ASSUNTO E DIVISÃO
Este sublime CÂNTICO DO ÊXODO é uno e indivisível.
Verdadeira poesia aqui alcançou o seu auge: nenhuma mente humana
foi capaz de igualar, muito menos exceder, a grandeza deste salmo. Fala
de Deus como saindo à frente de seu povo do Egito à Canaã,
e fazendo que toda a terra se mova com sua vinda. As coisas inanimadas
são representadas como imitando as criaturas vivas quando o Senhor
passa. São apostrofadas e questionadas com força de linguagem
maravilhosa, até que se parece ver a cena real. O Deus de Jacó
é exaltado como tendo o comando sobre rio, mar e montanha, fazendo
com que toda a natureza preste homenagem e tributo à sua gloriosa
majestade.
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1-2. O primeiro livramento de pecado é um tempo notável
pela especial presença de Deus.
VERS. 1-2. O Senhor foi para seu povo:
1. Um libertador.
2. Um sacerdote - "seu santuário".
3. Um rei - "seu domínio".
VERS. 1, 7. "A casa de Jacó" e "o Deus de Jacó",
o relacionamento entre os dois.
VERS. 2. A igreja, o templo de santidade e o domínio de obediência.
VERS. 3. O mar olhou, e fugiu; ou melhor, "O mar viu e fugiu"
- viu Deus e todo seu povo seguindo a liderança dele, ficou pasmo
de espanto e fugiu. Uma figura ousada. O Mar Vermelho refletiu as hostes
que tinham descido até a sua margem, e refletiu a nuvem que se erguia
bem alto sobre tudo, como símbolo da presença do Senhor:
nunca antes houve tal cena captada em imagem sobre a superfície
do Mar Vermelho, ou qualquer outro mar. Não pôde suportar
a visão descomunal e assustadora, e fugindo para a direita e a esquerda,
abriu uma passagem para o povo eleito. Um milagre similar aconteceu no
final da grande marcha de Israel, porque o "Jordão foi mandado
para trás". Era um rio que fluía rapidamente, se em
um declínio íngreme, e não estava apenas dividido,
mas a correnteza estava sendo empurrada de volta de modo que a torrente
rápida, contrária à natureza, fluía para cima.
Foi uma operação de Deus: o poeta não canta a suspensão
de leis naturais, nem de um fenômeno singular não prontamente
explicável; mas para ele a presença de Deus com seu povo
é tudo, e em seu cântico grandioso ele conta como o rio foi
empurrado para trás porque o Senhor esteve lá. Nesse caso
a poesia não é senão o fato literal, a ficção
fica por conta dos críticos ateus que sugerirão uma explicação
qualquer para o milagre, em vez de admitir que o Senhor desnudou seu braço
sacro aos olhos de todo o seu povo. A divisão do mar e o secar do
rio se unem apesar dos quarenta anos interpostos, porque foram as cenas
de abertura e encerramento de um grande evento. Assim também pela
fé podemos unir nosso novo nascimento e nossa saída deste
mundo para a herança prometida, pois o Deus que nos tirou do Egito,
de nossa escravidão sob o pecado, também nos conduzirá
pelo Jordão da morte de nossas peregrinações no deserto
desta vida de provações e inconstante. É tudo um único
e mesmo livramento, e o começo assegura o fim.
VERS. 3. A impenitência de pecadores repreendida pela criação
inanimada.
VERS. 3. O Jordão retrocedeu, ou a morte foi vencida.
VERS. 4. A mutabilidade de coisas que parecem fixas e estabelecidas. O
poder de Deus despertando mentes letárgicas, em meio a sistemas
antigos e pessoas preconceituosas da mais alta linhagem.
VERS. 7-8. Temor santo.
1. Deve ser causado pela presença divina.
2. Deve ser aumentado por seu caráter de fazer aliança -
"o Deus de Jacó".
3. Deve culminar quando vemos apresentações de sua graça
para com seu povo - "fez da rocha um açude".
4. Deve se tornar universal.
VERS. 8. Maravilhas aparentadas ao milagre junto à rocha.
1. A morte de Cristo, fonte de vida.
2. Adversidade, um meio de prosperidade.
3. Corações duros se tornam penitentes.
4. Secura de alma transformada em abundância.
VERS. 8. Suprimentos divinos.
1. Garantidos - pois ele os extrairá até de uma rocha.
2. Abundantes - "um charco ou água parada".
3. Contínuos - "fontes de água".
4. Instrutivos. Devem criar em nós um santo pasmo diante do poder
do Senhor.