TÍTULO E ASSUNTO
Nada se conclui pelo título de quando o salmo foi escrito, pois
o cabeçalho, "Um salmo de Davi", é comum a tantos
salmos; mas se é possível julgar pela matéria do cântico,
o escritor estava sendo perseguido por inimigos, Sl 27.2-3, estava barrado
da casa do Senhor, Sl 27.4, acabava de se separar de pai e mãe,
Sl 27.10, e estava sujeito a difamação, Sl 27.12; não
houve tudo isso junto quando Doegue, o edomita, falou contra ele para Saul?
É um cântico de esperança feliz, que casa bem com aqueles
que estão em provação, que aprenderam a se apoiar
no braço do Todo-Poderoso. O salmo pode com proveito ser lido de
uma maneira tríplice, como sendo a linguagem de Davi, da Igreja,
e do Senhor Jesus. Assim a plenitude da Escritura se mostra ainda mais
maravilhosa.
DIVISÃO
O poeta primeiro proclama sua confiança segura em seu Deus, Sl 27.1-3,
e como ama a comunhão com ele, Sl 27.4-6. Ele, então, passa
à oração, Sl 27.7-12, e conclui com um reconhecimento
do poder sustentador da fé em seu próprio caso e com a exortação
a outros para que sigam seu exemplo.
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1 (primeira cláusula). A relação da iluminação
à salvação, ou a necessidade de luz se os homens querem
ser salvos.
VERS. 1. O herói cristão e as fontes secretas de sua coragem.
VERS. 1. O desafio destemido do crente.
VERS. 2. O caráter, o número, o poder e a crueldade dos inimigos
da igreja, e o modo misterioso como têm sido derrotados.
VERS. 3. Paz cristã.
1. Mostrada na previsão calma da dificuldade.
2. Demonstrada na tolerância confiante da aflição.
3. Sustentada pelo auxílio divino e pela experiência passada,
Sl 27.1-2.
4. Produzindo os mais ricos resultados, glória a Deus.
VERS. 4. A vida cristã modelar.
1. Unidade de desejo.
2. Sinceridade de ação.
3. Intimidade de comunhão.
4. Qualidade celestial da contemplação.
5. Progresso na educação divina.
VERS. 4. O afeto da estima moral para com Deus (Thomas Chalmers).
VERS. 4. Um suspirar por Deus (Sermão de R. Sibbes).
VERS. 4 (última clausula). Ocupações do Dia do Senhor
e os deleites celestiais.
VERS. 4. (cláusula final). Matérias para se perguntar no
Templo dos dias antigos, abertas à luz do Novo Testamento.
VERS. 6. O triunfo atual do santo sobre seus inimigos espirituais, sua
gratidão na prática, e os louvores em viva voz.
VERS. 7. Oração. A quem é dirigida? Como? Clamo. Quando?
Fica indefinido. No que se baseia? Misericórdia. O que precisa?
Ser ouvida, respondida.
VERS. 8. O bem-sucedido requerente (Sermão de R. Sibbes).
VERS. 8. O eco.
VERS. 9.
1. Deserção censurada vivamente em todas as suas formas.
2. Experiência solicitada.
3. Auxílio divino implorado.
VERS. 9. O horror dos santos diante do inferno dos pecadores (James Scot).
VERS. 10. A porção do órfão, o consolo dos
perseguidos, o paraíso dos que partem.
VERS. 11. O caminho do homem simples desejado, descrito, aprovado divinamente,
"o teu caminho", "vereda segura", e ensinada por Deus,
"Ensina-me... Senhor", "conduze-me".
VERS. 13. Fé, sua precedência sobre a visão, seus objetivos,
seu poder sustentador.
VERS. 13. Ver para crer. Título de sermão de Spurgeon.
VERS. 14. A posição do crente, "Espere"; sua condição,
"Coragem"; seu apoio, "viverei até"; sua perseverança,
"espere" repetido segunda vez; sua recompensa.