TÍTULO
Ao mestre da música. Muitos cânticos foram dedicados a este
dirigente do coral, mas ele não ficou sobrecarregado com isso. O
culto de Deus é tão deleitoso que não nos pode entediar,
e a parte mais deleitosa, o cantar de seus louvores, é tão
prazerosa que nunca é demais. Sem dúvida, o grande músico,
como era comissionado para preparar tantos cantos sacros, sentia que quanto
mais tivesse, melhor. Um salmo para os filhos de Corá. Não
podemos concordar com aqueles que pensam que os filhos de Corá foram
os autores destes salmos; têm todos eles as indicações
da autoria de Davi que se poderia esperar. Nosso ouvido já se acostumou
ao som das composições de Davi, e nós estamos moralmente
certos de que o ouvimos neste salmo. Todo perito detectaria aqui o autógrafo
do filho de Jessé, se não estivermos muito enganados. Os
coraítas cantaram estes salmos, mas cremos que não os escreveram.
Cantores competentes foram aqueles cuja origem os lembrava do pecado, cuja
existência foi prova de graça soberana, e cujo nome tem uma
ligação próxima com o nome do Calvário.
ASSUNTO
É difícil decidir se o assunto imediato deste salmo é
o carregar da arca da casa de Obede-Edom até o Monte Sião
ou a celebração de alguma vitória memorável.
Como até os doutores divergem, quem iria dogmatizar? Mas fica muito
claro que tanto a soberania atual de Jeová como as vitórias
de nosso Senhor são aqui colocadas em hino, enquanto docemente se
gloriam em sua ascensão, tanto como na profecia dela.
DIVISÃO
Num salmo tão breve, não há necessidade de outra divisão
do que a indicada pela pausa musical no fim de Sl 47.4.
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Expressões de alegria incomuns e entusiásticas quando
justificáveis e até desejáveis.
VERS. 1-4. Alegria é o verdadeiro espírito do culto.
1. Alegria no caráter de Deus.
2. Em seu reinado.
3. Nos triunfos de seu evangelho.
4. Em dedicação aos seus santos.
VERS. 2. Os terrores do Senhor vistos pela fé como um tema de alegria.
VERS. 2 (segunda cláusula). O reino universal de Cristo como é
e como há de ser.
VERS. 3. A esperança da vitória para a igreja. O que será
subjugado? Pela instrumentalidade de quem? Nós. Pelo poder de quem?
Dele. Quando isso será realizado? Quando isso será cumprido?
Qual é o sinal disso? A ascensão, Sl 47.5.
VERS. 3.
1. O triunfo final dos santos. Todos os inimigos subjugados sob eles na
terra e no inferno, dentro e fora: (a) gradualmente, (b) completamente.
2. O poder por meio do qual isso será executado. Ele subjugará
(KJV), já subjugou (NVI).
(a) Não sem os meios.
(b) Não somente pelos meios.
(c) Mas por determinados meios tornados potentes pela energia divina (G.
R).
VERS. 4. Isso compreende o tempo e a eternidade. E matéria de fato,
de santa aquiescência, de desejo, de gratidão.
VERS. 4.
1. Deus está disposto a escolher nossa herança para nós
no tempo e na eternidade.
2. A escolha dele é melhor do que a nossa - a excelência de
Jacó.
3. Ele nos deixará com as conseqüências de nossa própria
escolha.
4. Ele nos ajudará a obter aquilo que ele escolhe para nós
(G. R).
VERS. 5. A ascensão. Sua publicidade, solenidade, triunfo, alegria.
Quem subiu. Onde ele subiu. Ao que ele subiu. Com que propósito.
Com que resultado.
VERS. 6. A importância do canto sacro. A repetição
repreende nossa preguiça, e subentende que sinceridade, freqüência,
prazer e universalidade devem caracterizar os louvores ofertados.
VERS. 7 (última cláusula). A salmodia dos instruídos
e a instrução pela salmodia; o louvor deve ser tanto o fruto
como o veículo do ensino.
VERS. 8 (última cláusula). A soberania divina sempre está
ligada à santidade.
VERS. 8.
1. Deus tem um trono de santidade, pelo qual ele deverá ser temido
por todos os homens.
2. Um trono de graça, pelo qual ele deve ser amado pelos seus redimidos.
3. Um trono de glória, pelo qual ele deve ser louvado por toda sua
criação.
VERS. 9.
1. Um escudo é uma arma misericordiosa, e nada mais do que isso.
2. Um escudo é uma arma venturosa, uma espécie de garantia,
que agüenta os golpes e recebe os ferimentos pretendidos para outros.
3. Um escudo é uma arma forte, para desviar os dardos do mal e quebrá-los
em fragmentos.
4. Um escudo é uma arma nobre, como nenhum outro: tomar os escudos
era sinal de vitória; preservá-los um sinal de glória.
5. Lembre-se, um escudo sempre precisa ter um olho para guiá-lo
- você guia os escudos, a lei guia o olho (Bispo Reynolds).