este é um anelo espiritual. Não é fruto de nossa
      natureza. É o coração de Deus na nova criatura.
      3. É uma aspiração praticável. Às vezes
      suspiramos pelo impossível. Mas isto pode ser alcançado pela
      graça divina.
      4. É uma aspiração intensa. É o "Ai!"
      de um desejo ardente.
      5. É uma aspiração influente. Não evapora em
      suspiros. É um poderoso incentivo implantado pela graça que
      não nos deixará descansar sem santidade (W. J.).
      
      VERS. 6. "Uma consciência limpa". (Sermão)
      VERS. 6. A armadura da prova.
      1. Obediência universal dará confiança imperturbável:
      (a) Diante do mundo que critica.
      (b) Na (não tão suprema) corte da consciência.
      (c) Diante do trono da graça.
      (d) No dia do juízo.
      2. Mas nossa obediência está longe de universal, e deixa-nos
      abertos para:
      (a) Os dardos do mundo.
      (b) As repreensões da consciência.
      (c) Paralisa nossas orações.
      (d) Não ousa aparecer a nosso favor diante do tribunal de Deus.
      3. Que nós pela fé nos cubramos com a justiça perfeita
      de Cristo. Nossa resposta à contestação capciosa do
      mundo. Não somos sem defeito, e para salvação descansamos
      inteiramente em outro. Esta justiça é:
      (a) O bálsamo de nossa consciência ferida.
      (b) Nnosso rogo poderoso na oração.
      (c) Nossa vindicação triunfal no dia do juízo (C.
      A. D.).
      VERS. 6. Tópico: Respeito próprio depende de respeito por
      um maior do que eu mesmo (W.D.).
      
      VERS. 7. O melhor do louvor, o melhor do saber, a melhor das combinações
      versus o louvor e a santidade.
      VERS. 7.
      1. O professor de música sacra: "Eu louvarei".
      2. O tema de seu cântico: "Eu te louvarei".
      3. O instrumento: "O coração".
      4. O instrumento afinado: "O coração sincero".
      5. O conservatório musical: "Justas ordenanças"
      (W. D.).
      VERS. 7. Aprender e louvar.
      1. Há dois exercícios espirituais. É possível
      aprendizes e cantores serem carnais e sensuais, mas neste caso eles são
      empregados com respeito às finalidades, obras e caminhos justos
      do Senhor.
      2. São dois exercícios apropriados. O que pode ser mais correto
      do que aprender de Deus e louvá-lo?
      3. São dois exercícios proveitosos. As expectativas mais
      utilitárias são ultrapassadas. O prazer e o lucro rendem
      recompensa abundante. Coração, cabeça, vida, todos
      são muito beneficiados.
      4. São dois exercícios que se ajudam mutuamente. Em um somos
      receptivos, e no outro, comunicativos. Pelo primeiro somos capacitados
      para o outro. Pelo antecedente somos estimulados para fazer o outro. Quão
      maravilhosamente a lição é transformada em um canto,
      e o aprendiz em um cantor (W. J.).
      VERS. 7.
      1. A deficiência confessada: "Quando eu aprender". Isso
      é essencial ao crescimento, e é algo que todos na verdade
      podem confessar.
      2. Progresso previsto. Ele deu seu coração à tarefa
      do aprendizado. Buscou auxílio divino.
      3. Louvor prometido. Ele o prometeu a Deus somente. Prometeu que seria
      sincero: "de coração sincero" (W. Williams, de
      Lambeth, 1882).
      
      VERS. 8.
      1. Uma resolução esperançosa tomada para a vida toda.
      2. Um tremendo medo.
      3. Uma série de considerações removendo o medo.
      VERS. 8.
      1. Toma-se a decisão: "Obedecerei".
      2. A posição: "Nunca me abandones".
      (a) Submissão filial. Eu a mereço ocasionalmente.
      (b) Confiança filial. Que o abandono não seja completo. 
      3. A ligação entre as duas coisas. Obediência sem oração
      e oração sem obediência são igualmente vãs.
      Para ir em frente é preciso se valer dos dois remos. Deus não
      suporta pedintes preguiçosos, que enquanto podem obter qualquer
      coisa só pedindo não fazem nenhum trabalho (G. R.).
      VERS. 8. Nunca me abandones: Não me abandone completamente. A deserção
      divina protestada.
      1. A oração angustiada.
      (a) O abandono soberano. Soberania não é arbitrariedade nem
      capricho: talvez sua definição certa seja amor misterioso
      de rei; desconhecido agora, mas justificado quando for revelado.
      (b) Abandono vicário.
      (c) Abandono por causa de pecado. Davi, Jonas, e Pedro. As sete igrejas
      da Ásia; os judeus. Mas para conhecer o que "completo"
      significa, tanto em relação ao grau como ao tempo, devemos
      recorrer a inferno. Como alguém tremendo à beira do inferno,
      ele ora. Como o viajante atrasado, em mata vasta e cercado por animais
      selvagens, suspira ao declinar do dia. Como o vigia na balsa vendo a vela
      afastando-se na linha do horizonte, ao ficar rouco gritando para que ela
      parasse. 
      2. Seu fundamento doutrinário. Onde ele condescende morar, sua habitação
      é perpétua. Ele só pode abandonar-nos completamente
      porque ficou decepcionado conosco. Só pode abandonar-nos completamente
      quando se frustra. As duas coisas implicam em blasfêmia. Tu que detestas
      abandonar, tu que nunca deixas completa-mente nenhum santo, não
      me faças ser a exceção solitária.
      3. A certeza histórica da resposta. O santo e a igreja livrados
      em todos os tempos. Pode demorar até o "entardecer", como
      disse um poeta, Cowper. Seu rosto após a morte levava uma expressão
      de surpresa encantada (W. A.).
      
      VERS. 9-16. Santificação através da palavra, declarada
      genericamente (Sl 119.9); buscada pessoalmente (Sl 119.10-12); noticiada
      para outros (Sl 119.13); motivo de regozijo pessoal (Sl 119.14-16).
      
      VERS. 9.
      1. A pergunta do moço.
      2. A resposta do sábio.
      VERS. 9. Na palavra de Deus, quando aplicada ao coração pelo
      Espírito de Deus, há:
      1. Uma suficiência de luz para mostrar aos homens a necessidade de
      limpar seu caminho.
      2. Energia suficiente para deixar visível aos homens a necessidade
      de limpar seu caminho.
      3. Uma suficiência de prazer para incentivá-los à opção
      de limpar seu caminho.
      4. Apoio suficiente para sustentá-los em seu caminho já limpo
      (Theophilus Jones, em um "Sermão aos jovens", 1829).
      VERS. 9. A palavra de Deus providencia para a purificação
      do caminho.
      1. Apontando ao jovem o mal do caminho.
      2. Descobrindo um remédio infalível para as desordens de
      sua natureza - a salvação que está em Jesus Cristo.
      3. Tornando-se um guia de instruções em todos os caminhos
      da obrigação à qual ele pode ser chamado (Daniel Wilson,
      1828).
      VERS. 9. As regras do salmista para se conseguir a santidade são
      deduzidas de sua experiência própria.
      1. Busque a Deus "de todo o coração" (Sl 119.2).
      Seja realmente consciente de seus desejos.
      2. Guarde e se lembre do que Deus diz (Sl 119.11): "Guardei no coração
      a tua palavra".
      3. Reduza tudo isso à prática (Sl 119.11): "Para eu
      não pecar contra ti".
      4. Bendiga a Deus por aquilo que ele já deu (v. 12): "Bendito
      sejas".
      5. Peça mais (Sl 119.12): "Ensine-me os teus decretos".
      6. Esteja disposto a comunicar o conhecimento dele a outros (Sl 119.13).
      "Com os lábios repito todas as leis".
      7. Que tenha um efeito devido em teu próprio coração
      (Sl 119.14): "Regozijo-me".
      8. Medite freqüentemente nos preceitos (Sl 119.15): "Eu meditarei".
      9. Reflita profundamente a respeito deles (Sl 119.16). "Tenho prazer".
      Como o alimento não digerido não nutre o corpo, assim a palavra
      de Deus não considerada com profunda meditação e reflexão
      não alimenta a alma.
      10. Tendo seguido o curso acima ele deve continuar nele, e assim assegurar
      sua felicidade (Sl 119.16): "Tenho prazer nos teus decretos; não
      me esqueço da tua palavra" (Adam Clarke).
      VERS. 9. Uma pergunta e uma resposta para os jovens. A Bíblia é
      um livro para jovens. Aqui ela dá a entender:
      1. Que o caminho do jovem precisa ser limpado. Seu modo de pensar, sentir,
      falar, agir.
      2. Que ele deve tomar uma parte ativa nesse trabalho. A causa da eficiência
      na operação é Deus. Outras boas influências
      também operam. Mas o jovem deve estar em afinidade forte e prática
      com esta obra.
      3. Que ele precisa usar a Bíblia para este objetivo. O livro registra
      fatos, apresenta incentivos, prescreve preceitos, emite promessas, e oferece
      exemplos, todos os quais adaptados a tornar um jovem santo. Lendo, estudando
      e imitando as Escrituras num espírito humilde e de oração,
      o jovem escapará da poluição e ornamentará
      a sociedade (W. J.).
      VERS. 9. Uma palavra para o jovem.
      1. Mostre como o jovem está em perigo especial de corromper seu
      caminho. Por:
      (a) Suas fortes paixões.
      (b) Seu juízo imaturo.
      (c) Sua falta de experiência
      (d) Sua auto-suficiência irrefletida.
      (e) Seus companheiros levianos, e
      (f) Seu descuido geral.
      2. A prudência que ele deve praticar para limpar seu caminho. "Cuidar-se":
      (a) De suas inclinações más.
      (b) De suas companhias.
      (c) De suas atividades.
      (d) Das tendências de tudo o que ele faz.
      3. O guia infalível pela qual sua conduta será regulada:
      "de acordo com a tua palavra", isto é:
      (a) Seus preceitos.
      (b) Seus exemplos.
      (c) Suas razões.
      (d) Seus avisos.
      (e) Suas seduções (C. A. D.).
      
      VERS. 10.
      1. Uma revisão agradecida.
      2. Uma previsão ansiosa.
      3. Uma oração elogiável.
      VERS. 10. As duas grandes solicitudes do crente.
      1. O que ele está ansioso por achar: "Eu te busco".
      2. O que ele teme perder: "Teus testemunhos". 
      VERS. 10. Sinceridade não é auto-suficiência.
      1. O crente deve estar consciente da sinceridade ao buscar Deus.
      2. Mas consciência da sinceridade não garante auto-suficiência.
      3. Mesmo quem busca com a maior sinceridade ainda precisa buscar a graça
      divina para não perder o rumo (C. A. D.).
      
      VERS. 11. A melhor coisa, no melhor lugar, para o melhor dos propósitos.
      
      VERS. 12. A bem-aventurança de Deus, e o modo de penetrar nela.
      VERS. 12.
      1. Davi dá glória a Deus: "Bendito sejas, Senhor".
      2. Ele pede para receber graça de Deus (Matthew Henry).
      VERS. 12.
      1. O que é ou como Deus nos ensina.
      (a) Deus nos ensina por fora, por suas ordenanças, pelo ministério
      de homens.
      (b) Por dentro, pela inspiração e trabalho do Espírito
      Santo.
      2. A necessidade de seu ensino.
      3. O benefício e a utilidade dele (T. Manton).
      VERS. 12. O Desejo de Ensino Divino estimulado pelo Reconhecimento da Bem-aventurança
      Divina.
      1. Desvenda em algum grau, mesmo inadequado, a felicidade do Deus bendito
      para sempre, que surge de sua pureza, benevolência, amor.
      2. Mostra a maneira de o homem tornar-se participante dessa bem-aventurança
      conformando-se a seus preceitos.
      3. Faça a oração do texto: "Bendito sejas, Senhor!
      Ensina-me os teus decretos" (C. A. D.).
      
      VERS. 13. O discurso empregado adequadamente. O texto está tomado
      de um assunto seleto, um assunto completo, um assunto proveitoso para os
      homens e a glorificação de Deus.
      
      VERS. 14. A religião prática, fonte de um consolo maior do
      que riquezas. Dá ao homem paz de espírito, independência
      de porte, peso de influência, e outros aspectos que se supõem
      surgir da riqueza.
      VERS. 14.
      1. O tema do regozijo. Não apenas os "testemunhos", mas
      eles serem praticados, "em seguir".
      4. O regozijar-se naquele assunto.
      (a) Sua paz interna.
      (b) Suas conseqüências externas.
      3. O grau do regozijo: "como o que" (G. R.).
      VERS. 14.
      1. Os dois pratos da balança. Seja para o que for que as riquezas
      sejam boas, os testemunhos de Deus são bons para a mesma coisa.
      2. Riquezas são desejáveis como meio de se conseguir prazer
      pessoal, mas os testemunhos de Deus produzem a alegria mais excelsa.
      3. Riquezas são desejáveis como meio de alcançar melhoramento
      pessoal, mas os testemunhos de Deus são os educadores máximos.
      4. Riquezas são desejáveis como meio de fazer o bem; mas
      os testemunhos de Deus operam o bem maior (C. A. D.).
      
      VERS. 15. A vida contemplativa e a vida ativa têm em comum o mesmo
      alimento, objetivo e recompensa.
      
      VERS. 16. 
      1. O que existe para o deleite.
      2. O que vem de tal deleite: "Não me esqueço".
      3. O que vem de tal memória - mais prazer.
      
      VERS. 17-24. Desejo das generosas doações divinas. Vida,
      para serviço piedoso (Sl 119.17). Iluminação (Sl 119.18).
      Direcionamento ao lar para o estranho ("teus mandamentos") (Sl
      119.19-20), e, lançando um olhar rápido aos orgulhosos que
      se desviam desse direcionamento (Sl 119.21), o salmista ora para ser eliminada
      a "afronta e o desprezo" associados ao se manter fiel a Deus
      (Sl 119.22-24). 
      
      VERS. 17.
      1. Um mestre abundantemente generoso.
      2. Um servo necessitado - implorando pela própria vida.
      3. Uma recompensa adequada: "e obedeça à tua palavra".
      VERS. 17. Aqui somos ensinados:
      1. Que devemos nossas vidas à misericórdia de Deus.
      2. Que devemos então gastar nossas vidas em serviço a Deus
      (Matthew Henry).
      
      VERS. 18. As maravilhas ocultas do evangelho. Há muitas coisas ocultas
      na natureza, muitas em nossos semelhantes; assim também há
      muitas na Bíblia. As coisas da Bíblia são ocultas
      por causa da cegueira do Homem.
      1. A tristeza do homem cego. "Abre meus olhos". Não posso
      ver. Tenho olhos e não enxergo. A dor desta cegueira consciente
      quando um homem realmente o sente.
      2. A convicção do cego: "Para que eu veja as maravilhas".
      Há maravilhas aí para serem vistas. Tenho certeza disso.
      Há uma vista maravilhosa:
      (a) Do pecado.
      (b) Do inferno, como o deserto dele.
      (c) De Um que está pronto a salvar.
      (d) Do perdão perfeito.
      (e) Do amor de Deus.
      (f) Da graça totalmente suficiente.
      (g) Do céu.
      3. A sabedoria do homem cego. O defeito está em meus olhos, não
      na tua palavra. "Abre os meus olhos", e tudo estará bem.
      A razão de não ver é que os olhos são cegados
      por pecado. Nada falta na Bíblia.
      4. A oração do homem cego: "Abre os meus olhos".
      (a) Eu não posso abri-los.
      (b) Meus amigos mais íntimos não podem.
      (c) Só tu podes. "Senhor, eu te imploro, abre-os agora".
      Muitos buscam parar de orar assim. Seja como Bartimeu que "clamou
      ainda mais".
      5. A antecipação do homem cego: "Que eu possa ver".
      (a) A alegria de um homem cego curado quando ele está para ver,
      pela primeira vez, as belezas da natureza.
      (b) A alegria dos curados espiritualmente quando começam a "olhar
      para Jesus".
      (c) O caráter pessoal da alegria: "Abre os meus olhos para
      que eu veja". Até aqui vi pelos olhos dos outros. Quero não
      depender mais de outros olhos. A alegre antecipação de Jó:
      "Quando verei por mim mesmo, e meus olhos contemplarão, e não
      um outro". (Frederick G. Marchant, 1882).
      VERS. 18. A palavra de Deus combina com a percepção de maravilha
      que o homem tem.
      1. Faremos algumas observações sobre o senso de maravilha
      no homem, e o que em geral o estimula. Uma das primeiras causas de maravilhar-se
      é o novo ou inesperado. A segunda fonte encontra-se em coisas belas
      e grandiosas. Uma terceira fonte é o misterioso que rodeia o homem
      - há coisas que não se pode conhecer.
      2. Deus fez provisão para esse senso de maravilha em sua palavra
      revelada. A Bíblia dirige-se ao nosso senso de maravilha apresentando-nos
      constantemente o novo e o inesperado; coloca diante de nós coisas
      belas e grandiosas. Se chegamos à terceira fonte de maravilha, aquele
      que a eleva a pasmo, é da competência especial da Bíblia
      tratar disso.
      3. Os meios que nós devemos usar a fim de ter a palavra de Deus
      assim desdobrada, a oração do salmista pode nos dar como
      guia - "Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei".
      (John Ker, de Glasgow, 1877).
      VERS. 18. Vistas maravilhosas para olhos que foram abertos.
      1. As coisas maravilhosas na lei de Deus. Uma maravilhosa regra de vida.
      Uma maldição maravilhosa contra a transgressão. Uma
      maravi-lhosa redenção da maldição que avança
      como sombra na lei cerimonial.
      2. Visão especial necessária para contemplá-las. São
      coisas espirituais. Os homens são espiritualmente mortos (1Co 2.14).
      3. Oração pessoal ao grande Abridor de Olhos (C. A. D.).
      
      VERS. 20.
      1. A palavra buscada, procurada em todos os tempos.
      2. A palavra buscada e procurada com desejo intenso.
      3. A palavra procurada, tanto mais intensamente quanto mais é encontrada.
      Foi porque ele já tinha encontrado tanto na palavra do Senhor, que
      a alma do salmista estava se rompendo para achar mais. Aqueles uma vez
      admitidos "ao segredo do Senhor" acham sua maior alegria em conhecer
      de modo ainda mais pleno esse segredo. É para aqueles que sabem
      esse segredo que a promessa é dada. "O Senhor os leva a conhecer
      a sua aliança", Sl 25.14 (F. G. M.).
      VERS. 20. Um dos melhores testes de caráter e profecias do que um
      homem será são os seus anseios.
      1. O objetivo que entusiasma o santo: "Teus juízos". A
      palavra aqui é sinônima à "palavra" de Deus.
      (a) O salmista reverenciava grandemente a palavra.
      (b) Ele desejava intensamente conhecer seu conteúdo.
      (c) Ele desejou alimentar-se da palavra de Deus.
      (d) Ele ansiava por obedecê-la.
      (e) Ele desejava muito sentir o poder dos juízos de Deus em seu
      coração.
      2. Os anseios ardentes do santo.
      (a) Constituem uma experiência viva.
      (b) A expressão usada no texto representa um senso humilde de imperfeição.
      (c) Indica uma experiência avançada.
      (d) É uma experiência que podemos classificar de agridoce.
      (e) Esses anseios podem até cansar, tornar-se muito estressantes
      à alma de um homem.
      3. Reflexões que alegram.
      (a) Deus está trabalhando em sua alma.
      (b) O resultado da obra de Deus é muito precioso.
      (c) Está conduzindo a algo mais precioso.
      (d) O desejo em si está fazendo bem a você.
      (e) Torna Cristo precioso.
      
      VERS. 21.
      1. O caráter dos orgulhosos.
      2. A maneira de Deus com eles.
      3. Nossa própria relação com eles.
      VERS. 21.
      1. O pecado; "Desviar-se dos mandamentos".
      (a) Por negligência; ou,
      (b) Por abuso deles.
      2. Sua origem é orgulho: orgulho de razão, de coração,
      de vida.
      3. Seu castigo.
      (a) Repreensão.
      (b) Condenação (G. R.).
      
      VERS. 23. Meditação.
      1. Nossa melhor ocupação enquanto outros caluniam.
      2. Nosso melhor consolo diante da mentira deles.
      3. Nosso melhor preservador de um espírito de vingança.
      4. Nosso melhor modo de mostrar nossa superioridade diante dos ataques
      deles.
      
      VERS. 24.
      1. Ele os reverenciou como testemunhas de Deus.
      2. Ele os apreciou como seu deleite.
      3. Ele se referiu a eles como seus conselheiros.
      
      VERS. 25. Confissão. Absolvição. Instrução.
      
      VERS. 26. 
      1. O dever: "A ti relatei os meus caminhos", tornei conhecida
      a minha experiência de tua palavra a outros.
      2. Reparado por Deus. "Tu me respondeste".
      3. Sua recompensa. Mais conhecimento me será dado: "Ensina-me"
      (G. R.).
      
      VERS. 27.
      1. A oração de um estudante.
      (a) Trata do assunto principal da conversa que será a ocupação
      daquele estudante "o caminho dos preceitos de Deus".
      (b) Uma confissão está implícita: "Faze-me".
      (c) Um grande benefício é pedido - entender, saber, teus
      estatutos.
      (d) A Fonte de toda sabedoria é empregada.
      2. A ocupação do homem instruído.
      (a) Ele testifica as obras de Deus - suas obras maravilhosas - a obra de
      Cristo por nós, a obra do Espírito Santo em nós. O
      maravilhoso caráter dessas obras de Deus, um vasto campo para um
      estudo dedicado.
      (b) Ele fala muito claramente: "Eu falarei".
      (c) Ele falará com muita freqüência: "Eu falarei".
      (d) Ele falará o que é relevante: "Então",
      isto é, de acordo com o sentido compreendido.
      3. A relação íntima entre a oração do
      estudante e a busca que ele seguiu em conseqüência dela (Sermão
      de Spurgeon: "A oração do estudante").
      VERS. 27. Instrução para o ministério.
      1. O estudante no educandário: "Faze-me discernir". Sua
      lição. Seu instrutor. Sua dedicação.
      2. O pregador no seu trabalho: "Então meditarei", então
      falarei. Suas qualificações. Seu tema. Sua maneira (C. A.
      D.).
      
      VERS. 28. Opressão, a causa, o tormento e a cura.
      
      VERS. 29. O caminho do engano. 
      1. Descreva o caminho do engano. Vários caminhos, por exemplo, visões
      errôneas de doutrina; bases falsas de fé; frouxidão
      de prática; retraimento da cruz diária.
      2. Mostre porque tem esse nome. Não entrega os prazeres prometidos.
      Não conduz ao alvo professado. Passa pelo território do pai
      das mentiras.
      3. Note o traço peculiar na oração contra ele. Não
      me tire dele, mas remova-o de mim: porque o caminho da mentira está
      dentro de nós.
      4. Nosso livramento do caminho da mentira se encontra em Deus (C. A. D.).
      
      VERS. 29-30.
      1. O modo da mentira, nosso desejo de eliminá-lo e o método
      da resposta.
      2. O modo da verdade, nossa escolha e o método de cumpri-la.
      
      VERS. 31. Razões para se apegar aos testemunhos divinos.
      VERS. 31. Uma composição sadia.
      1. Fidelidade firme.
      2. Desconfiança de si.
      3. Oração importuna (C. A. D.).
      
      VERS. 32. O Corredor Amarrado é solto.
      1. O percurso que lhe foi convidativo.
      2. As correntes que o prendiam.
      3. A impaciência que o impelia.
      4. O Senhor que o libertou.
      5. Agora deixe-o ir (C. A. D.).
      VERS. 32. 
      1. Liberdade desejada.
      2. Liberdade corretamente usada. Ou, o efeito do coração
      sobre os pés.
      VERS. 32. O texto nos dará ocasião para falar.
      1. Sobre o benefício de um coração dilatado. A precedência
      necessária deste trabalho por parte de Deus, antes que possa haver
      qualquer inclinação séria ou movimento do coração
      em direção a Deus de nossa parte.
      2. A decisão subseqüente dos santos de empenhar seus corações
      em viver para Deus.
      3. Com que sinceridade, espontaneidade e rigor de espírito esta
      obra deve ser desempenhada: "Corro" (T. Manton).
      VERS. 32.
      1. O caminho da obediência: "Teus mandamentos".
      2. O dever da obediência: "Correrei", não ficar
      parado - não demorar-se - não engatinhar - não andar,
      e sim correr.
      3. A vida da obediência.
      (a) Onde está - no coração.
      (b) De onde vem: "quando me alegrares o coração"
      (ARA); "pois me deste maior entendimento" (NVI).
      (c) O que faz -"dilatarás meu coração" (KJV)
      (G. R.).
      
      VERS. 33. Nesta prece por graça observe:
      1. A pessoa a quem ele ora: "Senhor"
      2. A pessoa por quem ora: "Ensina-me"
      3. A graça pela qual ele ora: ser ensinado.
      4. O objetivo deste ensino: "O caminho dos teus decretos". O
      ensino que ele implora não é especulativo, e sim, prático,
      aprender a andar no caminho de Deus (T. Manton).
      VERS. 33. A eficácia superior do ensino divino: consegue prática
      santa e assegura a sua perpetuidade.
      
      VERS. 33-34. Luz do alto.
      1. O poder que o pecado tem de cegar. "Ensina-me", isto é,
      "aponte para mim". "Dê-me entendimento". Seja
      qual tenha sido a quantidade original de luz que veio de comerem da árvore
      do conhecimento do bem e do mal, aquela luz há tempo tem sido insuficiente.
      (a) Os homens precisam de luz para discernir o bem do mal.
      (b) Os homens precisam de luz para entender as belezas do caminho certo.
      Belezas tais margeiam o caminho da verdade de cada lado, mas só
      a mente ensinada por Deus as aprecia. Mesmo Jesus, que é o caminho,
      a verdade, e a vida, é como raiz tirada da terra seca, até
      ser a mente ensinada do Senhor. O pecado é a causa dessa cegueira.
      Quanto mais longe um homem anda pelo caminho do pecado, menos ele consegue
      enxergar das belezas da santidade.
      2. A graça iluminadora do Senhor. "Ensina-me". "Dá-me
      entendi-mento". Esta graça:
      (a) Pode ser pedida ousadamente: "Se algum de vocês tem falta
      de sabedoria, peça-a a Deus".
      (b) Será dada de graça. "Que a todos dá livremente".
      "Pedi, e será dado".
      (c) Será amplamente suficiente. "Eu o guardarei até
      o fim". "Guardarei a tua lei". Ver é seguir.
      3. O poder estimulador de verdade revelada claramente. "Eu a observarei
      de todo meu coração: Ver não é só seguir,
      mas seguir com amor e alegria. Está escrito sobre a luz que haverá
      diante do trono: "Nós seremos como ele, porque nós o
      veremos como ele é". "Ó tu, que habitas entre os
      Querubins, brilhe", mesmo aqui, no caminho que conduz à tua
      presença (F. G. M.).
      
      VERS. 33-35. Alfa e Ômega.
      1. Deus, o doador de instrução espiritual (Sl 119.33).
      2. De entendimento espiritual, sem o qual esta instrução
      é em vão (Sl 119.34).
      3. De graça para obediência prática quando instruído
      assim (Sl 119.35).
      4. Por obediência de todo o coração (Sl 119.84).
      5. Por perseverança final (Sl 119.33) (C. A. D.).
      
      VERS. 33-36. Dependência humana de ajuda divina.
      1. Não há como se manter firmemente no caminho do Senhor
      sem a direção do Senhor (Sl 119.83).
      2. Não há nenhuma observância do caminho com o coração
      sem luz Divina para a mente (Sl 119.34).
      3. Não há prosseguimento diligente do caminho enquanto a
      energia divina não é dada à vontade (Sl 119.35).
      4. Não há verdadeiro amor pelo caminho a não ser que
      o coração seja constrangido pelo amor de Deus (Sl 119.36).
      Aquele que disse, "Sem mim nada podeis fazer", é necessário
      para vermos o caminho, entendermos o caminho, andarmos no caminho, e amarmos
      o caminho ( F.G.M.). 
      
      VERS. 34. Ver e amar.
      1. Quando os homens vêem, eles amam (o versículo todo).
      2. Quando homens amam, eles vêem. Só o coração
      amoroso teria visto o suficiente para escrever um versículo assim
      (F. G. M.).
      
      VERS. 35. A oração de uma criança e o deleite de uma
      criança. Ou, nosso prazer em santidade é uma súplica
      por graça.
      VERS. 35.
      1. Deleite reconhecido.
      2. Falta de inclinação implícita.
      3. Autodisciplina implorada (W. W.).
      
      VERS. 36. A santidade é uma cura para a cobiça.
      
      VERS. 36, 112. A cooperação do divino e humano na salvação.
      1. É Deus que trabalha em você (Sl 119.36.).
      2. Portanto trabalhe sua própria salvação com temor
      e tremor (Sl 119.112) (C. A. D.).
      
      VERS. 37. Faze-me viver nos caminhos que traçaste. Esta breve oração:
      
      1. Trata da necessidade freqüente do crente.
      2. Dirige-nos para o único que pode operar agilizações:
      "Tu".
      3. Descreve a esfera de rigor renovado: "no teu caminho".
      4. Denota que pode haver razões especiais e tempos especiais para
      esta oração - tempos de tentação: Sl 119.37;
      tempos de aflição: Sl 119.107; quando chamado a algum trabalho
      extraordinário.
      VERS. 37. Aqui há:
      1. Conversão da "vaidade".
      2. Conversão para "teu caminho". 
      3. Conversão por vivificação: "faze-me viver"
      (G. R.).
      VERS. 37. Davi ora:
      1. Por graça restringente para que ele seja impedido daquilo que
      o atrapalharia no caminho de seu dever. "Desvia os meus olhos das
      coisas inúteis."
      2. Por graça constrangedora, para que ele pudesse não só
      ser guardado de tudo que obstruiria seu progresso ao céu, mas que
      ele pudesse ter aquela graça que era necessária para levá-lo
      adiante nesse progresso: "Faze-me viver nos caminhos que traçaste"
      (M. Henry).
      
      VERS. 38. Temor de Deus se evidencia por:
      1. Um receio de seu desprazer.
      2. Desejo de seu favor.
      3. Respeito por suas excelências.
      4. Submissão à sua vontade.
      5. Gratidão por seus benefícios.
      6. Obediência conscienciosa a seus mandos (Charles Buck).
      VERS. 38. Os quatro tipos de medo.
      1. O medo do homem, pelo qual somos levados mais a fazer mal do que a sofrer
      mal.
      2. Medo servil, através do qual somos induzidos a evitar pecado
      só pelo medo do inferno.
      3. Medo inicial, no qual evitamos o pecado em parte pelo medo do inferno,
      mas também em parte pelo amor de Deus, que é o temor de crentes
      comuns.
      4. Medo filial, quando tememos desobedecer a Deus somente e totalmente
      pelo amor que temos a ele (Jr 32.40). (Ayguan, sermão publicado
      em coletânea em 1878).
      
      VERS. 39.
      1. O juízo do homem temido.
      2. O juízo de Deus aprovado.
      VERS. 39. A repreensão da incoerência.
      1. A desonra causada por ela (2Sm 12.14).
      2. O perigo de incorrer nela.
      3. A oração contra isso (C. A. D.).
      
      VERS. 41. Sermão de Spurgeon, "Sua salvação pessoal".
      VERS. 41.
      1. As misericórdias de Deus nos vêm sem as procurarmos, continua-mente.
      Suas misericórdias que poupam, misericórdias temporais.
      2. O principal resultado das misericórdias de Deus é sua
      salvação. É nossa maior necessidade; é o maior
      presente dele.
      3. Nós devemos ter um interesse pessoal nesta salvação:
      "Que o teu amor alcance-me" também.
      4. Quando buscamos a salvação de Deus, nós pedimos
      conforme ele promete: "segundo a tua promessa" (Horatio Wilkins,
      de Chelte-nham, 1882).
      VERS. 41.
      1. Salvação é toda por misericórdia.
      2. Todas as misericórdias estão na salvação.
      3. Todos os homens devem estar ansiosos para a salvação chegar
      a eles.
      4. Só pode vir segundo a palavra de Deus (W. W.).
      
      VERS. 41-43. Uma oração abrangente.
      1. A posse da salvação: Sl 119.41.
      2. É o poder para a defesa: Sl 119.42.
      3. E a qualificação para ser útil: Sl 119.43 (C. A.
      D.).
      
      VERS. 42. A resposta da fé à repreensão encontra-se
      no fato de ela confiar na palavra de Deus.
      
      VERS. 42-43, 47. Fé, esperança e amor. "Eu confio".
      "Tenho esperado". "Tenho amado". Fé lutando,
      esperança testificando, amor obedecendo.
      
      VERS. 43. Como o verdadeiro pregador poderia ser silenciado, e sua prece
      para que isso não aconteça.
      
      VERS. 44. O céu começado cá em baixo.
      1. A vida presente do crente - observando a lei de Deus.
      2. O cuidado contínuo do crente - observar a lei de Deus.
      3. A perspectiva eterna do crente - observar a lei de Deus para todo o
      sempre (C. A. D.).
      
      VERS. 45-47. Liberdade de andar. Liberdade de fala. Liberdade de coração.
      
      VERS. 45-48. O verdadeiro homem livre tem prazer em:
      1. Andar livremente com Deus.
      2. Falar livremente sobre Deus.
      3. Amar a Deus livremente.
      4. Exercitar livremente a alma.
      (a) Em prática santa.
      (b) Em meditação celestial (W. Durban).
      VERS. 45-48. Cinco coisas que o salmista promete a si mesmo aqui na força
      da graça de Deus.
      1. Que ele deverá ser livre e natural em sua obrigação:
      "Andarei em liberdade".
      2. Que ele deverá ser ousado e corajoso em seu dever: "Falarei
      dos teus testemunhos também diante de reis".
      3. Que ele deverá ser alegre e agradável em seu dever: "Tenho
      prazer nos teus mandamentos".
      4. Que ele deverá ser diligente e vigoroso em seu dever: "Tenho
      prazer nos teus mandamentos".
      5. Que ele será refletido e mostrará consideração
      em seu dever: "Medito nos teus decretos" (M. Henry).
      
      VERS. 46-48. Lábios, coração e mãos.
      1. Profissão pública da palavra de Deus ("Falarei",
      Sl 119.46) deve ser garantida por: 2. Deleite pessoal na palavra de Deus
      ("Tenho prazer", Sl 119.47), que deve resultar em:
      3. obediência prática à palavra de Deus ("A ti
      levanto minhas mãos", Sl 119.48).
      
      VERS. 46.
      1. Os verdadeiramente sinceros precisam falar.
      2. Nunca lhes faltam assuntos. "Teus testemunhos". O raio de
      ação não tem limite - a variedade é infinita.
      3. Eles nunca temem auditório algum: "diante de reis"
      (W. W.).
      
      VERS. 48.
      1. O amor renovando sua atividade.
      2. O amor se refrescando com alimento espiritual.
      
      VERS. 47-48.
      1. A Escritura na mão para ler. Freqüentemente na mão.
      2. Na mente para meditação: "Medito".
      3. No coração para amor: "Eu os amo" (G. R.).
      
      VERS. 48. A religião envolvia todo o homem Davi: mãos, coração,
      cabeça.
      1. As mãos levantadas.
      (a) Em um juramento de lealdade à palavra de Deus (Gn 14.22; Ez
      20.28). Para receber suas doutrinas, obedecer a seus preceitos, atender
      seus avisos, defender sua honra.
      (b) Implorando uma bênção sobre a palavra de Deus (Gn
      48.14; Lv 9.22; Lc 24.50). Para que sua luz pudesse se espalhar. "Voe
      longe, poderoso evangelho"; para que sua influência se torne
      universal.
      2. O coração leal.
      (a) Isso explica as mãos levantadas. Ele próprio havia amado
      a palavra. Religião é interior primeiro, depois exterior.
      Precisamos amá-la antes de estarmos ansiosos por difundi-la.
      (b) Mas o que explica o coração leal? A palavra lhe trouxera
      salvação, lhe dera sustentação, e o havia guiado.
      Amamos o mundo por seus efeitos alegres sobre nós mesmos.
      3. A mente estudiosa.
      (a) Meditação devota é o melhor empreendimento.
      (b) A Palavra de Deus oferece um grande campo para isso.
      (c) Para meditar nela, aprenda a amá-la: "tenho buscado",
      a tenho amado, e "medito" eu meditarei (H. W.).
      VERS. 48. 
      1. Os mandamentos de Deus amados. Nós amamos a lei quando amamos
      o Doador da Lei. Amamos a vontade dele somente quando nossos corações
      estão reconciliados e renovados. Por isso a necessidade de renovação
      espiritual.
      2. Os mandamentos de Deus assuntos de oração: "Minhas
      mãos também eu levantarei". Perowne diz: "A expressão
      denota o ato de orar". Podemos orar por um conhecimento mais pleno,
      uma experiência mais profunda, uma obediência mais disposta
      e mais perfeita.
      3. Um tema para meditação. Em meio à pressa de atividades
      externas precisamos não esquecer a necessidade de meditação
      em silêncio (H. W.).
      
      VERS. 50. Cada homem tem sua própria aflição e sua
      própria consolação. Piedade vivificada é o
      melhor consolo. A Palavra é o meio de ter isso.
      VERS. 50.
      1. A necessidade de consolo.
      2. A consolação necessária.
      
      VERS. 51. A injúria do homem orgulhoso, e a constância do
      homem gracioso.
      VERS. 51. Fidelidade em face de injúria.
      1. Os arrogantes zombam da sujeição do crente à lei
      de Deus.
      2. Ridicularizam o prazer do crente em serviço prestado a Deus.
      3. Eles se deparam com a determinação do crente de se apegar
      a Deus (2Sm 6.20, 22) (C. A. D.).
      
      VERS. 52. Consolo vem de uma recapitulação dos antigos atos
      do Senhor para com os maus e com seu povo.
      VERS. 52.
      1. Os mortos falam aos vivos.
      2. Os vivos escutam os mortos (G. R.).
      VERS. 52. Água doce de um poço escuro.
      1. Os juízos de Deus são calculados para inspirar terror.
      2. Mas eles provam o cuidado superintendente de Deus sobre o mundo.
      3. São sempre contra o pecado, e a favor da santidade.
      4. Em todos os tempos de juízo, Deus livra o seu povo. Noé,
      Ló.
      5. Portanto, os juízos de Deus são uma fonte de consolo para
      o crente (G. A. D.).
      
      VERS. 53. As sensações de homens piedosos quando vêem
      pecadores: horror ao crime, a perseverança deles nisso, sua rejeição
      de graça e o fim deles.
      VERS. 53. Aterrorizados.
      1. A culpa e perigo dos pecadores impenitentes.
      2. O horror e preocupação de espectadores piedosos.
      3. A oração e o esforço que tal preocupação
      deve impor (G. A. D.).
      
      VERS. 54. Aqui temos:
      1. Luz em trevas.
      2. Companheirismo em solidão.
      3. Atividade em descanso: "casa de peregrinação"
      (G. R.).
      VERS. 54. O peregrino que mostra alegria.
      1. Um bom homem vê sua residência neste mundo como nada mais
      que a casa de sua peregrinação.
      2. A situação, por mais desvantajosa, admite contentamento.
      3. As fontes de sua alegria são extraídas das Escrituras
      (W. Jay).
      VERS. 54. Sermão: O Peregrino Que Canta. 
      
      VERS. 55, 52. "De noite lembro-me". "Lembro-me". 
      
      VERS. 55. Memórias da noite. Deveres do dia. Como agem e reagem
      uma sobre a outra.
      VERS. 55. Noites escuras. Memórias radiantes. Resultados certos
      (C. A. D.).
      VERS. 55.
      1. Noite feliz embora desassossegada.
      2. Dia feliz embora cheia de atividade (W. D.).
      
      VERS. 56. Os lucros da piedade; ou, o que um homem ganha com vida santa.
      VERS. 56.
      1. O dever: "Obedecer aos teus preceitos".
      2. Sua recompensa: "Isso eu tive". Proteção: "isso
      eu tive". Orientação: "isso eu tive". Prosperidade:
      "isso eu tive"; Consolação: "isso eu tive"
      (G. R.).
      
      VERS. 57-64. A porção do crente. O Senhor é a porção
      do crente (Sl 119.57); buscada com entusiasmo (Sl 119.58-60); que permanece
      mesmo se tudo mais é tirado (Sl 119.61); causando alegria mesmo
      à meia-noite (Sl 119.62), e se tem a escolha de seleto companheirismo
      (Sl 119.63-64).
      
      VERS. 57.
      1. A posse infinita: "Tu és a minha herança, Senhor".
      Observe:
      (a) Uma distinção clara é feita pelo salmista entre
      a porção dele e aquela dos ímpios aqui e no além
      (ver Sl 48.2.) 
      (b) Reivindicação positiva: "Tu és a minha herança,
      Senhor". Esta "herança" é imensurável,
      permanente, apropriada, satisfaz, eleva, é tudo graça.
      2. A decisão apropriada: "Prometi obedecer as tuas palavras".
      (a) Observe o prefácio: "Prometi".
      (b) O elo entre a porção possuída e a resolução
      tomada.
      (c) O trabalho de guardar as palavras de Deus. Guarde aquele que é
      a Palavra, "o Verbo" -Cristo Jesus. Guarde a palavra do evangelho
      - doutrinas, preceitos, promessas (guardadas no coração para
      consolar o crente). Esse assunto abençoado sugere um contraste solene.
      Veja a porção daquele servo que não guardou a palavra
      de seu Senhor: Mt 24.48-51. (Deus a nossa Porção, e sua Palavra
      nosso Tesouro: Sermão).
      VERS. 57 (primeira cláusula). A porção do crente.
      1. Mostre a validade de sua reivindicação: "minha".
      (a) Dádiva pela aliança: Hb 8.10-13.
      (b) Envolvida em herança conjunta com Cristo: Rm 8.17.
      (c) Confirmada pela experiência da fé.
      2. Vistorie o valor superlativo desta posse: "O Senhor".
      (a) Completamente bom.
      (b) Infinitamente precioso.
      (c) Inexaurivelmente cheio.
      (d) Eternamente seguro.
      3. Sugira um método de derivar dele a vantagem superlativa do maior
      presente.
      (a) Medite muito sobre Deus, sob a convicção de que ele é
      a sua porção.
      (b) Leve para ele todos os seus cuidados, e lance sobre ele todas as cargas.
      (c) Refira cada tentação à palavra da sua lei, e cada
      dúvida à palavra da sua promessa.
      (d) Aproveite para fazer saques grandes de suas riquezas para satisfazer
      a cada necessidade quando surge (John Field, de Sevenooks, 1882).
      Verses 57-58. A propriedade do crente, profissão e pedido.
      
      VERS. 58. A luz solar da alma.
      l. O favor de Deus é a única coisa necessária.
      2. Querer de todo o coração é o único tipo
      de requerimento.
      3. Misericórdia da aliança é a única justificativa
      para obtê-la (C. A. D.).
      VERS. 58. Podemos aprender como um interessado pode chegar a gozar favor
      salvador, por um cuidadoso estudo de:
      1. A profissão: "Suplico a tua graça de todo o coração".
      (a) O que ele faz é buscar o favor de Deus, até com dor.
      Desejo sincero. Súplica importuna. Tristeza dolorosa pelo pecado.
      (b) Como ele o fez: "De todo o coração". O intelecto,
      os afetos, a vontade, tudo conjugado, em esforço concentrado. Senão,
      buscar é fazer pouco do que é solene. Nada menos do que isto
      é digno de nosso propósito, agradável a Deus e bem-sucedido.
      (c) A evidência de que estamos fazendo isso: orar com freqüência,
      examinar a Palavra, sempre investigando, perguntando. A primeira e principal
      ocupação - desistindo, em favor de Cristo.
      2. A petição: "Tem misericórdia de mim".
      (a) O favor de Deus só é esperado em termos de graça.
      (b) Felizmente, esta é uma oração de que todo pecador
      pode e deve se utilizar.
      (c) A bênção desta verdade: que ela nunca falha.
      3. A súplica: "Conforme a tua promessa".
      (a) Uma súplica que não pode ser negada é muito forte
      num pedido.
      (b) A promessa de Deus é exatamente um pedido desta natureza.
      (c) Busque-a, aproprie-se dela, e insista nela (J. F.). 
      
      VERS. 59.
      1. Auto-exame: "Refleti em meus caminhos" - meus "caminhos"
      particulares, meus caminhos sociais - meus caminhos sacros - meus caminhos
      públicos.
      2. Suas vantagens: "E voltei meus passos" (G. R.).
      VERS. 59. 
      1. Falta de pensar e se desviar.
      2. Pensar e voltar (C. A. D.).
      VERS. 59.
      1. Convicção. Sentir-se culpado.
      2. Conversão. Converter-se (W. D.).
      VERS. 59. Pensar sobre os próprios modos. Perguntar:
      1. Por que são negligenciados tantas vezes?
      (a) Falta de coragem.
      (b) Ocupados demais.
      (c) Desagradáveis, e, portanto o cuidado de muitos é bani-los.
      2. Quando o auto-exame é conduzido sabiamente?
      (a) Quando empreendido honestamente.
      (b) Quando conduzido de modo completo.
      (c) Quando a Escritura é tomada como juiz e padrão.
      (d) Quando auxílio divino é buscado.
      3. Que propósito será servido?
      (a) Fazer-nos abandonar os próprios modos, com vergonha e arrepen-dimento.
      (b) Fazer-nos voltar aos testemunhos de Deus com sinceridade, reverência
      e esperança (J. F.).
      VERS. 59.
      1 Pensar corretamente: "Refleti em meus caminhos".
      (a) Que reflexão sobre seus caminhos causou ao salmista insatisfação
      é evidente.
      (b) Refletir corretamente sobre nossos caminhos há de sugerir uma
      mudança prática.
      (c) O retrospecto que fazemos de nossa vida deve sugerir qualquer guinada
      que devemos fazer em direção a Deus. "Para os teus testemunhos".
      (d) Pensar certo também sugere que tal volta é possível.
      2. Volta correta. A volta foi:
      (a) Completa.
      (b) Prática.
      (c) Espiritual.
      (c) Imediata.
      (d) Precisa ser obra divina.
      
      VERS. 60. Os perigos de demorar. As razões para agir prontamente.
      1. Reflexão. Guardar os mandamentos de Deus é meu dever,
      é meu bem-estar. Mandamentos adiados podem nunca ser guardados.
      A demora em si já é desobediência. Ação
      espontânea imediata é a alma da obediência.
      2. Decisão. Presteza. "Eu me apressarei, e não hesitarei,
      em obedecer aos teus mandamentos" (C. A. D.).
      VERS. 60. 
      1. Rápido.
      2. Certo (W. D.).
      VERS. 60. A procrastinação considerada em sua aplicação
      mais importante; isto é à religião.
      1. Essa procrastinação é irracional.
      2. É desagradável, dolorosa.
      3. É vergonhosa.
      4. É pecaminosa, e isso no mais alto grau.
      5. É perigosa (John Angell James).
      
      VERS. 61.
      1. Assalto na estrada espiritual.
      2. O viajante conservando-se na estrada. Ou, o que inimigos podem fazer,
      e o que não podem fazer.
      
      VERS. 62. 
      1. O dever da gratidão: "dar-te graças".
      2. O assunto para a gratidão: "tuas justas ordenanças"
      (NVI).
      3. A hora para a gratidão: de noite bem como de dia (G. R.).
      VERS. 62. Em pé à noite. Cantando na noite. Razões
      para tal conduta.
      VERS. 62. O rouxinol, pássaro que canta especialmente à noite
      (Houais)
      1. Associação de pensamento natural: "meia-noite"
      e "juízos"(ARA) (Êxodo 7).
      2. Uma associação incongruente de sentir: "gratidão"
      e "juízos" - ou julgamentos.
      3. Uma justificativa completa dessa aparente incompatibilidade: "graças
      por causa de teus retos juízos" (ARA).
      4. Um desempenho vigoroso de uma incumbência: "À meia-noite
      me levanto para dar-te graças" (C. A. D.).
      
      VERS. 63. 
      1. A religião verdadeira é amiga.
      2. Nossa amizade deve ser universal.
      3. Nossa amizade deverá ser discriminatória.
      4. Tal amabilidade é bastante útil. 
      VERS. 63. Sobre companhias boas e más. Como evitar uma coisa e melhorar
      a outra. 
      VERS. 63. A escolha de companhias do crente.
      1. Devem ser decididas pela sua piedade: "Aqueles que te temem".
      2. É dirigido pela conduta deles: "aqueles que obedecem aos
      teus preceitos".
      3. Deve ser levada até onde é possível: "Todos".
      4. Envolve obrigação recíproca: "Mostro amizade"
      (J. F.).
      
      VERS. 64. A soma e a substância deste versículo serão
      compreendidas nestas cinco proposições:
      1. Que o conhecimento salvador é um benefício que precisa
      ser pedido de Deus.
      2. Que este benefício nunca chega a ser pedido com demasiada freqüência
      ou de modo demasiado suficiente: é o pedido contínuo da pessoa.
      3. Ao pedir, somos incentivados pela abundância ou misericórdia
      de Deus.
      4. Que Deus é misericordioso é declarado por todas as suas
      criaturas.
      5. Que a bondade dele para com todas as suas criaturas deverá nos
      confirmar a: esperar por graça salvadora ou boas coisas espirituais
      (T. Manton).
      VERS. 64. 
      1. Observações na escola da natureza.
      2. Súplicas para entrar na escola da graça.
      VERS. 64. A misericórdia de Deus na natureza e sua misericórdia
      conforme revelada em palavra.
      1. Uma excelente, a outra superexcelente.
      2. Uma dada facilmente, a outra chegando através de grande sacrifício.
      3. Uma pode ser desfrutada, e ainda aumentar a condenação;
      a outra, se desfrutada, é salvação.
      4. Uma deve levar ao arrependimento, a outra é adaptada para a restauração
      à santidade do penitente (J. F.).
      
      VERS. 66.
      1. Fé singular: "Confio em teus mandamentos".
      2. Petição especial baseada nisso: "Ensina-me".
      VERS. 66. O valor de um bom juízo para um conhecimento são.
      1. Discrimina cuidadosamente entre verdade e erro.
      2. Põe cada verdade em sua própria relação
      com outras verdades.
      3. Mantém cada verdade firmemente, mas dá maior cuidado às
      mais importantes.
      4. Prefere evitar o curioso e especulativo, e realmente ama o simples e
      útil.
      5. Sabendo que verdades só são mantidas corretamente quando
      aplicadas, converte tudo em ponto prático.
      6. Sabendo também que comida boa pode, sob algumas circunstâncias,
      se tornar venenosa, é cuidadoso na seleção e uso de
      verdades (J. F.).
      
      VERS. 67. 
      1. Os perigos da prosperidade.
      2. Os benefícios da adversidade (G. R.).
      VERS. 67. O poder restritivo da aflição.
      
      VERS. 67, 71, 75. Aflição três vezes examinada e três
      vezes bendita.
      1. Antes de aflição: extraviando.
      2. Na aflição: aprendendo.
      3. Depois da aflição: sabendo (C. A. D.).
      
      VERS. 68. O pedido duplo por uma bênção seleta. A bondade
      de Deus é a esperança de nossa ignorância.
      VERS. 68. Tu és bom e o que fazes é bom. A natureza e obra
      de Deus são manifestas na natureza, providência, graça
      e glória. São moralmente boas, benefica-mente boas, perfeitamente
      boas, imensuravelmente boas, imutavelmente boas, experimentalmente boas,
      satisfatoriamente boas (W. J.).
      VERS. 68 (primeira cláusula). Um sermão sobre a bondade de
      Deus.
      1. A perfeição dela.
      2. As provas dela.
      3. O poder que deve ter sobre nós (J. F.).
      
      VERS. 69. Obediência de todo o coração é o maior
      consolo sob calúnia, a melhor resposta para ela, e o melhor meio
      de converter os caluniadores.
      
      VERS. 70. 
      1. Degeneração abundante do coração.
      2. Regeneração completa do coração .
      VERS. 70. Um coração gordo.
      1. O diagnóstico da doença.
      2. Seus sintomas. Soberba, nenhum deleite em Deus, nem em sua lei; aversão
      do povo dele; disposição para mentir: Sl 119.69.
      3. Sua natureza fatal.
      4. Sua única cura: Sl 101.5, Ez 36.26 (C. A. D.), versículo
      71.
      1. Davi sabia o que era bom para ele.
      2. Davi aprendeu o que é essencialmente bom. Obediência ativa
      aprendida pela obediência passiva.
      
      VERS. 71. Aflição é um instrutor.
      1. Nunca bem recebido. "Castigado".
      2. Muitas vezes agüentado com impaciência.
      3. Sempre lembrado com gratidão: "Foi bom para mim".
      4. Eficiente para um aprendiz obstinado: "para que aprendesse".
      5. Indispensável para a educação de todos (J. F.).
      VERS. 71. A escola da aflição.
      1. O estudante relutante enviado à escola.
      2. A lição dura do estudante.
      3. A aprendizagem abençoada do estudioso.
      4. A doce reflexão do estudioso.
      
      VERS. 72. As vantagens das riquezas são superadas em muito pelas
      bênçãos da palavra.
      VERS. 72. Uma avaliação.
      1. A alta estima que os santos dão à lei de Deus.
      2. Mostre quando foi formado: em aflição (Sl 119.71).
      3. Vindique sua verdade - ilustrando como são ocas as riquezas,
      e a satisfação encontrada na piedade (C. A. D.).
      VERS. 72. A palavra, melhor do que ouro e prata.
      1. Oferece aquilo que ouro e prata não podem comprar.
      2. Sem o que ela oferece, o ouro e prata podem ser uma maldição.
      3. Sem ouro e prata, ela pode produzir seu tesouro mais livre e plenamente
      - do que com eles.
      4. A palavra e o que ela oferece alegrarão o coração
      quando o ouro e a prata forem inúteis para seus adoradores desapontados
      ( J. F.).
      VERS. 72. Vale mais a lei que decretaste.
      1. Espiritualiza mais, e torna-me uma pessoa melhor.
      2. Enriquece mais, e torna-me uma pessoa mais rica.
      3. Torna-me mais reconhecido, e torna-me uma pessoa mais fina.
      4. Ampara-me mais, e torna-me uma pessoa mais forte.
      5. Preserva-me mais, e torna-me uma pessoa mais segura.
      6. Satisfaz-me mais, e torna-me uma pessoa mais feliz.
      7. Dura mais, e é mais adequada para mim como sendo homem imortal
      (W. J.).
      
      VERS. 74.
      1. A influência encorajadora de pessoas boas sobre outras.
      2. A influência instrutiva de outros sobre elas (G. R.).
      VERS. 74. Conversa com um crente experimentado porém firme é
      uma fonte de alegria para os filhos de Deus.
      1. Ele tem uma história emocionante para contar.
      2. Ele tem conselhos e cautelas para transmitir.
      3. Ele é um monumento da fidelidade de Deus, confirmando a esperança
      de outros.
      4. Ele é uma epístola de Cristo, escrita expressamente para
      ilustrar a preciosidade e o poder do evangelho (J. F.).
      
      VERS. 75. Conhecimento experimental: positivo, pessoal, glorificador de
      Deus, consolador dos santos.
      
      VERS. 76. Consolo.
      1. Pode ser uma questão de oração.
      2. É proporcionado pelo Senhor.
      3. Está prometido na palavra.
      4. É de grande valor para o crente.
      VERS. 76. 
      1. A necessidade de consolo.
      2. A fonte do consolo. "O teu amor".
      3. A regra do consolo. "Conforme a tua promessa" (G. R.).
      
      VERS. 77.
      1. Visitantes convidados. 
      2. Benefício esperado.
      3. Acolhida garantida: "porque tua lei".
      VERS. 77. Vida divina nasce, é sustentada, aumentada, pelas ternas
      misericórdias de Deus (W. W.).
      
      VERS. 78. 
      1. Algo difícil - humilhar os arrogantes.
      2. Algo cruel - "eles prejudicaram-me".
      3. Algo sábio - "mas eu meditarei".
      
      VERS. 79. Restauração à comunhão da igreja.
      1. Homens bons talvez precisem ser restaurados.
      2. Não devem ter vergonha de procurar por isso.
      3. Devem orar a esse respeito.
      VERS. 79. Sociedade seleta.
      1. Sociabilidade é um instinto da natureza humana.
      2. Sociabilidade é um auxílio para uma vida cristã
      saudável.
      3. A escolha da sociedade deve ser assunto de oração (C.
      A. D.).
      
      VERS. 80.
      1. A oração de Davi por sinceridade - que seu coração
      pudesse ser trazido aos estatutos de Deus, e que pudesse ser íntegro
      para como eles, não deteriorado ou enganoso.
      2. Seu temor das conseqüências da hipocrisia: "para que
      eu não seja humilhado". Humilhação é a
      porção de hipócritas, aqui ou no além (M. Henry).
      VERS. 80.
      1. O coração na religião.
      2. A necessidade de ele ser sadio nisso.
      3. O resultado de ter um coração são, íntegro.
      
      VERS. 81. Texto bom para um sermão missionário.
      1. A condição do mundo pagão, que é o bastante
      para fazer o cristão desfalecer pela ansiedade de ver a salvação
      de Deus visitá-lo.
      (a) A densidade de suas trevas.
      (b) A extensão da área.
      (c) O longo tempo de sua persistência.
      (d) O caráter e efeito limitado do trabalho missionário.
      (e) As influências que se opõem.
      2. Essa condição, embora tristíssima, não é
      sem esperança. Devido:
      (a) À intenção, adaptação e chamada
      universal do evangelho.
      (b) À comissão de Cristo à sua igreja.
      (c) Ao caráter compassivo dos espiritualmente iluminados, produzido
      por sua fé na palavra.
      (d) Às profecias e promessas. Portanto, há esperança
      na palavra.
      3. Se cristãos estão ardendo pela salvação,
      mas esperando na palavra, seu interesse pelo trabalho missionário
      será intenso, e se revelará:
      (a) Na oração sincera por mais trabalhadores e maiores resultados.
      (b) Na devoção deles próprios, se possível,
      para o trabalho.
      (c) Nas doações livres e generosas, para ajudar na obra (J.
      F.).
      VERS. 81. Estou quase desfalecido. Os homens desfalecem por falta de saúde,
      provisões, descanso, promoção, sucesso e em alguns
      casos por salvação. Davi desfalecia.
      1. Por sua própria salvação.
      (a) Por sentimento de culpa: Livra-me de todas as minhas trans-gressões",
      "da culpa de sangue".
      (b) Por aviltamento: "Cria em mim um coração puro".
      "Lava-me".
      (c) Por formalidade: "Que as palavras da minha boca".
      (d) Por escuridão: "Por que escondes o teu rosto?" "Eleva".
      "Diga à minha alma".
      (e) Por infelicidade: Das profundezas".
      2. Pela salvação de outros.
      (a) Ele falou por isto: "Já é tempo de agires, Senhor"
      (Sl 119.126).
      (b) Ele orou por isso "Ah, se... viesse a salvação".
      (Sl 14.7), "Que tua obra". "Deus, sê compassivo conosco".
      "Salva-nos agora, eu suplico".
      (c) Ele trabalhou por isso: "Farei menção da tua justiça".
      "Ensinarei aos transgressores os teus caminhos" (W. J.).
      VERS. 81.
      1. Entusiasmo de expectativa.
      2. Energia de esperança.
      1. Estabelecimento de promessa: "Em tua palavra".
      VERS. 81. Salvação, nas Escrituras, tem diversos sentidos:
      ela é expressa:
      1. Para aquele livramento temporal que Deus dá, ou prometeu dar
      a seu povo: assim é entendido: Êx 14.13.
      2. Para a mostra de Cristo na carne (Sl 98.2-3, Lc 2.29-30).
      3. Para os benefícios que temos por Cristo deste lado do céu,
      como o perdão do pecado e a renovação de nossas naturezas
      (Mt 1.21; Tt 3.5; Sl 51.12).
      4. Para a vida eterna: "Alcançando o alvo da sua fé,
      a salvação das suas almas" (1Pe 1.9); significando com
      isso nossa recompensa final (T. Manton).
      VERS. 81. 
      1. Desfalecido.
      2. Buscando, esperançoso (W.D.).
      
      VERS. 82. Resposta à pergunta - Quando me consolarás?
      1. Quando sua tristeza tiver atendido ao propósito dela.
      2. Quando você crer.
      3. Quando você abandonar o pecado.
      4. Quando você obedecer.
      5. Quando você se submeter à minha vontade.
      6. Quando você buscar a minha glória.
      VERS. 82. 
      1. Com quanta vontade o crente se volta a Deus em sua aflição:
      "Quando me consolarás?"
      2. Com que ansiedade o crente fixa os olhos nas promessas divinas: "Meus
      olhos fraquejam de tanto esperar pela tua promessa" - pela tua palavra.
      3. Como o cansaço de esperar não consegue acabar com sua
      paciência, enquanto a esperança aumenta a sua importunação:
      "Quando me consolarás?" (J. F.).
      VERS. 82. A súplica dos olhos.
      1. Como os olhos falam. "Expressando" os humores da alma, como
      - anseio, Is 8.17; fé, Is 45.22, Hb 12.2; expectativa, Sl 5.3, Fp
      3.20, Tt 2.13; amor, Co 3.18, Jo 1.14.
      2. O que os olhos dizem: "Quando me consolarás? Deixando de
      lado todos os outros consoladores, tu és meu sol: minha vida; meu
      amor; meu tudo".
      3. Como os olhos suplicantes encontrarão o Olho responsivo do Senhor:
      Hb 9.18. No olhar do reconhecimento de tristeza, Êx 2.25; no olhar
      de perdão, Lc 22.61; de transmitir forças, Jz 6.14; de amor
      complacente, Is 66.2 (C. A. D.).
      
      VERS. 83.
      1. O homem externo que não está à vontade.
      2. O caráter denegrido. 
      3. Constantemente exposto a desconforto.
      4. O conteúdo amadurecendo.
      VERS. 83. Uma garrafa na fumaça.
      1. O povo de Deus tem suas tribulações.
      (a) Pela pobreza de sua condição.
      (b) Nossas provações freqüentemente resultam de nossos
      confortos.
      (c) O ministério tem muita fumaça com ela.
      (d) A pobre garrafa na fumaça fica lá por um longo tempo,
      até que fique negra.
      2. Homens cristãos sentem suas dificuldades; eles são como
      "garrafas" na fumaça.
      (a) A provação que não sentimos não é
      provação nenhuma.
      (b) Provações que não são sentidas são
      inaproveitáveis. Uma garrafa na fumaça fica muito preta,
      torna-se inútil, uma garrafa vazia.
      3. Cristãos não esquecem, nas tribulações,
      dos estatutos de Deus - os estatutos de ordenanças, os estatutos
      de promessa. Por que foi que Davi ainda se mantinha bem preso aos estatutos
      de Deus?
      (a) Ele não era uma garrafa no fogo, ou se teria esquecido deles.
      (b) Jesus Cristo estava na fumaça com ele, e os estatutos estavam
      na fumaça com ele também.
      (c) Os estatutos estavam na alma, onde a fumaça não penetra
      (Sermão de Spurgeon).
      
      VERS. 84. Uma questão solene apontando para a brevidade da vida,
      a severidade da tristeza, a necessidade de ser laborioso, a proximidade
      da recompensa.
      
      VERS. 85. Armadilhas cavadas, ou, os esquemas secretos de homens maus contra
      os piedosos.
      
      VERS. 86 (última cláusula). Uma oração para
      todas as ocasiões. Veja os muitos casos nos quais é usada
      na Bíblia.
      
      VERS. 87.
      1. O que o homem bom perde por ganhar.
      2. O que ele ganha por perder (G. R.).
      VERS. 87. 
      1. "Quase", mas não completamente.
      2. A frase salvadora: "Mas não abandonei os teus preceitos".
      VERS. 87. Passando por fogueiras sob a proteção do amianto.
      
      VERS. 88.
      1. Vida nova é causa de nova obediência.
      2. Nova obediência é o efeito da vida nova (G. R.).
      VERS. 88. Vivificação.
      1. Nossa maior necessidade.
      2. O mais gracioso benefício de Deus.
      3. A garantia de nossa firmeza, e por isso,
      4. O que promove a glória de Deus.
      VERS. 88.
      1. Ele termina com uma petição freqüente: "Vivifica-me
      - faze-me vivo". Toda verdadeira religião consiste na VIDA
      de Deus na ALMA do homem.
      2. A maneira pela qual ele deseja ser vivificado: "Pelo teu amor".
      Ele deseja não ser levantado da morte do pecado pelo trovão
      de Deus, e sim pela voz amorosa de um Pai terno.
      3. O efeito que deverá ter sobre ele: "Obedecerei aos estatutos
      que decretaste". Tudo que falares eu ouvirei, receberei, amarei e
      obedecerei (Adam Clarke).
      
      VERS. 89-92. O salmista conta-nos aqui a receita que aliviou suas dores
      e sustentou seu espírito. Aqui temos forte consolação.
      1. Em certos fatos por ele lembrados.
      (a) A existência eterna de Deus.
      (b) A imutabilidade de sua palavra.
      (c) A fidelidade do cumprimento daquela palavra.
      (d) A perpetuidade da palavra na natureza.
      (e) A perpetuidade da palavra na experiência.
      2. Os deleites que ele experimentou na ocasião de sua aflição.
      Em perdas por morte, quando tudo parecia mutável e inconstante,
      quando sua própria fé lhe faltou, quando todos os auxílios
      falharam, ele recorreu às determinações eternas: "Ó
      Senhor, tua palavra está firmada". 
      
      VERS. 89. Determinações eternas, ou certezas celestiais.
      VERS. 89. A calma eterna de Deus (em contraste com as mutações
      da terra) é retratada nos céus estrelados (William Haynes,
      de Stafford, 1882).
      VERS. 89. Considere:
      1. O termo, "A tua palavra".
      (a) Uma palavra é um pensamento revelado. As Escrituras são
      justamente isso: os pensamentos e propósitos de Deus tornados inteligíveis
      ao homem.
      (b) Mas uma "palavra" também marca especialmente unidade
      (é uma palavra) e inteireza ou integralidade, uma palavra, não
      uma sílaba. A Escritura é una e completa.
      2. A declaração, "para sempre está firmada nos
      céus".
      (a) "Firmada nos céus" antes de vir à terra; portanto
      pode vir como um desdobrar contínuo, através de várias
      dispensações, sem haver sombra de hesitação
      ou contradição manifesta nela.
      (b) Permanece "firmada no céu", pois sua revelação
      central, a expiação, já é um fato completado
      e Cristo é agora, no céu, um Salvador aperfeiçoado;
      portanto a palavra é inalterável.
      (c) "Para sempre está firmada nos céus." Não
      só porque Deus no céu é de uma mente e não
      pode ser alterado, mas porque a própria justiça, a justiça
      do céu, exige que uma expiação através de sofrimento
      seja respondida plena e eternamente pela sua devida recompensa.
      3. As lições.
      (a) Se estabelecida no céu, homens na terra nunca a poderão
      abalar.
      (b) Os maus não poderão se deleitar por uma esperança
      futura que surja de qualquer nova dispensação além
      do túmulo; a palavra atual de Deus para nós não pode
      ser assim abalada.
      (c) Os piedosos podem depender de uma palavra decidida e estável
      em meio às experiências instáveis e os sentimentos
      variáveis próprios da terra (J. F.).
      
      VERS. 90. A estabilidade da terra é um quadro atual da fidelidade
      eterna.
      
      VERS. 90-91. Considere:
      1. A firmeza da natureza é dependente do decreto divino: "segundo
      as tuas ordenanças".
      2. A subserviência da natureza à vontade divina: "pois
      tudo está a seu serviço". 
      3. A constância das leis da natureza, junto com sua subserviência
      aos propósitos de Deus, confirma a fé cristã na palavra
      escrita, no cuidado de uma divina providência, e na certeza de coisas
      espirituais e celestiais. "A tua fidelidade é," (J. F.).
      
      VERS. 91. Nossos monitores estelares. Eles nos ensinam:
      1. A servir: embora não possamos brilhar com o brilho deles.
      2. Fazer tudo com respeito estrito à vontade de Deus.
      3. "Continuar" "conforme as tuas ordens" (W. B. H.).
      VERS. 91. O serviço da natureza.
      1. Universal: "Tudo está a seu serviço".
      2. Obediente: "conforme as tuas ordens".
      3. Perpétuo: "Tudo permanece até hoje".
      4. Derivado: "Estabeleceste a terra".
      
      VERS. 92. O poder sustentador de ter prazer em Deus.
      VERS. 92. A palavra de Deus como poder sustentador em meio a grandes tristezas
      da vida.
      1. Sua necessidade.
      (a) Por falta da palavra de Deus, homens se tornaram beberrões para
      afogar suas tristezas, têm se suicidado porque a vida era insuportável,
      se tornaram frágeis sem esperança porque lhes faltava força
      para lutar contra infortúnios, tem se tornado ateístas no
      credo, como ainda antes eram na prática; todos, de fato, se tornaram
      sujeitos à pior amargura e aos piores efeitos da calamidade.
      (b) Nada pode suprir o lugar da palavra de Deus. A natureza não
      explica em nada o mistério do sofrimento. A filosofia humana na
      melhor das hipóteses é consolo frio, e quando mais necessária
      mais fracassa.
      2. A eficiência da palavra de Deus. Provada:
      (a) Na experiência daqueles que a experimentaram.
      (b) Pela natureza de suas promessas.
      (c) Pela descoberta que se faz de uma providência benéfica,
      que trabalha em meio à calamidade e à tristeza.
      (d) Pela revelação que oferece da compaixão de Deus
      e solidariedade de Cristo.
      (e) Por seu testemunho registrado do "Homem de dores", que embora
      sofresse levou a efeito a salvação do homem, e entrou na
      glória.
      (f) Por seu ensino com respeito à Palavra Encarnada; mostrando assim
      um Deus sofredor, que pode bem ser um consolo para humanos sofredores.
      (g) Ao apresentar a glória do céu e a eterna felicidade que
      aguarda aqueles que vencem através do sangue do Cordeiro (J. F.).
      VERS. 92. Temos aqui apresentado pelo salmista:
      1. O caso em que ele esteve envolvido, e ao qual agora se refere - um caso
      triste e de se afundar. Estava sob tal aflição, sentia que
      estava a perecer, o que parece incluir problema interior e exterior de
      uma vez, provação por fora, e pressão por dentro.
      2. O que lhe deu alívio, e isso quando nada mais pôde dar.
      Foi a lei de Deus.
      3. Como ele se lembrava do alívio recebido, a saber, com gratidão
      a Deus, a quem ele fala, e o registra, para animar e direcionar outros.
      "Se a tua lei não fosse o meu prazer, o sofrimento já
      me teria destruído" (Daniel Wilcox, 1676-1733).
      VERS. 92. A bóia salva-vidas. Sob a narrativa de um marinheiro naufragado,
      descreve a experiência da alma lutando no mar da aflição,
      quase sucumbindo, mas sustentada em cada onda sucessiva pela bóia,
      e finalmente salva por agarrar-se à Palavra de Deus (C. A. D.).
      VERS. 92. O arrepio do salmista pelo perigo recordado.
      1. Perigo extremo: aflição levando a desespero e ruína.
      2. Uma crise pavorosa: "então".
      3. Auxílio de muitas mãos: "teus preceitos: meu prazer"
      (W. B. H.).
      
      VERS. 93. Experiência fixa a palavra na memória.
      VERS. 93. 
      1. Uma boa decisão: "Jamais esquecerei dos teus preceitos".
      (a) Vale a pena lembrar dos preceitos.
      (b) A segurança está em lembrar deles.
      (c) A fidelidade a Deus não é possível sem lembrar
      deles.
      (d) Não lembrar deles é ingratidão vergonhosa.
      2. Uma excelente razão para esta decisão: "Pois é
      por meio deles que me vivificaste".
      (a) Uma razão fundada em experiência pessoal: "minha
      vida".
      (b) Uma razão apreciadora do benefício recebido: "vivificado".
      (c) Uma razão indicativa de gratidão a Deus: "tu preservas"
      (J. F.).
      VERS. 93. "Jamais me esquecerei"; uma frase dita com muita freqüência.
      Aqui dourada.
      1. Algo que não poderia ser esquecido: vida e perdão recebidos.
      Como poderia?
      2. Algo que não deveria ser esquecido: a preciosa instrumentalidade
      (W. B. H.).
      VERS. 93.
      1. O poder instrumental da verdade.
      (a) Usada por Deus em nossa regeneração (Tg 1.18 Sl 19.7).
      (b) Usada em nossa libertação (Jo 8.32).
      (c) Usada em nossa santificação (Jo 17.7).
      2. Nossa conseqüente afeição por ela. Não podemos
      esquecer.
      (a) Nossa obrigação a ela no passado.
      (b) Nossa dependência dela no presente.
      (c) Nossas necessidades dela no futuro (W. W.).
      
      VERS. 95. Homens maus, pacientes em desempenhar seus planos maus. Homens
      bons, pacientes em considerar os caminhos do Senhor.
      VERS. 95. O ódio que os maus têm dos justos.
      1. Mostre que sempre foi assim, e ainda é.
      (a) Escolha casos bíblicos, começando com Abel.
      (b) Observe as perseguições da igreja.
      (c) Tratamento no local de trabalho.
      (d) Muitas vezes no lar.
      (e) O desdém ao se falar dos "santos".
      2. Indague do motivo disso ser assim.
      (a) A inimizade do coração carnal por Deus.
      (b) O ciúme despertado pela segurança do cristão em
      ter bem-aventurança eterna.
      (c) A consciência que se tem de ser reprovado diante de uma vida
      santa.
      (d) Instigado à crítica por Satanás.
      (e) O temperamento desassossegado do pecado que, se não consegue
      impedir a santidade, prejudica quem a defende. 
      3. Ensine como agir quando exposto a isso. "Considero os teus testemunhos".
      Isso significa: 
      (a) Seja ainda mais obediente a Deus.
      (b) Tenha ainda mais controle sobre as palavras e os sentimentos.
      (c) Ame seus inimigos.
      (d) Ore por aqueles que o odeiam.
      (e) Faça o bem a eles em todas as oportunidades.
      (f) Seja agradecido por você estar entre os odiados e não
      os que odeiam.
      (g) Especialmente, considere o testemunho santo da paciência perdoadora
      de Cristo (J. F.).
      VERS. 95. A espera versus o elaborado pela espera.
      1. Tentações à espreita.
      2. O santo com seu Senhor (W. B. H.).
      VERS. 95. Imunidade. 
      1. Estou em perigo.
      2. Vou cuidar da minha obrigação.
      3. Confiarei em ti para me salvar (C. A. D.).
      
      VERS. 96. 
      1. Um fim: "visto"; visto por uma pessoa; visto onde não
      devia ser; visto onde não há fim de se gabar, visto em toda
      a perfeição.
      2. Não há fim: para o alcance, a espiritualidade, a perpetuidade
      e a perfeição da lei.
      VERS. 96. 
      1. O finito explorado.
      2. O infinito inexplorado (W. D.).
      VERS. 96. Perfeccionismo contestado por experiência e inspiração
      (W. B. H.).
      VERS. 96. A perfeição é perfeita e imperfeita.
      1. Altos protestos de perfeição surgem por ignorância,
      por desconhe-cimento (de si, ou das exigências de Deus).
      2. Os protestos são especialmente sujeitos a ruir: "Toda perfeição
      tem limite".
      3. São mais bem corrigidos por uma pesquisa da amplitude da lei
      divina (C. A. D.).
      
      VERS. 97.
      1. Exclamação descomunal.
      2. Aplicação descomunal (W. D.).
      VERS. 97. Amor indescritível e pensamento insaciável. A ação
      e reação de afeição e meditação.
      VERS. 97.
      1. O objeto do amor: "tua lei".
      2. O grau daquele amor: "Como eu amo". 
      3. A evidência daquele amor: "É a minha meditação"
      (G. R.).
      VERS. 97. Amor à lei.
      1. Uma ardente confissão de amor.
      2. Uma incontestável evidência de amor (C. A. D.).
      VERS. 97 (primeira cláusula). Veemência de amor pela palavra
      de Deus.
      1. Suas marcas reconhecíveis.
      (a) Profunda reverência pela autoridade da palavra.
      (b) Admiração por sua santidade.
      (c) Zelo. Por sua honra; o servo de Deus sente dor aguda quando as pessoas
      lhe mostram qualquer pouco caso. 
      (d) Respeito por sua inteireza; ele não aceita divorciar preceitos
      de promessas, nem ignorar uma única declaração dela.
      (e) Infatigabilidade no estudo da Palavra.
      (f) Desejo ansioso de obedecê-la.
      (g) Presteza em obedecê-la.
      (h) Atividade em difundi-la.
      2. Sua racionalidade.
      (a) A palavra bem a merece.
      (b) É uma prova de verdadeira inteligência.
      (c) É nada menos que um interesse para as demandas de nosso interesse.
      3. A necessidade de ter a Bíblia para o verdadeiro culto de Deus.
      Os homens ironicamente chamam tal afeto de bibliolatria, como se fosse
      a adoração de um livro. Na verdade, é um elemento
      essencial no culto devido a Deus. Porque:
      (a) sem ele não pode existir a fé que honra a Deus.
      (b) está envolvido neste amor a Deus que constitui a própria
      essência do culto.
      (c) é em si um ato de homenagem, que um adorador não ousa
      negar ( J. F.).
      
      VERS. 97-100. Sabedoria espiritual.
      1. A palavra de Deus é fonte de sabedoria excelente - excede aquela
      de "meus inimigos", "meus mestres", "os antigos".
      2. Os três métodos de adquirir esta sabedoria - amor, meditação,
      prática.
      3. O único Doador desta sabedoria: "Tu" (teus), Sl 119.98
      (C. A. D.).
      
      VERS. 98. Comunhão constante com a verdade é a estrada do
      estudante para a proficiência.
      
      VERS. 98-100. O homem verdadeiramente sábio.
      1. A fonte de sua sabedoria. A palavra de "o único Deus sábio",
      aqui descrito como:
      (a) Teus mandamentos.
      (b) Teus testemunhos.
      (c) Teus preceitos.
      2. A ampliação de sua sabedoria. Surge da:
      (a) Habitação permanente de sua palavra: "estão
      sempre comigo", Sl 119.98.
      (b) Meditação na palavra, Sl 119.99.
      (c) Obediência à palavra, Sl 119.100.
      3. A medida de sua sabedoria.
      (a) Mais sábio que seus inimigos, cuja sabedoria "não
      era do alto, mas terrena, sensual, diabólica". 
      (b) Mais sábio do que seus mestres cuja sabedoria era "deste
      mundo".
      (c) Mais sábio do que os antigos, cuja sabedoria era aquela de idade
      e experiência não santificadas (W. H. J. Page, de Chelsea,
      1882).
      
      VERS. 99. O caminho mais seguro para a excelência.
      1. Uma boa matéria: "teus testemunhos".
      2. Um bom método: "são minhas meditações".
      
      VERS. 100. Antigüidade não é nenhuma segurança
      de verdade quando contrastada com revelação; idade avançada
      não é nenhuma prova de sabedoria quando contrastada com viver
      santo; confissão aberta não é nenhum motivo de jactância
      quando contrastada com orgulho obstinado.
      VERS. 100. Obediência, a estrada elevada para o entendimento (W.
      B. H.).
      VERS. 100. Obediência, a chave do conhecimento (Jo 7.17).
      
      VERS. 101. O autocontrole é necessário para a piedade.
      
      VERS. 102. O ensino divino é necessário para assegurar perseverança,
      e eficaz para esse fim.
      VERS. 102. Considere:
      1. O caminho designado aos homens: "Tuas ordenanças".
      (a) Caminho correto.
      (b) Caminho limpo.
      (c) Caminho agradável.
      (d) Caminho seguro.
      (e) O fim - glória eterna.
      2. A perseguição constante: "Não me afasto".
      (a) A importunação quer afastá-lo dele.
      (b) Prazeres querem atrair para longe dele.
      (c) A carne quer cansar dele.
      (d) Mas o verdadeiro crente decide manter-se no caminho até o fim.
      (e) E cuidadosamente vigia seus passos para não se afastarem dele.
      3. O poder preservador que conserva o viajante no caminho: "Pois tu
      mesmo me ensinas".
      (a) O viajante caminha com Deus, e recebe instrução pela
      iluminação especial do Espírito Santo.
      (b) A qualidade especial deste ensino é que ele não só
      torna sábio, como também cativa a alma, fortalece-a, e a
      mantém numa obediência santa (J. F.).
      
      VERS. 103. A experiência da religião é a fonte do prazer
      nele; ou:
      1. Prova-se a palavra: sua doçura. 
      2. Declara-se a palavra com a boca: sua doçura maior.
      VERS. 103. 
      1. A palavra é positivamente doce: "doce para o meu paladar".
      2. Comparativamente doce: "mais doce que o mel".
      3. Superlativamente doce: "quão doce é" (G. R.).
      VERS. 103. A comparação, destacando a preciosa qualidade
      da doçura na palavra: "Mais doce do que o mel". "Melhor
      do que mel" não caberia tão bem. A palavra é:
      1. A mais pura doçura, até mesmo os preceitos e repreensões.
      2. Doce que não enjoa.
      3. Sempre uma doçura benéfica.
      4. Uma doçura especialmente agradável - na aflição,
      na hora da morte (J. F.).
      VERS. 103. Uma delícia espiritual.
      1. O sabor necessário para saborear a vida.
      2. A única vida que é nutrida por ela.
      3. O raro prazer derivado dela (G. A. D.).
      VERS. 103.
      1. É doce.
      2. Vamos saborear esta palavra.
      3. Os melhores efeitos seguirão. George Herbert diz:
      "Ó Livro! doçura infinita! que meu coração
      Sugue cada letra, e tire o seu dulçor,
      Precioso para qualquer tristeza em qualquer parte;
      Para aliviar o peito, e amenizar a dor."
      VERS. 103. Se quisermos provar o mel de Deus, devemos ter o paladar da
      fé (A. R. Fausset).
      
      VERS. 104. A influência dos preceitos. 
      1. Sobre o entendimento.
      2. Sobre as afeições. 
      3. Sobre a vida.
      VERS. 104. 
      1. O efeito intelectual das Escrituras. "Obtenho entendimento".
      2. Seu efeito moral: "Odeio" (G. R.).
      VERS. 104. O entendimento obtido dos preceitos de Deus gera aversão
      genuína:
      1. Pelos caminhos falsos da moralidade convencional.
      2. Pelos caminhos falsos da religiosidade formal.
      3. Pelos caminhos falsos da teologia errada.
      4. Pelos caminhos falsos da prática hipócrita.
      5. Pelos caminhos falsos das sugestões pecaminosas.
      6. Pelos caminhos falsos do próprio coração enganoso
      da pessoa (J. F.).
      
      VERS. 105-108.
      1. Iluminação (Sl 119.105).
      2. Decisão (Sl 119.106).
      3. Teste: "Passei por sofrimento" (Sl 119.107).
      4. Consagração (Sl 119.108).
      5. Instrução: "ensina-me" (Sl 119.108).
      
      VERS. 105. O uso prático, pessoal, cotidiano da palavra de Deus.
      VERS. 105. Luz de lanterna.
      1. A perigosa viagem noturna do crente pelo mundo.
      2. A lanterna que ilumina seu caminho.
      3. O dia eterno em direção ao qual ele viaja (quando a lanterna
      será posta de lado: (Ap 22.5) (C. A. D.).
      
      VERS. 106. Decisão a favor de Deus, e modos adequados de expressá-la.
      VERS. 106. 
      1. Veneração pela palavra.
      2. Consagração à palavra.
      3. Fidelidade à palavra (G. R.).
      VERS. 106. Jurar e realizar.
      1. A utilidade dos votos religiosos. Para avivar a percepção,
      acordar a consciência, (vista na nação judaica: Êx
      24.37; 2Cr 15.12-15; Ne 5.28, 29; em nação escocesa - Solene
      liga e aliança).
      2. O perigo de votos religiosos. Um voto não cumprido, ou do qual
      se desistiu, é uma injúria moral: Ec 5.4-7.
      3. A salvaguarda de votos religiosos: dependência do Espírito
      de Deus, Ez 11.19-20; 2Co 4.5 (C. A. D.).
      
      VERS. 107.
      1. Os que passam por "muito sofrimento".
      2. Uma cura certa para os males do sofrimento: "Preserva", vivifica-me.
      3. Uma regra segura para orientar a oração quando afligido:
      "conforme a tua promessa", a tua palavra.
      VERS. 107.
      1. Os muitos afligidos, os que passam "por muito sofrimento".
      (a) O mundo tem tais - viúvas, órfãos.
      (b) A maioria tem a sua vez de sofrer.
      2. Mas há também "muita" graça. 
      (a) A palavra de Deus promete a necessária vivificação.
      (b) Ele próprio é muito maior do que todas as nossas necessidades.
      (c) Cristo morreu e "em todos os pontos" tem todo o auxílio.
      3. Portanto traga "muita" fé, como o salmista aqui.
      (a) Olhar aguçado por promessas.
      (b) Fervoroso em suplicá-las.
      (c) Forte na expectativa (W. B. H.).
      VERS. 108. Considere:
      1. O título instrutivo dado à oração e louvor:
      "A oferta de louvor de meus lábios".
      (a) Mostra que o crente é um sacerdote: "oferta".
      (b) Mostra a peculiaridade de seu ato: "a livre oferta".
      (c) Implica em consagração de todo o coração.
      2. A humildade retratada na oração: "Aceita, Senhor".
      (a) Não há vanglória farisaica.
      (b) Mesmo a oferta livre parece necessitar de um "Aceita, peço-te".
      3. O desejo ansioso por mais instrução com o fim de mais
      perfeita obediência: "Ensina-me teus juízos" (J.
      P.).
      
      VERS. 108. Livre vontade buscando livre graça (W. D.).
      VERS. 108. Trabalho para "Livres vontades".
      VERS. 108. Trabalho para "os de livre vontade":
      1. Ofertas de oração - para cada uma das bênçãos
      de salvação.
      2. Ofertas de repúdio - de todo direito de receber bem que não
      lhe compete.
      3. Ofertas de louvor - pela graça soberana (W. B. H.).
      
      VERS. 109. A vida da alma em risco. A vida da alma assegurada.
      
      VERS. 109-110. Aqui está:
      1. Davi em perigo de perder a vida. Há apenas um passo entre ele
      e a morte; pois "os ímpios prepararam uma armadilha" para
      ele. Onde quer que estivesse descobria algum tipo de plano contra ele;
      isso o fez dizer "A minha vida está sempre em perigo".
      Não era só como homem - a verdade é que todos nós
      estamos expostos aos golpes da morte - mas como um homem de guerra, e especialmente
      como "um homem segundo o coração de Deus".
      2. Davi não corria nenhum risco de perder sua religião por
      esse perigo; pois:
      (a) Ele "não se esquece da lei" e portanto com certeza
      perseveraria.
      (b) Ele ainda não errara deixando os preceitos de Deus, e por isso
      esperava-se que não o faria (M. Henry).
      
      VERS. 110. Vários tipos de armadilhas, e um único modo de
      escapar delas.
      VERS. 110. Considere:
      1. Algumas das armadilhas que pecadores colocam para santos.
      (a) Armadilhas doutrinárias, colocadas por pecadores intelectuais.
      (b) Acusações falsas, por pecadores malignos.
      (c) Bajuladores falsos, por pecadores enganosos.
      (d) Caridade falsa, por um grande número de pecadores no dia de
      hoje.
      2. A salvaguarda certa para a segurança de um santo: "Não
      me desviei dos teus preceitos". Obediência a Deus dá
      segurança, porque:
      (a) As armadilhas então são suspeitas e fica-se de alerta
      contra elas.
      (b) Os pés não podem ficar emaranhados nelas.
      (c) Deus guarda aqueles que guardam a sua palavra (J. F.).
      
      VERS. 111.
      1. A herança.
      2. Entrar nela.
      3. Apossar-se dela.
      4. Usufruir dela.
      VERS. 111. Observe:
      1. Quanto o salmista estava determinado a ser rico: "Os teus testemunhos
      são a minha herança permanente". Rico:
      (a) Em conhecimento.
      (b) Em santidade.
      (c) Em consolo.
      (d) Em companheirismo, porque a companhia de Deus acompanha sua palavra.
      (e) Em esperança.
      2. Como ele se apegou à sua riqueza: foi como "herança
      permanente".
      (a) Ele não prejudicou ninguém fazendo isso; podia dar de
      sua porção generosamente e contudo, não desperdiçar.
      (b) Ele estava certo, porque ele tinha a única riqueza cuja posse
      eterna é possível.
      (c) Ele foi sábio.
      3. Como se regozijou em sua riqueza: "São a alegria do meu
      coração".
      (a) Aqui está alegria interna e profunda, nem sempre possível
      junto com a posse de riqueza.
      (b) Alegria pura, genuína; nunca é assim com outra riqueza.
      (c) Alegria segura; outra alegria é perigosa.
      (d) Alegria que não se pode perder (J. F.).
      
      VERS. 112. Disposições do coração. Personalidade,
      força, inclinação, desempenho, constância, perpetuidade.
      VERS. 112. A obediência do homem piedoso.
      1. Sua realidade.
      (a) "Para cumprir"; não meramente palavras ou sentimentos;
      mas ações.
      (b) "Teus decretos", não invenções humanas,
      não opiniões próprias, nem máximas convencionais.
      2. Sua cordialidade.
      (a) Inclinação do coração é requisito
      para agradar um Deus que investiga o coração.
      (b) E para tornar a obediência fácil e até prazerosa.
      (c) "Dispus" (Eu tenho inclinado), foi então coisa que
      ele fez? Sim. Sozinho? Não. Veja Sl 119.36.
      (d) As provas.
      (1) Universalidade: "estatutos", o todo deles.
      (2) Uniformidade: sempre.
      3. Sua constância: "até o fim".
      (a) Embora um homem deva ser cauteloso quando planeja para o futuro, contudo
      esse propósito de vida até o fim é certo, sábio
      e seguro.
      (b) Nem pode ele planejar menos, se fervor santo preenche o coração.
      (c) Não é mais do que Deus e a coerência exigem (J.
      F.).
      
      VERS. 113-120. Pensamentos vãos contrastados com a lei de Deus.
      O crente toma partido (Sl 119.113-115); ora a favor de forças para
      manter-se na lei (Sl 119.116-117); contempla a sorte dos seguidores de
      pensamentos vãos (Sl 119.118-119); e expressa o temor piedoso que
      assim é inspirado (Sl 119.120).
      
      VERS. 113. O pensamento da época, e a verdade de todas as épocas.
      VERS. 113.
      1. O objeto de ódio.
      2. O objeto de amor.
      OU
      1. Amor é a causa do ódio.
      2. Ódio é o efeito do amor (G. R.).
      VERS. 113. Pensamentos vãos. O que são. De onde surgem. O
      mal que causam. Como devem ser tratados (W. H. J. P.).
      VERS. 113. Como o crente:
      1. É incomodado por pensamentos vãos. Uma experiência
      freqüente e dolorosa.
      2. Não tolera pensamentos vãos. Alguns permitem que se alojem
      no interior; ele fica ansioso por expulsá-los.
      3. Vitórias sobre pensamentos vãos. Por meio de seu amor
      à lei de Deus, sua oração é:
      "Com pensamentos de coisas divinas e de Cristo
      Que venhas encher o meu coração tolo, eu insisto" (W.
      H. J. P.).
      
      VERS. 114. Nosso abrigo de perigo - "o esconderijo"; no meio
      do perigo "o escudo"; antes do perigo - "a esperança".
      VERS. 114. Esconderijo. Lugar sigiloso para nos esconder. Capacidade para
      nos conter. Segurança. Conforto (T. Manton).
      VERS. 114. Escondendo e esperando.
      1. Um esconderijo necessário.
      2. Um esconderijo providenciado (Is 25.14 32.2).
      3. Um esconderijo utilizado (C. A. D.).
      VERS. 114.
      1. O refúgio providenciado. "Tu és".
      2. O refúgio revelado: "Na tua palavra".
      3. O refúgio encontrado: "Minha esperança".
      VERS. 114. Tu és o meu esconderijo.
      1. Em tua graça, da condenação.
      2. Em tua compaixão, da tristeza.
      3. Em tua ajuda, da tentação.
      4. Em teu poder, da oposição.
      5. Em tua plenitude, da necessidade (W. J.).
      
      VERS. 115.
      1. Más companhias impedem a piedade.
      2. A piedade sai de perto da má companhia.
      3. A piedade, forçando essa saída, age como Deus fará
      no final. 
      VERS. 115. As más companhias são incompatíveis com
      a justiça genuína.
      1. Elas necessitam de encobrimento e acomodação.
      2. Destroem a capacidade de comunhão com Deus, e o gosto por coisas
      espirituais.
      3. Elas embotam a sensibilidade da consciência.
      4. Elas implicam em desobediência deliberada de Deus (J. F.).
      
      VERS. 116. 
      1. Sustentação prometida.
      2. Necessária para a vida santa.
      3. O preventivo de atos vergonhosos.
      VERS. 116. Sustém-me segundo a tua promessa.
      1. O salmista reivindica o que Deus prometeu, diz como depende da promessa,
      e que o perigo assume muitas formas. A vida do crente pode ser descrita
      como andar na retidão; ele é um peregrino. Precisa de apoio,
      porque:
      (a) O caminho é escorregadio.
      (b) Nossos pés constituem o perigo, bem como o caminho.
      (c) Inimigos espertos buscam fazer-nos tropeçar.
      (d) Às vezes a dificuldade não é causada pelo caminho,
      mas pela altura à qual Deus pode nos elevar.
      (e) A oração é ainda mais necessária porque
      a maioria das pessoas não se conserva no prumo.
      3. Duas bênçãos decorrem desse aprumar-se.
      (a) Nós mesmos estaremos seguros, como exemplos, e como pilares
      da igreja.
      (b) Seremos vigilantes e sensíveis: "Sempre estarei atento
      aos teus decretos". Sem isso nenhuma pessoa está segura (Sermão
      de Spurgeon: "Minha oração de hora em hora").
      
      VERS. 117. Ampara-me tu.
      1. O homem bom está amparado.
      2. O homem bom deseja prosseguir, não ficar para trás.
      3. O homem bom ora para ser mantido firme.
      4. O homem bom sabe que o apoio divino é abundantemente suficiente
      (W. J.).
      VERS. 117.
      1. Dependência para o futuro: "Ampara-me".
      2. Resolução para o futuro: "Estarei atento" (G.
      R.).
      
      VERS. 118. Pecado e mentira: a ligação entre eles, o castigo
      e a cura.
      VERS. 118. 
      1. Ouça o passo pisado e firme dos exércitos de Deus. Na
      natureza; providência; hostes angelicais do dia final.
      2. As vítimas laceradas. Enganadores espertos especialmente detestáveis
      para Deus. Exemplos: Balaão, Faraó, Roma, o enganador das
      nações.
      3. Os avisos para nós desse "Aceldama" ("Campo de
      Sangue"). Arrependa-se. Evite engano. Importe-se com os marcos de
      limites de Deus. Esconda-se em Cristo (W. B. H.).
      VERS. 118. O castigo de Deus para os maus, embora terrivelmente severo,
      é justo e necessário.
      1. É devido como sendo o merecido salário da iniqüidade.
      2. É exigido pela posição de Deus como governador
      moral, e por seu caráter como justo.
      3. É necessário para marcar o valor real da justiça
      e sua recompensa. Se os maus não são punidos, o valor total
      da justiça não pode aparecer.
      4. Na natureza do caso, é absolutamente inevitável, exceto
      sob uma condição, a saber, a dádiva de arrependimento
      genuíno e santidade após a morte; que nenhum homem tem qualquer
      direito de esperar, nem Deus tem dado a menor sugestão de que a
      dará.
      5. O inferno se acha no íntimo do pecado; e se os maus fossem levados
      ao céu, levariam o inferno para lá. O céu não
      fornece as coisas com as quais os maus se deleitam, mas têm abundância
      daquelas que eles não entendem e pelas quais nem têm simpatia
      (J. F.).
      VERS. 118 (segunda cláusula). Os enganos dos maus são sempre
      mentiras.
      1. O mundo que eles abraçam é uma Dalila falsa.
      2. O prazer que apreciam é uma armadilha satânica.
      3. Sua religiosidade formal é uma ilusão vã.
      4. Seus conceitos de Deus são mentiras inventadas para si mesmos
      (J. F.).
      
      VERS. 118-120. Salvos pelo medo.
      1. A ira de Deus é revelada contra o pecado.
      2. O juízo de Deus é executado sobre pecadores.
      3. O temor de Deus é criado no coração (G. A. D.).
      
      VERS. 119. Uma percepção clara da vontade divina, a melhor
      ajuda em nossa jornada terrestre. Ou seja, o que sou, onde estou, aonde
      vou, como devo chegar lá?
      VERS. 119 (primeira cláusula). O estranho na terra.
      1. Uma breve exposição. O texto quer dizer:
      (a) Que o santo não é nascido da terra.
      (b) Que o santo não é conhecido na terra.
      (c) A porção do santo não é na terra.
      (d) O santo é cercado de tristezas e tribulações na
      terra.
      (e) O santo logo deixará a terra.
      2. Uma breve aplicação.
      (a) Não seja como o mundo.
      (b) Esteja preparado para ser um sofredor na terra.
      (c) Não se apoquente com o mundo.
      (d) Corresponda com o lar.
      (e) Valorize amor fraternal para com seus companheiros estrangeiros na
      terra.
      (f) Apresse-se para o lar.
      (g) Pressione outros a virem com você (em Sermão de Duncan
      Macgregor).
      VERS. 119. A oração do forasteiro na terra.
      1. Como ele veio a ser um forasteiro na terra. Ele nasceu de novo. Aprendeu
      os modos de seu lar estrangeiro. Falou a língua de sua Pátria,
      e por isso foi mal entendido e rejeitado na terra.
      2. Como ansiava por tudo que parecia com seu lar! As regras da casa: "teus
      testemunhos". O ensino do lar. Especialmente a voz de seu Pai.
      3. Como em sua solidão ele se consolava comunicando-se com seu Pai.
      4. Você não gostaria de ser como um forasteiro? (C. A. D.).
      VERS. 119. A aceitação do santo dos juízos de Deus
      (W. B. H.).
      VERS. 119.
      1. Comparação dos maus com escória.
      2. Comparação de sua condenação com o botar
      fora da escória.
      3. A admiração do santo pela justiça divina conforme
      vista na rejeição dos maus.
      VERS. 119. Deus descartando os maus como escória.
      1. Os juízos de Deus são um fogo que examina e separa.
      2. O juízo final do grande dia completará o processo de separação.
      3. O grande resultado será o metal verdadeiro e a escória,
      cada um separado para seu próprio lugar (J. F.).
      
      VERS. 120. Os juízos de Deus causam nos justos:
      1. Amor.
      2. Pasmo.
      3. Medo.
      VERS. 120.
      1. Descreva o caráter verdadeiro do temor.
      (a) É o temor em reverência à autoridade e poder de
      Deus.
      (b) É o medo do horror ao pecado como merecendo julgamento.
      2. Mostre sua compatibilidade com o amor filial.
      (a) Quanto mais amamos Deus mais firmemente cremos na certeza e terror
      de seus juízos.
      (b) Quanto mais amamos Deus mais tememos despertar sua vara castigadora
      contra nós.
      (c) O fato é que, se não amamos Deus, não teremos
      medo de que o pecado nos envolva em julgamento.
      3. Louve-o.
      (a) Porque prova um justo senso do merecimento do pecado.
      (b) Porque mostra uma verdadeira apreciação da justiça
      de Deus.
      (c) Porque não é um temor que tenha tormento, mas um temor
      que aumenta a vigilância, e caminha de mãos dadas com a perfeita
      confiança em dar graças.
      
      VERS. 121-128. A oração do homem justo contra a injustiça.
      Da prisão da opressão ele apela a Deus para ser o seu fiador
      (Sl 119.121-122); verbaliza sua ansiedade cansada por livramento (Sl 119.123-125),
      aponta ao "tempo" (Sl 119.126); e professa seu amor supremo pela
      lei de Deus em contraste com o desprezo dos opressores por ela (Sl 119.127-128)
      (C. A. Davis).
      
      VERS. 121-122. O apelo duplo.
      1. Da integridade consciente: "Tenho vivido com justiça".
      2. De deficiência consciente: "Garante o bem-estar do teu servo"
      (C. A. D.).
      
      VERS. 122.
      1. Garantia pedida.
      2. O bem esperado.
      3. A obrigação reconhecida: "teu servo".
      VERS. 122 (primeira cláusula). Depois de explicar o sentido do salmista
      conforme mostrado no versículo anterior, esta sentença pode
      ser usada para um sermão sobre a Garantia de Cristo, por uma referência
      a Hb 7.22.
      1. Uma Garantia pelo bem desejado - a necessidade profundamente sentida,
      embora talvez indefinida, de uma alma sobrecarregada de pecado.
      (a) A mera declaração de um perdão gratuito da parte
      de Deus não é completamente acreditável para uma alma
      assim, nem, se pudesse ser acreditada, daria paz à consciência.
      Pois, por um lado, o perdão não poderia ser percebido como
      justo, nem como consistente com o necessário ódio do pecado,
      embora a consciência exija essa percepção; por outro
      lado, o mero perdão não mostra como a obrigação
      de um cumprimento perfeito da lei de Deus, como a justiça, pode
      ser satisfeita, contudo a consciência exige ver isso antes que possa
      se conscientizar da paz, como na experiência de Lutero.
      (b) Ora, as Escrituras nos dizem que Deus "justifica os ímpios"
      e que sua "justiça" é declarada ao justificar os
      pecadores: Rm 3.25. Ele pode perdoar pecados com justiça. Ele pode
      tratar pecadores como pessoas justas, e mesmo assim ser justo, ser certo
      quando o faz. Como? Por uma Garantia. Portanto, uma Garantia é a
      necessidade real.
      3. Uma Garantia existente. Jesus é a Garantia.
      (a) Ele empreendeu carregar nossa obrigação, nossa dívida
      à penalidade da lei, e ele a cumpriu na morte. Assim, o perdão,
      embora misericórdia para nós, é um ato de justiça
      para Cristo.
      (b) Ele assumiu nossa obrigação de uma perfeita obediência,
      e satisfez essa obrigação em seu cumprimento da lei, portanto
      para Deus tratar-nos como justos é nada mais que justo para Cristo.
      (c) Deus mostrou sua satisfação com o ofício de Cristo,
      e com o trabalho dele, pela ressurreição e glorificação
      de Cristo. Por isso existe uma Garantia bem creditada e eficiente.
      4. Uma garantia bem à mão.
      (a) No evangelho, Cristo como garantia vem ao pecador tão verdadei-ramente
      como se ele mesmo tivesse deixado seu trono e vindo em pessoa.
      (b) Assim, ele está tão próximo que um pecador só
      tem que receber o evangelho no seu coração e ele recebe Cristo.
      (c) Cristo recebido como garantia é a garantia para quem quer que
      o receba (J. F.).
      
      VERS. 123. Expectativa santa - mantida por longo tempo, em perigo de cair;
      este fato apelava; havia razões para nunca renunciá-lo.
      
      VERS. 124-125. O servo de Deus.
      1. Fazendo a profissão: "Sou teu servo".
      2. Fazendo confissão - de culpa, de embotamento e ignorância.
      3. Fazendo petição - por misericórdia, entendimento
      e ensino (C. A. D.).
      
      VERS. 124. Instrução celestial é uma grande misericórdia.
      VERS. 124.
      1. Sua confiança em misericórdia divina.
      2. Sua submissão à autoridade divina.
      3. Sua oração por ensino divino (G. R.).
      VERS. 124. Uma oração perfeita.
      1. Quanto à matéria dela.
      (a) Aqui nada é supérfluo, não se pede riqueza, nem
      honras, nada que o mundano cobiça.
      (b) Nada está faltando; "Trata o teu servo conforme o teu amor
      leal" compreende tudo o que a alma culpada precisa; "Ensina-me
      os teus decretos" compreende tudo pelo qual um santo precisa ansiar.
      2. Quanto à maneira dela.
      (a) É direta e definida.
      (b) É simples e fervorosa.
      (c) É reverente, mas ousada.
      3. Quanto ao espírito dela.
      (a) "Trata teu servo"; um sentido de obrigação;
      um sentimento de devoção; um espírito de consagração
      a trabalho santo.
      (b) "Trata... conforme o teu amor leal", um sentimento de não
      ser digno, uma humildade apropriada, submissão à vontade
      divina quanto à forma que a misericórdia tomará; grande
      fé no amor leal, em sua liberalidade e suficiência.
      (c) "Ensina-me os teus decretos". Anseio por santidade, um senso
      de ser ignorante, fraco, dependente de influência espiritual divina
      especial (J. F.).
      
      VERS. 125.
      1. Uma posição aceita.
      2. Aptidão requerida.
      3. Discernimento desejado.
      VERS. 125.
      1. Um reconhecimento alegre: "Sou teu servo".
      2. Um desejo - servir com mais perfeição.
      3. Uma necessidade reconhecida - Instrução divina no serviço
      santo.
      4. Um pedido solicitado: "Sou teu servo", portanto "Ensina-me"
      (W. H. J. P.).
      
      VERS. 126-128.
      1. Um fato terrível: "Desrespeitaram tua lei": Sl 119.126.
      2. Duas inferências benditas: "Eu amo... Por isso considero",
      "(Portanto) odeio": Sl 119.127-128.
      
      VERS. 126. Eles invalidaram a lei, negando inspiração, exaltando
      tradição, com antinomianismo, ceticismo, indiferença.
      VERS. 126. 
      1. Há ocasiões em que o pecado é especialmente ativo
      e dominante.
      2. Tais tempos revelam a dependência da igreja de Deus.
      3. Tais tempos despertam os desejos da igreja pela intervenção
      de Deus.
      4. Tais tempos são aqueles em que Deus se levanta para pleitear
      sua própria causa (W. H. J. P.).
      VERS. 126.
      1. O trabalho antecipado - a vindicação da lei divina.
      2. O trabalho postergado.
      3. O trabalho executado: "Já é tempo" (G. R.).
      
      VERS. 127. A investida do mundo sobre a verdade é uma razão
      para nós a amarmos.
      VERS. 127.
      1. O objeto do amor: "Os teus mandamentos".
      2. O grau de amor: "mais do que o ouro".
      3. A razão desse amor: "portanto", porque seu objetivo
      deve prevalecer por fim (G. R.).
      VERS. 127. A vontade de Deus versus o ídolo de ouro.
      1. Os mandamentos de Deus são melhores do que o ouro.
      2. O amor por eles é proporcionalmente mais nobre.
      3. A superioridade imensurável de caráter que produzem (W.
      B. H.).
      
      VERS. 128 (primeira cláusula). Esta visão deve ser tomada
      de todos os preceitos divinos em sua relação:
      1. Com Cristo.
      2.  Consigo.
      3. Com o Mundo.
      4. Com a Igreja.
      5. Com o Céu (W. J.).
      VERS. 128. A Bíblia está correta.
      1. Sua ciência é correta.
      2. Sua história é verdadeira.
      3. Suas promessas são genuínas.
      4. Sua moralidade é perfeita.
      5. Suas doutrinas são divinas (W. J.).
      VERS. 128. Aprenda quatro lições:
      1. É bom quando homens maus não louvam a verdade que não
      podem amar.
      2. É uma circunstância suspeita quando são encontrados
      falando bem de qualquer parte dela; é um beijo de Judas a fim de
      trair seus interesses.
      3. Deve ser direito aceitar e amar aquilo a que os maus se opõem.
      4. É sempre seguro estar em lado oposto ao deles (J. F.).
      
      VERS. 129-136. A maravilha dos testemunhos de Deus (Sl 119.129), exemplificados
      como doadores de luz (Sl 119.130), como desejados com suspiros (Sl 119.131).
      Um apelo para o ordenar divino na palavra (Sl 119.132-135) quando outros
      a rejeitam (Sl 119.136) (C. A. Davis).
      VERS. 129-136. Nesta divisão o salmista:
      1. Louva a palavra de Deus.
      2. Mostra seu afeto por ela.
      3. Ora pela graça de guardá-la.
      4. Chora por aqueles que não a guardam (Adam Clarke).
      
      VERS. 129. A maravilhosa natureza da palavra é um motivo para obediência.
      Maravilhosamente pura, justa, equilibrada, elevadora. Tanto para nosso
      próprio bem, como para o bem da sociedade e para a glória
      divina.
      VERS. 129.
      1. O que é maravilhoso na palavra de Deus deve ser acreditado.
      2. O que é acreditado deve ser obedecido (G. R.).
      VERS. 129. Os teus testemunhos são maravilhosos.
      1. Os fatos que eles registram são maravilhosos - tão maravilhosos
      que, se o livro que os registra fosse agora publicado pela primeira vez,
      não haveria limite para a avidez e a curiosidade com que seria procurado
      e examinado.
      2. A moralidade que inculcam é maravilhosa.
      3. Se da moralidade a pessoa se volta às doutrinas da Bíblia,
      a admiração mais aumenta do que diminui com o conteúdo
      deste livro singular.
      4. Estes testemunhos são maravilhosos pelo estilo em que são
      escritos.
      5. São maravilhosos pela sua preservação no mundo.
      6. São maravilhosos pelos efeitos que têm produzido (Hugo
      Hughes, 1838).
      VERS. 129. Os teus testemunhos são maravilhosos.
      1. A lei cerimonial é maravilhosa, porque o mistério de nossa
      redenção pelo sangue de Cristo é apontado ali.
      2. As profecias são maravilhosas: predizem coisas, humanamente falando,
      tão incertas, e em tão grande distância de tempo, com
      tanto acerto.
      3. O decálogo é maravilhoso, contendo em muito poucas palavras
      todos os princípios de justiça e caridade.
      4. Se formos ao Novo Testamento, aqui maravilhas se erguem sobre maravilhas!
      Tudo é de se admirar; mas o salmista não teria tido isso
      em vista (Adam Clarke).
      VERS. 129 (primeira cláusula).
      1. Olhemos cinco das maravilhas da Bíblia.
      (a)  Sua autoridade. Um prefácio para cada declaração:
      "Assim diz o Senhor".
      (b) Sua luz.
      (c) Seu poder - tem um poder convincente, despertador, atraente, doador
      de vida.
      (d) Sua profundidade.
      (e) Sua adaptação universal.
      2. Indique três usos práticos.
      (a) Estude a Bíblia diariamente.
      (b) Ore para que o Espírito a grave em seu coração
      com pena de ferro.
      (c) Pratique-a diariamente (D. Macgregor).
      VERS. 129. Para quem e em que aspectos os testemunhos de Deus são
      maravilhosos?
      1. Para quem? Para aqueles, e só aqueles, que através da
      graça conhecem, crêem e experienciam a verdade e poder deles
      para si.
      2. Em que aspectos são maravilhosos, ou seja, surpreendentemente
      agradáveis, prazerosos e proveitosos (ver Sl 119.174):
      (a) Em relação ao Autor e à origem deles, de quem
      são e de onde vêm?
      (b) Em relação ao assunto deles, que eles contêm e
      revelam.
      (c) Em relação à forma da linguagem em que são
      revelados e declarados.
      (d) Em relação à profusão e à variedade
      deles, adequadas para cada caso.
      (e) Em relação à utilidade deles, e o grande benefício
      e vantagem que se recebe deles.
      (f) Em relação ao prazer e deleite que ele encontra neles
      (ver Sl 119.111).
      (g) Em relação ao plano final, o intento, e o fim deles:
      a saber, vida eterna, salvação e glória (Samuel Medley,
      1738-1799). 
      
      VERS. 130.
      1. A luz essencial da palavra.
      2. O alvorecer dela na alma.
      3. O grande benefício do avançar de seu dia.
      VERS. 130. 
      1. A fonte da luz divina para o homem: "Tuas palavras".
      2. Sua força. Força entrada no coração.
      3. Sua direção: "aos inexperientes".
      4. Seu efeito: "dá discernimento".
      VERS. 130. Um sermão de Sociedade Bíblica.
      1. A evidência da história e de experiência pessoal
      de que a palavra de Deus tem comunicado a luz da civilização,
      a liberdade, a santidade.
      2. Argumento tirado daqui para a continuação da difusão
      da palavra de Deus (G. A. D.).
      VERS. 130. A virtude evidente em si mesma da Palavra de Deus.
      1. Prove-a. "A explicação das tuas palavras ilumina".
      Se isso é verdade, a palavra de Deus é luz porque só
      luz pode dar luz. Mas a luz é evidente em si mesma; não precisa
      de nada para mostrar sua presença e seu valor senão ela mesma;
      por isso a palavra de Deus mostra sua própria verdade e divindade
      ao crente.
      (a) Sua consciência o prova; em suas convicções de
      pecado; em sua paz através do sangue da expiação.
      (b) Seu coração o prova; em seus eflúvios de amor
      para com Deus, Cristo, e a justiça revelada.
      (c) Sua experiência em aflição e tentação
      o prova; no consolo e na força dada pela palavra.
      2. Responda a uma objeção: "Se a Palavra de Deus fosse
      tão evidente em si mesma como a luz, então todo mundo a reconheceria
      como sendo verdade". Resposta: Não, porque a lei mantém
      como certa a experiência universal, que só a "entrada"
      de luz dá luz. A luz não pode entrar num homem cego.
      (a) As Escrituras ensinam que os homens por natureza são cegos.
      (b) Se todos os homens percebessem, apenas ao lerem e ouvirem a palavra,
      que ela era luz e verdade, por mais paradoxal que possa parecer, o mundo
      não seria verdade.
      (c) Por isso a falta de reconhecimento universal não é objeção
      mas confirmação.
      3. Mostre sua importância.
      (a) O crente independe da autoridade da igreja para sua fé.
      (b) Ele precisa examinar os livros de testemunho, sua fé é
      suficien-temente válida então. 
      (c) Aquele que recebe a palavra em sua alma ficará satisfeito com
      a verdade e o valor.
      
      VERS. 131. Suspirando por santidade. Uma fome rara; a evidência de
      muita graça e a garantia de glória.
      
      VERS. 132.
      1. Olhe.
      2. Ame. 
      3. Uso e costume. 
      VERS. 132. Comunhão com os justos.
      1. Alguns amam o nome de Deus.
      2. Sua misericórdia é a fonte de toda a bondade que eles
      experimentam.
      3. O Senhor sempre os tratou misericordiosamente.
      4. Sua misericórdia para com eles deve incentivar-nos a pedir misericórdia
      para nós mesmos.
      5. Devemos ser ansiosos por conseguir o amor fiel que lhes é especial.
      6.  Devemos ficar contentes se Deus trata conosco como sempre tratou seu
      povo (W. Jay).
      VERS. 132. Uso e costume divino.
      1. Deus costuma olhar por seu povo e ser misericordioso para com ele.
      2. Nós tendemos a desejar tais tratamentos misericordiosos especial-mente
      em tempo de aflição.
      3. Amor a Deus nos qualifica para aqueles olhares amorosos e tratamento
      misericordioso (C. A. D.).
      VERS. 132. Repare.
      1. A marca dos verdadeiros crentes: "Aqueles que amam o teu nome".
      2. O costume de Deus de tratar com eles: "como sempre fazes aos que
      amam o teu nome".
      3. A solicitude individual e sincera deles: "Volta-te para mim"
      (J. F.).
      
      VERS. 133.
      1. Uma vida santa não é nenhuma obra do acaso; é uma
      obra-prima de ordem - a ordem da conformidade com a regra prescrita; há
      ordem aritmética e geométrica; ordem proporcional; a ordem
      de relações; uma ordem de período: santidade, quanto
      à sua ordem, é oportuna, adequada.
      2. A regra desta ordem: "conforme a tua palavra".
      3. O diretor escolhido. Spurgeon pregou um sermão: "Uma vida
      bem-ordenada".
      VERS. 133.
      1. Ordem na vida exterior desejada.
      2. Ordem conforme a idéia divina.
      3. Ordem no governo interior.
      VERS. 133.
      1. Necessita-se de ajuda.
      (a) Para evitar o pecado.
      (b) Para ser santo.
      2. Procura-se ajuda.
      (a) Daqui de baixo: "tua palavra".
      (b) Lá de cima: "dirige", e "não permitas"
      (G. R.).
      VERS. 133. O domínio do pecado na alma. 
      1. Fervorosamente desaprovado.
      (a) Percepção dos horrores de seu domínio.
      (b) Reconhecimento do poder superior.
      (c) Busca da exclusão completa.
      2. Sabiamente combatido.
      (a) Uso da prática bem como da oração.
      (b) Cuidado levava a pequenos "passos".
      3. Passos a serem governados por mando divino.
      4. Sistema não confiável se é à parte de Deus
      (W. B. H.).
      VERS. 133. Observe:
      1. O caminho certo para os pés humanos: "Na tua palavra".
      2. A ajuda necessária para controlar os passos: "Dirige os
      meus passos".
      3. O poder pervertedor de um pecado dominador: "Não permitas"
      (J. F.).
      
      VERS. 134. Que pecados podem ser produzidos por opressão. Que obediência
      deve vir daqueles que são libertados.
      VERS. 134. 
      1. O percurso a ser seguido: "teus preceitos".
      2. A oposição naquele percurso: "a opressão dos
      homens".
      (a) Opiniões humanas.
      (b) Exemplos humanos.
      3. Amizades humanas inconvenientes.
      4. Interesses.
      5. Perseguições.
      6. A resistência a essa oposição: "resgata-me...
      para que eu," (G. R.).
      VERS. 134. Obstáculos removidos.
      1. A influência impeditiva da perseguição.
      2. A oração da pessoa perseguida.
      3. A conduta de quem foi resgatado (Lc 1.74, 75) (G. A. D.).
      VERS. 134. 
      1. Como alguns homens oprimem seus semelhantes. Pelas leis que fazem -
      como estadistas. Pelos livros que escrevem - como autores. Pela tirania
      que exercem - como mestres. Pela vida que vivem - como professores. Pelos
      sermões que fazem - como ministros!
      2. Como a oração dos oprimidos pode ser respondida. Pelo
      dom de homens públicos sábios e bons. Pela aumento de literatura
      sadia. Pela conversão ou afastamento de mestres duros. Por um batismo
      do Espírito sobre a igreja (W. W.).
      
      VERS. 135.
      1. Uma posição especial: "teu servo".
      2. Um prazer especial: "o teu rosto resplandecer".
      3. Um privilégio especial: "ensina-me os teus decretos".
      VERS. 135.
      1. Deus na palavra: "Tua palavra".
      2. Deus pela palavra: "Ensina-me".
      3. Deus com a palavra: "Faze o teu rosto" (G. R.).
      VERS. 135. Brilho do sol.
      1. A luz em que melhor podemos aprender nossas lições - o
      favor de Deus visto no perdão, justificação, adoção,
      segurança.
      2. As lições que devemos aprender na luz - a graça
      produz santidade (C. A. D.).
      VERS. 135.
      1. Uma rica promessa histórica (Nm 6.25). Sua sublime origem e associações.
      2. A nova oração que nasceu dela.
      (a) Olha para cima para ver a face Divina, a mesma em sua doçura
      majestosa que observou gerações decaírem desde que
      a palavra primeiro foi pronunciada.
      (c) Pede para conhecer o seu brilho. A luz da paternidade.
      3. A velha oração repetida: "Ensina-me os teus decretos".
      É a última vez no salmo.
      (a) Nossa necessidade de ensinar - a mui repetida oração.
      (b) A conexão íntima entre a obediência e o brilho
      da face de Deus (W. B. H.).
      
      VERS. 136. Tristeza abundante por pecado abundante. Os pecados de outros
      homens são as tristezas do próprio santo. Ele pensa no bom
      Deus provocado, nos próprios pecadores aviltados, na morte deles
      e na perdição deles.
      VERS. 136.
      1. A ocasião de sua tristeza: "a tua lei não é
      obedecida".
      2. Extensão de sua aflição: "rios". Veja
      exemplos em Jeremias, Esdras, Paulo e no próprio Cristo.
      3. Efeito de sua aflição: Para avisar, ensinar, convidar
      e exortá-los - como em seus salmos (G. R.).
      VERS. 136. Lágrimas sagradas.
      1. O mundo pecando.
      2. A igreja chorando.
      3. Já é tempo do mundo começar a chorar por si mesmo
      (C. A. D.).
      VERS. 136. Eu choro, devido
      1. À desonra feita ao doador da lei.
      2. Ao mal feito ao transgressor da lei.
      3. Ao mal feito ao que respeita a lei.
      "Àquele profeta real, que chorou tão copiosamente pelas
      suas próprias ofensas (Sl 6.6), ainda sobraram rios de lágrimas
      para chorar pelas ofensas de seu povo" (Sl 119.136) (Thomas Adams).
      "Benedetti, um monge franciscano, autor do Stabat Mater, um dia foi
      encontrado em pranto, e quando indagado sobre a causa de suas lágrimas,
      ele exclamou: Choro porque o amor anda por aí sem ser amado"
      (W. H. J. P.).
      
      VERS. 137-138. Contemplação solene.
      1. A contemplação da exposição profunda e temível
      do caráter divino faz bem à alma.
      2. Levará à convicção da justiça do
      caráter e administração de Deus.
      3. Resultará em submissão leal (C. A. D.).
      
      VERS. 137. Uma consideração da justiça divina. Ela
      convence-nos do pecado, reconcilia-nos a experimentar a providência,
      incentiva-nos a um desejo de imitar, acorda em nós uma reverente
      adoração.
      VERS. 137. Deus é justo.
      1. Em seus comandos.
      2. Em suas ameaças.
      3. Em seu castigo.
      4. Em seus juízos.
      5. Em suas promessas (G. R.).
      
      VERS. 138. Muito fiel. Baseado numa aliança fiel, confirmado por
      promessas fiéis, realizada por um Redentor fiel, desfrutada até
      agora, digna de total confiança para o futuro. "Embora não
      creiamos, contudo ele permanece fiel".
      
      VERS. 139. Zelo.
      1. Consumindo a si mesmo.
      2. Inflamado por aquilo que naturalmente o mataria.
      3. Alimentado pelas palavras de Deus.
      VERS. 139. Zelo.
      1. Viçoso numa atmosfera que pouco promete.
      2. Alcançando um crescimento surpreendente.
      3. Realizando um trabalho abençoado - o consumir do "eu"
      (C. A. D.).
      VERS. 139.
      1. O objeto do zelo dele: "Tuas palavras".
      2. A ocasião de zelo dele: "Meus inimigos".
      3. O fervor de zelo dele: "Meu zelo me consome" (G. R.).
      
      VERS. 140.
      1. Um pecador despertado adorando a lei santa.
      2. Um santo feliz da vida porque os puros amam os puros.
      3. Um santo entre pecadores amando a lei tanto mais por seu contraste.
      VERS. 140. 
      1. O ribeiro cristalino.
      (a) Flui de debaixo do trono.
      (b) Espelha o céu.
      (c) Impoluto através das eras.
      (d) Nutre santidade à medida que flui.
      2. O peregrino encantado.
      (a) Fica à sua margem.
      (b) Encantado com suas profundezas lúcidas.
      3. Contente com suas revelações espelhadas - de si, do céu,
      de Deus.
      4. Lavado e refrescado pelas suas águas (W. B. H.).
      VERS. 140. 
      1. A pureza da Palavra de Deus.
      (a) Ele procede de uma fonte perfeitamente pura: "Tua palavra".
      (b) Revela uma pureza que de outra forma seria desconhecida.
      (c) Trata de assuntos impuros com absoluta pureza.
      (d) Inculca a mais perfeita pureza.
      (e) Produz tal pureza naqueles que são sujeitos ao seu poder.
      2. O amor que sua pureza inspira em almas bondosas.
      (a) Eles a amam porque, enquanto revela sua impureza natural, mostra-lhes
      como escapar dela.
      (b) Eles a amam porque isso os amolda à sua própria pureza.
      (c) Eles a amam porque para um coração puro a pureza da palavra
      é um de seus principais elogios.
      3. As evidências desse amor à palavra pura.
      (a) Desejo de possuí-la em sua pureza.
      (b) Sujeição ao seu espírito e ensinos.
      (c) Zelo pela sua honra e difusão (W. H. J. P.).
      
      VERS. 141-144. Um canto tristonho e um refrão alegre. 1a estrofe:
      "Sou pequeno e desprezado". Refrão. A justiça eterna
      de Deus. 2a estrofe: "Tribulação e angústia me
      afligem". Refrão. A justiça eterna de Deus (C. A. D.).
      
      VERS. 141. Aqui está:
      1. Davi piedoso, contudo, pobre. Ele foi um homem segundo o coração
      do próprio Deus, e contudo, "pequeno e desprezado" em
      sua própria avaliação e na avaliação
      de muitos outros.
      2. Davi pobre e, contudo piedoso, "pequeno e desprezado" por
      sua piedade severa e séria; contudo sua consciência pode testemunhar
      que ele "não esqueceu os preceitos de Deus" (M. Henry).
      VERS. 141.
      1. A fonte da pequenez do homem está em si mesmo.
      2. A fonte de sua grandeza está na palavra Divina. Por isso, o maior
      filósofo é um homem pequeno comparado ao mais inculto cujo
      prazer está na lei de Deus e que medita (G. R.).
      VERS. 141.
      1. Um pequeno estudioso.
      2. Um aprendiz veloz.
      3. Um lembrete firme.
      VERS. 141. Desconhecido, contudo bem conhecido.
      1. A estimativa formada a respeito do crente pelo mundo.
      2. A estimativa formada a respeito do crente por ele mesmo.
      3. A profissão feita pelo crente a Deus.
      4. Numa revisão, uma estimativa revisada do crente: 1Co 1.27; Tg
      4.5 (C. A. D.).
      
      VERS. 142. Justiça, imutabilidade e verdade combinadas na revelação
      de Deus.
      
      VERS. 143. Emoções mistas.
      VERS. 143.
      1. A nuvem escura. Dificuldades.
      2. O forro dela de prata. Contudo.
      VERS. 143.
      1. O santo lançado na prisão.
      (a) Os carcereiros: "Tribulação e angústia".
      
      (b) Seu proceder: "o seguram" e o prendem.
      2. Cânticos durante a noite.
      (a) Tema bendito: "teus mandamentos".
      (b) Melodias extáticas: "prazer".
      3. Deixe que os prisioneiros as ouçam.
      (a) Dor retida, pecado retido, desespero retido.
      (b) É material e melodia para abrir prisões (W. B. H.).
      VERS. 143. Considere:
      1. A excelência da palavra, pelo fato de oferecer deleite quando
      problemas e angústia oprimem.
      2. A grande bondade de Deus em dispor sua palavra para o deleite em tal
      hora e sob tais circunstâncias.
      3. A disposição do crente de recorrer à palavra para
      deleite, quando outros se entregam à aflição e ao
      desalento.
      4. A situação bendita do crente, já que ele nunca
      precisa ficar sem alegria (J. F.).
      
      VERS. 144. Justiça eterna revelada na palavra e produzindo vida
      eterna nos crentes.
      VERS. 144.
      1. Verdades eternas.
      2. Vida eterna dependente delas.
      3. Um brado que sai desses montes eternos (W. B. H.).
      VERS. 144 (última cláusula).
      1. Considere a oração em sua simplicidade.
      (a) É certa para o pecador despertado.
      (b) Para o cristão que está lutando contra a tentação.
      (c) Para o crente sofredor.
      (d) Para o trabalhador.
      (e) Para mentes que aspiram, na igreja de Deus.
      (f) Para santos, ao expirar.
      2. A oração aberta mais plenamente.
      (a) Aqui se confessa necessidade.
      (b) A oração está evidentemente na base da livre graça:
      "Dá".
      3. Exponha claramente o argumento na oração.
      (a) A palavra de Deus, quando entendida na prática e experimen-talmente,
      é um penhor de vida.
      (b) A palavra de Deus é a "semente" incorruptível
      que vive e permanece para sempre.
      (c) É o alimento da vida.
      (d) É a própria flor e coroa e glória da vida verdadeira.
      (e) É de justiça, é certa.
      (f) É eterna (Sermão de Spurgeon: "Vivo").
      
      VERS. 145-152. O clamor do crente. O clamor reiterado (Sl 119.145-148).
      Um apelo para ser ouvido (Sl 119.149). A proximidade do inimigo (Sl 119.150).
      Mas, em resposta ao clamor, Deus também está perto (Sl 119.151).
      
      VERS. 145-148. O clamor.
      1. De onde veio: do meu coração.
      2. Para onde foi: para o Senhor.
      3. Quando foi ouvido: ao amanhecer e ao escurecer.
      4. O que buscava: ser ouvido, salvação.
      5. O que prometeu: obediência.
      6. Como foi sustentado: por esperança na palavra de Deus (C. A.
      D.).
      
      VERS. 145, 146. As almas clamam.
      1. A profundidade de onde o clamor subiu.
      2. A altura que alcançou.
      VERS. 145, 146. Oração como a de uma criança.
      1. Em seu soar: "Clamei".
      2. Em seu modo direto: "a ti". 
      3. Em sua explosão: "de todo o coração".
      
      4. Em seus fortes tons: "Ouve-me", "salva-me".
      5. Em sua promessa de comportamento melhor: "obedecerei os teus estatutos"
      (W. B. H.).
      
      VERS. 145.
      1. O modelo de oração: "Eu clamo de todo o coração".
      2. O objetivo da oração: "Responde-me".
      3. O acompanhamento da oração: "Obedecerei aos teus
      testemunhos". 
      
      VERS. 146.
      1. Oração lembrada.
      2. Oração continuada: "Salva-me".
      3. Oração dando fruto: "Eu obedecerei aos teus estatutos".
      VERS. 146. Salvação.
      1. Um caminho promissor - oração: continue clamando.
      2. O lugar apropriado para ele: "a ti"; não ao homem,
      não ao coração.
      3. Uma visão sadia dela: "Guardar teus testemunhos". Não
      para escapar de inferno ou ganhar o céu, mas para agradar e amar
      a Deus (W. B. H.).
      
      VERS. 147, 148.
      1. Os Companheiros celestiais: a oração e a meditação.
      Inseparáveis. Ajudam-se mutuamente.
      2. Suas estações prediletas: tempos de quietude, noite; a
      hora antes do amanhecer.
      3. Seu volume e a lâmpada da noite: "Tua palavra"; "Esperança".
      Ou:
      (a) Um grande pedido: "Tua bondade". Quem pode igualá-la?
      Quem pode medi-la? Quem pode estragá-la?
      (b) Um suplicador insignificante: "minha voz". O que "minha
      voz" poderia dizer para estar à altura do ritmo de "tua
      bondade"? Pedir demais está fora de cogitação.
      (c) Um defensor inteligente ("de acordo com teu juízo");
      requerendo vida, tirada da boca de Deus. A bondade de Deus tem seu par
      na própria promessa de Deus (W. B. H.).
      
      VERS. 147. Observe nisso a diligência de Davi.
      1. Que foi uma oração pessoal, feita a Deus, em local reservado:
      "Eu clamo"; Eu a sós, contigo em secreto.
      2. Que foi uma oração feita ao amanhecer: "Eu evitei
      que amanhecesse a manhã".
      3. Que foi uma oração veemente e sincera, que foi expressa
      em clamor (T. Manton).
      VERS. 147. Levantar cedo é recomendado.
      1. Uma hora boa para a oração.
      2. Para a leitura da palavra.
      3. Para ceder às emoções excitadas por ela; "Esperei
      em tua palavra".
      
      VERS. 148. Como é inesgotável a Bíblia (Sermão
      de Henry Melvill, 1850).
      VERS. 148. Meditação. Hora apropriada e assunto frutuoso.
      VERS. 148. Meditar na palavra bem vale a abnegação e cuidado
      da parte do cristão.
      1. Sem meditação, ler é um desperdício de tempo
      e uma indignidade oferecida à palavra.
      2. A meditação com oração, mas não oração
      sem meditação, descobrirá o sentido da palavra, quando
      todo outro meio falha, e tem esta vantagem, que o sentido se deposita fundo
      na mente.
      3. A meditação extrai doçura das promessas, e nutrimento
      da verdade toda.
      4. A meditação produz um mestre sábio e um obreiro
      eficiente de alguém que tem pouca habilidade natural ou saber.
      5. A meditação sujeita a alma ao poder santificador da palavra.
      6. A meditação é um convite para o Espírito
      Santo abençoar a alma, pois ele está intimamente associado
      com a verdade, e se deleita em ver a verdade honrada.
      
      VERS. 149. Oração - ouvir o resultado de amor; oração
      - responder governado por sabedoria.
      VERS. 149. Vivificação.
      1. Uma oração de necessidade inquestionável: "vivifica-me".
      2. Pedidos gêmeos de poder irresistível: "tua bondade";
      "teu juízo" (C. A. D.).
      VERS. 149. Duas vezes de "conforme".
      1. O "conforme", em que um crente espera ser ouvido por Deus:
      "Ouve minha voz conforme o teu amor leal".
      (a) O crente está bem apercebido de que ele mesmo é indigno,
      e das imperfeições de suas orações, portanto
      quer que Deus o aceite e as interprete pela lei de sua própria bondade.
      (b) Não espera em vão; a bondade de Deus passa por cima das
      imperfeições, e preenche as omissões.
      (c) Que coisa bendita! Enquanto o Espírito Santo ajuda as nossas
      enfermidades, os gemidos inexprimíveis são lidos em seu verdadeiro
      sentido pelo divino amor leal!
      2. O "conforme" ao qual ele espera ser respondido por Deus. "Vivifica-me
      conforme o teu juízo". "Juízo" aqui pode significar
      a palavra revelada. Então:
      (a) Ele espera ser respondido certamente.
      (b) Ele espera ser respondido sabiamente.
      (c) Ele espera ser respondido plenamente, como requerem todas as suas necessidades.
      (d) Ele espera que cada resposta vivifique a vida espiritual, tornando-o
      santo (J. F.).
      
      VERS. 150-151. Contra os perpetradores de danos. 
      1. Eles chegam tão perto quanto podem, para nos prejudicar.
      2. Eles se afastam do direito para conseguir mais liberdade para nos prejudicar.
      3. O Senhor está mais perto do que eles.
      4. A verdade de Deus é nosso escudo e espada.
      VERS. 150-151. Inimigos perto: o Amigo mais perto.
      1. O crente avistando com alarme a vinda de seus perseguidores: "Aproximam-se".
      2. O crente confortado recordando a presença de seu amigo: "Tu,
      porém, Senhor, estás perto", Gn 15.1; 2Re 6.14-17 (C.
      A. D.).
      VERS. 150-151. Duas hostes que nos cercam.
      1. A hoste do mal. PERTO:
      (a) Demônios, homens ímpios, inimigos espirituais do mundo
      e do coração.
      (b) O mal na sua frente.
      (c) A lei e a verdade ficaram muito para trás.
      (d) Procurando estreitar suas posições.
      (e) Assim todos os santos são atacados. 
      2. A hoste de Deus: MAIS PERTO - Jeová, seus anjos, e batalhões
      de verdades santas e imortais: "Tu e todos os teus mandamentos".
      (a) Entrincheirados na razão: "são verdadeiros".
      (b) Acampados no pavilhão do coração: "perto".
      (c) Formando fileiras fortes dentro daquelas do inimigo (W. B. H.).
      
      VERS. 150. Considere:
      1. Se a descrição dada aqui não se aplica, mais ou
      menos, a todos os que não crêem em Cristo: "Aproximam-se
      com más intenções".
      (a) Alguns homens sem dúvida vêm com más intenções
      de propósito; eles se fazem os tentadores de outros, e têm
      prazer nisso.
      (b) Outros, que não têm prazer nisso, não conseguem,
      contudo escapar do mau efeito de seu exemplo.
      (c) A própria moralidade de muitos incrédulos os torna capaz
      de transmitir a influência perniciosa de sua incredulidade onde os
      imoralmente maus não conseguem entrar.
      (d) Mesmo os que freqüentam regularmente a igreja podem pela sua indecisão
      influenciar outros a demorar.
      2. A posição perigosa de todos a quem a descrição,
      em qualquer medida, pertence: "Estão distantes da tua lei".
      (a) São assim, por serem incrédulos; porque "este é
      o mandamento dele, que nós creiamos".
      (b) São assim, em serem causa de mal para outros; pois somos ordenados
      a amar e fazer o bem.
      (c) Estar distante da lei de Deus é estar perto da justa ira de
      Deus.
      (d) Pelo bem dos outros, bem como seu próprio, os homens devem crer
      em Cristo e através da fé se tornarem santificados (J. F.).
      
      VERS. 151 (última cláusula). Os mandamentos do Senhor são
      verdadeiros em princípio; conduzem à vida verdadeira, se
      obedecidos; eles realmente recompensam os obedientes, nunca levam à
      mentira, nem causam ilusões.
      
      VERS. 152. Conhecimento da palavra.
      1. É bom conhecê-la como a palavra do próprio Deus.
      2. Como fundada em verdade.
      3. Como fundada para sempre.
      4. Quanto mais cedo sabemos disso tanto melhor.
      
      VERS. 153-160. A consideração divina buscada: "Olha
      para o meu sofrimento" (Sl 119-153), minha causa (Sl 119.154), por
      amor de tua compaixão, tuas leis (Sl 119.156). Considere meus perseguidores
      (Sl 119.157-158), e meu amor por tuas ordenanças (Sl 119.160) e
      aja de acordo.
      
      VERS. 153-159. Considere, Senhor: "Olha para meu sofrimento"
      (Sl 119.153), "Vê como amo teus preceitos" (Sl 119.159).
      Considere meus perseguidores (Sl 119.157-158), e meu amor... Os dois lados:
      os assuntos, as orações, os argumentos.
      
      VERS. 153-154. Aqui:
      1. Davi ora por socorro na aflição. "Alguém está
      sofrendo? Que ele ore" (Tg 5.13); que ele ore como Davi ora aqui.
      (a) Ele tem o olho atento à compaixão de Deus, e ora: "Olha
      para o meu sofrimento"; leva-o em tua consideração,
      e todas as circuns-tâncias, e não fique parado como quem é
      indiferente. Deus nunca é desatento às aflições
      de seu povo, mas ele quer que nós "relembremos a ele o passado"
      (Is 43.26) para apresentar a ele a nossa causa, e então deixá-la
      à sua consideração compassiva para fazer nela como
      ele em sua sabedoria achar que convém, em seu próprio tempo
      e modo.
      (b) Ele tem o olho atento ao poder de Deus, e ora "Livra-me",
      e novamente "Preserva-me". Considere os meus sofrimentos e tire-me
      deles. Deus prometeu livramento (Sl 58.11), e podemos pedir isto com submissão
      à sua vontade, e com respeito à sua glória, para que
      melhor o possamos servir. 
      (c) Ele tem o olho atento à justiça de Deus, e ora, "Defende
      a minha causa": sê meu patrono e advogado, e aceita-me como
      teu cliente. Davi tinha uma causa justa, mas seus adversários eram
      muitos e poderosos, e ele corria o risco de ser atropelado por eles: portanto
      implora a Deus que ponha a limpo sua integridade, e silencie suas falsas
      acusações. Se Deus não defender a causa de seu povo,
      quem o fará? Ele é justo, e estes se entregam a ele, e então
      ele o fará, efetivamente: Is 51.22; Jr 1.34.
      (d) Ele tem o olho atento à graça de Deus, e ora: "Vivifica-me"
      (ARA). Eu sou fraco, e incapaz de suportar meus problemas; meu espírito
      é sujeito a desfalecer e afundar: Oh, que tu me avives e consoles,
      até que o livramento seja completo!
      2. Ele pleiteia sua dependência da palavra de Deus, e seu zelo por
      sua conduta. "Resgata-me e preserva a minha vida conforme as tuas
      leis". Quanto mais nos apegamos à palavra de Deus, tanto para
      nosso governo como para nosso apoio, mais segurança podemos ter
      de livramento no devido tempo (M. Henry).
      
      VERS. 153. A oração da pessoa doente.
      1 . O remédio lembrado.
      2. O médico chamado.
      3. O médico considerando o caso.
      4. A cura (C. A. D.).
      VERS. 153.
      1. Senhor, não esqueça a minha tristeza.
      2. Eu não esqueço a tua lei.
      
      VERS. 155.
      1. Uma distância terrível.
      2. Uma distância que nunca diminui pela busca.
      3. Uma distância aumentada por pecar.
      VERS. 155.
      1. Quando a salvação está longe.
      2. Quando ela está perto.
      OU
      1. Quando a palavra está longe, a salvação está
      longe.
      2. Quando a palavra está perto, a salvação está
      perto (G. R.).
      VERS. 155. Como evitar a salvação.
      1. A salvação é inseparável da conformidade
      à lei de Deus: Lc 18.5; Lc 5.25-28; Mt. 19.17.
      2. A salvação é trazida para violadores, pelo Doador
      da Lei condescender em se tornar o guardador da Lei e a vítima da
      Lei. A salvação é evitada por aqueles que se recusam
      a se conformarem à lei eterna ou vontade de Deus. Eles mesmos perecem:
      seu próprio pecado os pune: a necessidade os pune (C. A. D.).
      VERS. 155. Um silogismo sobre a salvação.
      1. A salvação e a obediência vão juntas.
      (a) Elas têm um centro em comum - Deus, seu braço e seus lábios.
      (b) Um relacionamento mútuo: somos salvos pela obediência.
      Obe-decendo, nós estamos sendo salvos. Sem obediência não
      há salvação.
      (c) Um objetivo idêntico - nosso bem e a glória de Deus.
      (d) Obediência e salvação são inseparáveis
      para sempre.
      2. Os ímpios estão longe da obediência.
      (a) As ordens são evitadas.
      (b) A submissão é excluída.
      3. Portanto estão longe da salvação. Não aceitam
      uma coisa; não podem ter a outra (W. B. H.).
      
      VERS. 156.
      1. Uma grande necessidade.
      2. Colocada diante de um grande Senhor.
      3. Grandes favores solicitados.
      4. Uma grande misericórdia buscada: "preserva a minha vida"
      (ou "vivifica-me", KJV).
      VERS. 156. Justo e o Vivificador.
      1. A vida espiritual é o presente da misericórdia de Deus.
      2. Sua continuação depende do exercício do poder de
      Deus.
      3. Portanto podemos pedir vivificação na base da justiça
      de Deus (C. A. D.).
      VERS. 156. O santo.
      1. Perdido em adoração.
      (a) Das ternas misericórdias de Deus.
      (b) Ele exclama ao ver sua grandeza. São tão numerosas! Muito
      ternas. Grandiosas e ternas (primorosa combinação!).
      2. Cheio de animação. Filho de sua admiração.
      (a) A oração que vai como flecha: "Aviva-me:" Para
      ser igual, para ser fiel a um Deus assim.
      (b) O arco na mão (da qual sai a flecha): "de acordo com os
      teus juízos" (W. B. H.).
      VERS. 156.
      1. A ternura da grandeza de Deus.
      2. A grandeza da ternura de Deus.
      3. O estímulo à vida encontrado na sua grande e terna presença.
      
      VERS. 157.
      1. Uma palavra de multiplicidade: "Muitos".
      2. Uma tendência de temor, isto é, uma tendência a entrar
      em declínio.
      3. Uma nota de consolação: "mas eu não me desvio
      dos teus estatutos".
      
      VERS. 158. Visão penosa.
      1. Transgressores além dos limites de Deus.
      2. Limites tão bondosamente colocados: "tua palavra".
      3. Transgressões tão levianamente ingratas, tão terrivelmente
      perigosas, tão fatais.
      VERS. 158. Tristeza por pecadores.
      1. Uma visão que não podemos deixar de ver.
      2. Uma tristeza que não devemos evitar de sentir. (Ver Ló
      em 2Pe 2.7, 8. Moisés: Dt 9.18, 19. Samuel: 1Sm 15.11 Jr 9.1. Paulo:
      Fl 3.18. Cristo: Lc 19.41).
      3. Um motivo que não podemos evitar de endossar.
      VERS. 158. Um homem justo não pode deixar de se entristecer com
      os pecados dos infiéis. Ele vê neles:
      1. A violação da lei divina que ele ama.
      2. Rebelião ingrata contra o Deus que ele adora.
      3. Desprezo pelo evangelho da salvação e o sangue de Cristo.
      4. O domínio de Satanás, o inimigo de seu Deus.
      5. A degradação de almas que poderiam ter sido templos sagrados.
      6. Sinais proféticos de uma retribuição terrível,
      eterna (J. F.).
      
      VERS. 159.
      1. Seu próprio amor confessado.
      2. O amor de Deus suplicado.
      3. Vida renovada implorada.
      VERS. 159.
      1. Atenção chamada: "Vê como".
      2. Profissão de fé feita: "Amo os teus preceitos".
      3. Petição oferecida: "Dá-me vida".
      4. Solicitação sugerida: "conforme o teu" (G. R.).
      VERS. 159. Meu amor e teu amor leal. O amor do santo.
      1. Confessado: "Tu sabes todas as coisas".
      2. Submetido. Em humilde insistência na sua sinceridade. Sentindo
      sua insuficiência. Em oração a Deus para que não
      deixe de vê-lo.
      3. Perdido de vista na repentina glória do amor leal de Deus. Onde
      está meu amor agora?
      4. Recuperado e trazido humildemente para ser avivado. Senhor, eu nada
      mais direi sobre isso: "Dá-me vida" (W. B. H.).
      VERS. 159. Dá-me vida, por amor do amor.
      1. Uma prece por vida avivada.
      2. Despertada por amor ao governo divino da vida.
      3. Reforçada pelo rogo daquele amor.
      4. Dirigida ao Deus de amor (C. A. D.).
      VERS. 159. Considere:
      1. A santa insatisfação do crente: "Dá-me vida,
      vivifica-me".
      (a) Uma oração que ocorre freqüentemente no salmo, e
      sempre impulsionada com grande sinceridade.
      (b) Sua importunação prova ter ele posse de vida espiritual;
      de fato, ninguém a não ser os vivos anseiam por vivificação.
      (c) Os mais sinceros sentem mais intensamente o pecado que está
      em seu interior e apreciam mais a santificação completa.
      (d) Por isso, esta seja talvez a única insatisfação
      que é perfeitamente pura no seu caráter.
      2. O atributo Divino seguro ao qual ele pode apelar: "Conforme o teu
      amor leal".
      (a) Um atributo, não só dado a conhecer na palavra, mas tornado
      manifesto a nós em nossa experiência do trato bondoso dele
      para conosco.
      (b) Um atributo que cobre o pecado, e que é tocado por compaixão
      pelas nossas enfermidades.
      (c) Um atributo que deve ser afetado com o clamor por graça avivada.
      3. A consideração que ele deve ser capaz de colocar perante
      Deus: "Vê como amo os teus preceitos".
      (a) Porque é da palavra que ele soube do amor leal, e através
      dela que recebeu vida.
      (b) Sem isso a oração não pode ser genuína.
      (c) É boa razão para se esperar mais graça, pois "a
      quem tiver, mais lhe será dado" (Lc 8.18) (J. F.).
      
      VERS. 160.
      1. Cedo: "As tuas palavras são em tudo verdadeiras desde o
      princípio" (KJV, ARA).
      2. Tarde: "São eternas". Ou, verdade e imutabilidade são
      o Jaquim e Boaz do crente (ver 2Cr 3.17).
      
      VERS. 162.
      1. O tesouro escondia: "grandes despojos" ocultos na palavra
      divina.
      2. O tesouro encontrado: "como alguém que encontra" (G.
      R.).
      (a) Por leitura.
      (b) Por meditação.
      (c) Por oração.
      3. O tesouro apreciado: "Eu me regozijo" (G. R.).
      VERS. 162. Esta alegria grande com a palavra de Deus ele compara à
      alegria do guerreiro quando encontra grandes despojos.
      1. Esta grande alegria é por vezes despertada por haver uma palavra
      de Deus.
      (a) As Escrituras são uma revelação de Deus.
      (b) O guia de nossa vida.
      (c) Uma garantia segura de misericórdia.
      (d) O começo de comunhão com Deus.
      (e) O instrumento de utilidade.
      2. Freqüentemente, a alegria do crente na palavra surge por ele ter
      tido de lutar para obter uma compreensão dela.
      (a) Tivemos que lutar contra certas doutrinas antes de termos realmente
      chegado a elas.
      (b) O mesmo pode ser dito das promessas.
      (c) Dos preceitos.
      (d) Das ameaças.
      (e) Mesmo da palavra que revela Cristo.
      3. Por vezes a alegria do crente está em ter prazer na palavra de
      Deus sem nenhuma luta sequer: "Alguém que encontra".
      4. Há alegria advinda do próprio fato de poder a Escritura
      Santa ser considerada um despojo.
      (a) Um despojo é o fim da incerteza.
      (b) É o enfraquecimento do adversário para quaisquer ataques
      futuros.
      (c) Dá uma sensação de vitória.
      (d) Há, em repartir o despojo, proveito, prazer e honra.
      (e) Despojar o inimigo é profecia de descanso (Título de
      sermão de Spurgeon: "Grande Despojo"). 
      
      VERS. 163. Pólos opostos do caráter cristão. 1. Por
      que eu detesto a mentira? Porque vem do diabo (Pr 8.44; At 5.3); leva ao
      diabo (Ap 11.8, 22.15); é vil, perigosa, degradante (Pr 19.5, 1Tm
      4.2, 2Tm 3.13); é odiada pelo Senhor (Pv 6.16, 17, 7.22).
      2. Por que amo a lei? Porque emana de Deus; é o reflexo de seu caráter;
      é o ideal de meu caráter.
      3. Como cheguei assim a odiar e amá-la? Pela graça de Deus:
      v. 29 (G. A. D.).
      VERS. 163.
      1. Coisas opostas.
      2. Sentimentos opostos.
      
      VERS. 164. Louvor dado. Freqüentemente, declaradamente, de todo o
      coração, inteligentemente.
      VERS. 164. Louvor perpétuo.
      1. Louvor verdadeiro é sempre justificado.
      2. Louvor verdadeiro é sempre bem-vindo.
      3. Louvor verdadeiro nunca se cansa (C. A. D.).
      VERS. 164.
      1. Alguns nunca te louvam; mas, "sete vezes por dia"; pois eu
      me alegro em fazer isso. "Tuas justas ordenanças" são
      um terror para eles, uma alegria para mim.
      2. Alguns te louvam fraca e friamente, enquanto "sete vezes".
      Minha devoção cálida precisa expressar-se em louvor
      com freqüência.
      3. Alguns estão contentes com louvar-te ocasionalmente, mas "sete
      vezes". Eles acham que é suficiente começar e terminar
      o dia com louvor, enquanto que durante todo o dia eu estou no espírito
      de louvor.
      4. Alguns logo param de louvar-te, mas "sete vezes". Não
      só sete vezes, mas "até sete vezes sete". Até
      mesmo sem parar, eu te louvarei (W. H. J. P.).
      
      VERS. 165.
      1. Grande amor a uma grande lei.
      2. Grande paz sob grande inquietude.
      3. Grande sustentação diante de tropeços.
      VERS. 165. Perfeita paz.
      1. A lei de Deus deve ser vista com amor.
      2. O amor pela lei produz grande paz. Paz com Deus através do sangue
      de reconciliação; paz consigo mesmo por uma boa consciência
      e supressão de desejos maus; paz com os homens pela caridade.
      3. A paz que surge de amor à lei é uma segurança contra
      o tropeço: "nada há que os faça tropeçar";
      nem a cruz de cada dia (Mc 5.21, 22), nem a provação ardente
      (Mc 4.7); nem a doutrina ardente (Jo 6.60, 66) (C. A. D.).
      VERS. 165.
      1. Os personagens descritos - "Os que amam a tua lei".
      2. A bênção que desfrutam: "grande paz".
      3. Os males a que escapam: "nada há que os faça tropeçar"
      (G. R.).
      VERS. 165. A paz e seguridade dos piedosos.
      1. Sua paz. Ela vem de:
      (a) Estar livre de uma consciência acusadora.
      (b) Conformidade às exigências da lei.
      (c) Prazer dos privilégios revelados na lei.
      (d) Certeza de aprovação e bênção divinas.
      2. Sua segurança:
      (a) Estão preparados para toda obrigação.
      (b) Estão à prova de toda tentação.
      (c) Estão comprometidos com perseverança final.
      (d) Têm a promessa de divina proteção (W. H. J. P.).
      VERS. 165.
      1. Um título honroso: "Aqueles que amam a tua lei".
      2. Uma posse boa: "Desfrutam paz".
      3. Uma imunidade bendita: "Nada os fará tropeçar"
      (J. F.).
      
      VERS. 166.
      1. Uma esperança que não se envergonha.
      2. Uma vida que não é envergonhada.
      3. Um Deus de quem ele não se envergonha.
      VERS. 166. Uma boa esperança através da graça.
      1. Salvação é dádiva de Deus: "a tua salvação".
      2. É apreendida por esperança: "Aguardo".
      3. É acompanhada por obediência: "e pratico os teus mandamentos"
      (Hb 6.9) (C. A. D.).
      
      VERS. 167. Passado e presente.
      VERS. 167. 
      1. Quanto mais obedecermos os testemunhos de Deus mais os amaremos.
      2. Quanto mais os amarmos, mais os obedeceremos (G. R.).
      VERS. 167.
      1. As jóias: "Teus testemunhos".
      (a) Raras; nada as iguala.
      (b) Ricas; ultrapassam avaliação.
      (c) Embelezam os que as usam.
      (d) Brilham com esplendor interno e essencial, na escuridão deste
      mundo.
      (e) Reconhecendo na verdade as velhas superstições sobre
      pedras preciosas terem virtudes medicinais e mágicas.
      2. O armário: "Minha alma".
      (a) Feita exatamente para receber as jóias.
      (b) Uma maravilhosa peça artesanal de obra divina, mas toda estra-gada
      e manchada se não for aplicada ao uso designado.
      (c) O único receptáculo do qual podem brilhar a beleza genuína
      dos testemunhos de Deus de tal maneira que possam excitar a admiração
      de quem os contempla.
      3. A fechadura que os guarda bem seguros: "Amo-os infinitamente".
      (a) Amor é a mais forte segurança no universo.
      (b) É necessária, pois dez mil ladrões rondam para
      roubar-nos o tesouro.
      (c) Um amor "infinito" tem patente celestial; nenhuma engenhosi-dade
      arromba o trinco; é à prova de incêndio e ladrão
      contra o próprio inferno (J. F.).
      
      VERS. 168.
      1. A reivindicação da palavra de Deus sobre nossa mais estrita
      obediência. "Obedeço a todos os teus preceitos e testemunhos".
      Ele não quer dizer que os guardou com perfeição; pois
      isso seria contradizer outras expressões no salmo. Ele quer dizer
      que os guardou com sinceridade e procurou guardá-los perfeitamente,
      como alguém que reconhecia seus direitos sobre ele.
      (a) A palavra toda é divina: autoridade igual está presente
      em cada preceito; nenhuma distinção deve ser feita de maior
      ou menor obrigação.
      (b) A palavra toda é pura e reta; conveniência, ou adaptar
      a medida e o modo da obediência ao nosso propósito, é
      um princípio falso; para ser cuidadosamente distinguido de recurso
      oportuno justo, que é o privar-se de um direito pessoal em consideração
      do benefício de outrem.
      (c) O código moral da palavra é uma unidade; obediência
      é como uma cadeia ligada; um defeito proposital em um elo torna
      toda ela inútil.
      2. Ter consciência ajuda muito a obediência: "Pois todos
      os meus caminhos estão diante de ti". 
      (a) "Estão diante de ti", como plenamente visto por ti.
      (b) "Estão diante de ti", constantemente observados.
      (c) "Estão diante de ti"; deliberadamente colocados diante
      de ti por mim, para que possam ser corrigidos e dirigidos (J. F.).
      VERS. 168. Conheces todos os meus caminhos.
      1. A felicidade do santo.
      2. A aflição do pecador (W. W.). 
      VERS. 168 (segunda cláusula).
      1. Necessariamente assim: pois tu és o onisciente Deus: Sl 134.3.
      2. Voluntariamente assim: porque escolho andar sob tuas vistas. Ver Sl
      16.9.
      3. Consciente e felizmente assim. Pois a luz da tua face me inspira e alegra.
      Ver Sl 89.15 (W. H. J. P.).
      VERS. 168 (segunda cláusula). Vivendo à vista de Deus. Realmente
      o caso com todos; por intenção no caso dos piedosos; felizmente
      no caso dos favorecidos; preeminentemente no caso daqueles que permanecem
      em comunhão.
      VERS. 168.
      1. Os ensinos práticos e doutrinários de Deus diante de nós.
      2. Todos os nossos caminhos diante dele.
      3. A sorte de conduta que essas duas causas irão produzir. 
      
      VERS. 169-176. O clamor final. Pedindo audiência para si, o salmista
      suplica por entendimento e livramento (vv. 169, 170); levanta a voz para
      louvar a Deus (v. 171), e para falar de Deus (v. 172), e clama por ajuda
      (v. 173), salvação (v. 174), vida (vv. 175 e 176).
      
      VERS. 169-170. 
      1. A dignidade singular da oração. Estamos na terra, mas
      nossas orações passam pelos serafins e "chegam à
      presença de Deus".
      2. O poderoso direito da oração - para insistir com Deus
      na sua própria palavra: "conforme a tua promessa".
      3. As possibilidades triunfantes da oração. Abençoando-nos
      em mente e situação. Para o tempo e a eternidade. "Dá-me
      entendimento". "Livra-me".
      4. A licença admirável dada à oração.
      Para dobrar e reiterar seus pedidos (como aqui) (W. B. H.).
      
      VERS. 169.
      1. Admissão à corte real. 
      2. Instruções vindas do trono real.
      3. Confiança na palavra real.
      
      VERS. 170-174. O litigante: Sl 119.170. O cantor: Sl 119.171. O pregador:
      Sl 119.172. O trabalhador: Sl 119.173. O que aguarda: Sl 119.174.
      
      VERS. 170. 
      1. Procura-se acesso.
      2. Pede-se resposta.
      3. Usa-se argumento.
      
      VERS. 171. Ensinado, ensinado a louvar; louvando; louvando por ter sido
      ensinado.
      VERS. 171. Aprender a cantar aprendendo a obedecer.
      VERS. 171. O estudioso feliz.
      1. Alegra-se pela lição que aprendeu.
      2. Pelo mestre que o ensinou.
      3. Anseia pelo fim da lição como sendo a hora de cantar todo
      seu canto (C. A. D.).
      VERS. 171. Lições sobre o Louvor.
      1. É trabalho de santos.
      2. É trabalho sacro, não para ser feito com pressa.
      3. É preciso ter cantores instruídos pelo Espírito
      (W. B. H.).
      
      VERS. 172.
      1. O orador, "Minha língua cantará a tua palavra".
      
      2. Seu tema escolhido: "da tua palavra".
      3. Seu impulso interior: "pois todos os teus mandamentos são
      justos".
      VERS. 172. Palavras prazerosas.
      1. Uma decisão que todos os crentes devem fazer.
      2.  A qualificação que todo crente deve procurar (Sl 45.1;
      Mt 7. 24, 25).
      3. A construção que os crentes fariam sobre a rocha.
      
      VERS. 173.
      1. "Tenho o desejo de fazer o que é bom, 
      2. Mas não consigo realizá-lo" (Rm 7.18).
      3. "Ajuda, Senhor".
      VERS. 173.
      1. Ajuda solicitada para guardar os preceitos divinos.
      2. Ajuda procurada: "Com tua mão vem ajudar-me". Não
      devemos escolher nada nem fazer nada sem que possamos pedir ajuda de Deus
      (G. N.).
      VERS. 173.
      1. A mão de Deus. 
      (a) Seu calor segura (Jo 5.29).
      (b) Sua abundância de conteúdo (Sl 104.28).
      (c) Seu golpe duro (Sl 39.10).
      (d) Seu peso (1Sm 5.11).
      (e) Seu alcance salvador (Is 54.1)
      (f) Sua sombra é doce (Is 49:2).
      2. O santo o puxa pela manga: "Com tua mão vem ajudar-me".
      (a) Sua humilde representação.
      (b) Trazer a mão de Deus para o seu lado (W. B. H.).
      VERS. 173. Com tua mão vem ajudar-me.
      1. Tua mão reconciliadora: "estendida".
      2. Tua mão consoladora, como a que tocou Daniel e João.
      3. Tua mão fornecedora. "Tu abriste a tua mão".
      4. Tua mão protetora: "Todos os seus santos estão em
      tua mão" (Dt 33.3). Grande Pastor das ovelhas".
      5. Tua mão sustentadora: "Tua mão direita me guiará
      e me susterá" (Sl 139.10).
      6. Tua mão governadora: "Todos os meus tempos estão
      na tua mão".
      7. Tua mão de disciplina: "Tua mão esteve pesada sobre
      mim".
      8. Tua mão que faz prosperar: "A mão do Senhor esteve
      com" (W. J.).
      
      VERS. 174.
      1. As saudades de Jacó.
      2. A escolha de Moisés.
      VERS. 174. O servo de Deus bebendo da fonte da salvação,
      mas não saciado.
      1. Anseio cedendo a prazer.
      (a) Ante a salvação de Deus.
      (b) Pelo rico inventário da Escritura.
      2. Prazer produzindo mais anseios.
      (a) Por descobertas mais profundas na palavra.
      (b) Experiências mais ricas na vida.
      (c) A consumação - no céu (W. B. H.).
      VERS. 174.
      1. Suspiros pelo céu. Santidade, felicidade, Deus.
      2. Sorver os goles pelo caminho. A palavra de Deus, a vontade de Deus,
      o serviço de Deus, o Deus em tudo (W. B. H.).
      VERS. 174. Anseio pela tua salvação. Tua santa salvação.
      Tua plena salvação. Tua salvação livre. Tua
      salvação presente. Tua salvação permanente
      (W. J.).
      VERS. 174. Anseio. Esta ânsia surge:
      1. De um dolorosa consciência da necessidade de salvação.
      2. Da percepção das glórias da salvação
      de Deus.
      3. Das promessas que dão certeza da possibilidade de conseguir esta
      salvação.
      4. Das graciosas instigações do Espírito Santo (W.
      H. J. P.).
      
      VERS. 175.
      1. A vida mais nobre.
      2. A mais alta ocupação.
      3. Ambas dependentes do mais alto auxílio.
      VERS. 175. Louvor.
      1. O mais nobre emprego da vida - louvar a Deus.
      2. A mais nobre apresentação do louvor - a vida santa.
      3. A mais nobre aplicação dos juízos divinos - para
      inspirar o louvor.
      
      VERS. 176.
      1. Minha confissão: "Andei vagando".
      2. Minha profissão: "teu servo".
      3. Minha súplica: "Busca teu servo".
      4. Meu pedido: "Pois não me esqueci" (G. R.).
      VERS. 176. O último versículo como tal. A cadência
      final em tom menor.
      1. Os mais altos vôos de devoção humana precisam terminar
      em confissão de pecado: "Andei vagando como ovelha perdida".
      
      2. As mais sinceras profissões de fidelidade humana precisam dar
      lugar ao reconhecimento de desamparo. "Busca teu servo".
      3. As mais sinceras declarações humanas de amor à
      lei de Deus precisam descer ao reconhecimento lamentoso de que só
      não esquecemos dela (C. A. D.).