Prefácio
Quanto mais se lê e estuda Spurgeon, tanto mais se enche de admiração por este "pregador dos tempos," notavelmente dotado. Em sua admirável biografia, The Shadow of the Broad Brim (A Sombra do Chapéu de Aba Larga), o Dr. Richard Ellsworth Day nos dá uma fartura de relances íntimos sobre sua vida, que é a vida de um dos gigantes espirituais de Deus.Antes de sua morte, Spurgeon havia lido "O Peregrino" uma centena de vezes. Todo o seu estilo literário foi poderosamente influenciado por João Bunyan. Ele tinha apenas um propósito na vida: pregar a Cristo em toda a sua glória e poder. Ele não poupou o tipo de ministro de "reuniões elegantes", quando disse: "Acautele-se de andar correndo desta reunião para aquela, contribuindo com sua parte para enfatuar ainda mais os fanfarrões. Sua primeira preocupação deve ser o preparo para o púlpito".
O Sr. Spurgeon era um mestre da palavra falada e escrita. Atente-se para esta sentença do púlpito Metropolitan: "Quando este grande universo jaz na mente de Deus como futuras florestas no cálice da bolota". Foi Dwight L. Moody quem confessou abertamente que sua veemência vinha da Bíblia e de Spurgeon - "Tudo o que ele já disse, eu li. Meus olhos se deleitam nele. Se Deus pode usar o Sr. Spurgeon, por que não deveria Ele usar a nós outros?"
Este volume de Notas de Sermões de Spurgeon foi condensado de quatro volumes de originais com cerca de 1500 páginas, abrangendo a Bíblia toda. Ele está cheio, a ponto de transbordar, e recapitula aproximadamente duzentos esboços de sermão e quase quinhentas ilustrações escolhidas. Esses esboços e essas ilustrações não se destinam ao pregador preguiçoso que despreza ou negligencia a preparação completa; destinam-se, antes, aos ministros, missionários, professores da Bíblia que precisam de uma centelha, uma vez ou outra, para fazer o fogo arder e brilhar com novo calor e poder.
A ardente esperança e oração do redator deste volume, condensado de notas de sermões, é que todo aquele que o puser em uso, pense no Senhor Jesus Cristo, da mesma maneira que pensava o grande pregador de Londres, quando escreveu:
O que a mão é para o alaúde,
O que o sopro é para a flauta.
O que a fragrância é para o olfato,
O que a nascente é para o poço,
O que a flor é para a abelha,
Isso é Jesus Cristo para mim.
O que a mãe é para o filho,
O que o guia é na selva ínvia,
O que é o óleo para a onda turbada,
O que é o resgate para o escravo,
O que é a água para o mar,
Isso é Jesus Cristo para mim.
Grand Rapids, Michigan
David Otis Fuller