SALMO 96


ASSUNTO
Este salmo evidentemente foi tirado daquele cântico sacro composto por Davi ao tempo em que "a arca de Deus foi colocada no meio da tenda que Davi havia preparado para ela, e ofereceram sacrifícios e ofertas pacíficas diante de Deus". Veja o capítulo dezesseis do primeiro livro de Crônicas. A primeira parte daquele canto provavelmente foi omitido porque se referia a Israel, e o plano do Espírito Santo neste salmo foi dar um cântico para os gentios, um hino triunfal com o qual celebrar a conversão das nações a Jeová nos tempos do evangelho. Segue os passos do salmo anterior, que descreve a obstinação de Israel, e a conseqüente retirada do evangelho deles para que pudesse ser pregado entre as nações que o receberiam e, no devido tempo, seriam plenamente conquistadas por Cristo pelo seu poder. Assim faz par com o salmo 95. É um grande hino missionário, e admira-se que zombadores possam lê-lo e ainda ficarem separados. Se cegueira parcial não tivesse acontecido para Israel, poderiam ter enxergado há muito tempo, e agora veriam, que seu Deus sempre teve planos de amor para todas as famílias dos homens, e nunca pretendeu que sua graça e seu pacto se relacionassem só à semente de Abraão segundo a carne. Não é de admirar que o Davi de grande coração se alegrou e dançou diante da arca, enquanto via em visão toda a terra deixando os ídolos para se voltar ao único Deus vivo e verdadeiro. Tivesse Mical, a filha de Saul, sido capaz ao menos de entrar na alegria dele, ela não o teria repreendido, e se os judeus de hoje pudessem ao menos expandir o coração para sentir compaixão com toda a humanidade, eles também cantariam de alegria pela grande profecia de que toda a terra será provida com a glória do Senhor.


DIVISÃO
Não faremos nenhuma, pois o canto é uno e indivisível, uma veste de louvor sem costuras, todo ele, tecida de cima a baixo.


DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. As novidades da graça.
1.Uma nova salvação.
2. Cria um novo coração.
3. Sugere um novo cântico.
4. Assegura novos testemunhos, e estes,
5. Produzem novos convertidos.


VERS. 1-3.
1. O fim desejado - ver a terra cantando ao Senhor e bendizendo seu nome.
2. Os meios sugeridos - mostrar a sua salvação dia-a-dia; declarando sua glória.
3. A certeza da realização disso. O Senhor o disse. "Cantem". Quando ele manda a terra tem de obedecer (G. R.).
VERS. 1-3. O aperfeiçoamento do fervor.
1. A mola do desejo expansivo, Sl 96.1.
2. O riacho dos esforços práticos diários, Sl 96.2.
3. O rio largo das missões estrangeiras, Sl 96.3 (C. D.).


VERS. 1-9. Devemos honrar a Deus.
1. Com cânticos, Sl 96.1-2.
2. Com sermões, Sl 96.3.
3. Com os trabalhos religiosos, Sl 96.7-9 (Matthew Henry).


VERS. 3 (primeira cláusula).
1. Declarem entre os pagãos a glória das perfeições de Deus, para que possam reconhecê-lo como o Deus verdadeiro.
2. Declarem a glória de sua salvação, para que possam aceitá-lo como seu único Redentor.
3. Declarem a glória de sua providência, para que possam confiar nele como seu fiel guardião.
4. Declarem a glória de sua palavra, para que a prezem como seu principal tesouro.
5. Declarem a glória de servi-lo, para que possam escolhê-lo como sua ocupação mais nobre.
6. Declarem a glória de sua habitação, para que possam buscá-la como seu melhor lar (William Jackson).
VERS. 3.
1. O que o evangelho é , "A glória de Deus", "suas maravilhas".
2. O que faremos com ela - declará-la.
3. A quem. Entre os descrentes, "todas as nações".
VERS. 3 (última cláusula). Seus feitos maravilhosos entre todos os povos.
1. As maravilhas de seu ser, para inspirá-los com reverente admiração.
2. As maravilhas de sua criação, para enchê-los de pasmo.
3. As maravilhas de seus juízos, para refreá-los com temor.
4. As maravilhas de sua graça, para atraí-los com amor (W. Jackson).


VERS. 4-6. Sermão missionário.
1. Contraste o Jeová da Bíblia com deuses de invento humano.
2. Decida entre culto divino e idolatria.
3. Apele por esforço em nome de idólatras (C. D.).


VERS. 6. Majestade e esplendor estão diante dele.
1. Como emanações dele.
2. Como excelências atribuídas a ele.
3. Como características do que é feito por ele.
4. Como marcas de todos que habitam perto dele (W. Jackson).
VERS. 6 (última cláusula). O que podemos ver no santuário de Deus (força e beleza). O que podemos obter nele, Sl 90.17 (força e beleza) (C. D.).


VERS. 8. Jeová possui uma natureza e um caráter especial; ele mantém várias posições e relacionamentos, e ele já realizou muitas obras que só ele poderia realizar. Nesse sentido, algo lhe é devido por parte de suas criaturas. E quando nós o prezamos com tais afetos e lhe prestamos tais serviços, como merecem sua natureza, caráter, posições e obras, então lhe damos a glória que é devida a seu nome.
1. Perguntemos o que é devido a Jeová por causa de sua natureza.
2. O que é devido a Jeová por causa do caráter que ele possui.
3. O que é devido a Deus por causa dos relacionamentos e ofícios que ele ocupa - o de um criador, preservador.
4. O que é devido a Jeová pelas obras que ele realizou, na natureza, providência e redenção (E. Payson).
VERS. 8. O objeto de culto. A natureza do culto. O acompanhamento do culto (uma oferta). O lugar do culto (C. D.).


VERS. 9 (primeira cláusula) Um exame do culto verdadeiro e falso.
1. Culto falso, na obscuridade da ignorância, no enfado do formalismo, na ofensa do pecado favorecido, na hediondez da hipocrisia.
2. O verdadeiro culto, na beleza da santidade (C. D.).
VERS. 9. Temor santo é ingrediente essencial da verdadeira religião.


VERS. 10-13. O reinado da justiça.
1. A proclamação de um rei e juiz justo.
2. A recepção jubilosa preparada para ele.
3. Sua vinda gloriosa (C. D.).


VERS. 11-12. A harmonia da natureza com a obra da graça; especialmente ao expressar-se por completo no período do milênio.