63. O PADRÃO DO AMOR

Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela (Efésios 5.25).

 

O amor de Cristo à sua igreja é o modelo para esposos.

Deve ser um amor puro, fervoroso, constante, de auto-sacrifício.

A conduta de Jesus foi a melhor prova de seu amor. Ele "amou a igreja, e deu a si mesmo por ela."

Nossa conduta deve ser o resultado genuíno do nosso amor.

 

I. COMO CRISTO AMOU SUA IGREJA.

Ele amou sua própria igreja com:

1. Um amor de escolha e simpatia especial.

2. Um amor de altruísmo. Ele não amou o que era dela, mas ela própria.

3. Um amor de complacência. Ele a chama: "Hefzibá, meu deleite está nela" (Is 62.4).

4. Um amor de simpatia. Os interesses dela são os interesses dele.

5. Um amor de comunhão. Ele se manifesta à sua noiva escolhida.

6. Um amor de unidade. Uma união amorosa, viva, duradoura é estabelecida. Um amor de constância imutável. Ele ama até o fim.

 

II. COMO ELE PROVOU SEU AMOR.

"Ele se deu pelo amor."

1. Ele se deu à sua igreja deixando o céu e tornando-se encarnado para que pudesse assumir a sua natureza.

2. Ele se deu em toda a sua vida na terra ao despender todas as suas forças para abençoar sua querida.

3. Ele deu a si mesmo em morte, o resgate pela sua igreja.

4. Ele se deu em sua vida eterna: ressuscitando, ascendendo, reinando, intercedendo - tudo pela igreja de sua escolha.

5. Ele se deu em tudo que ele é agora como Deus e homem, exaltado ao trono, para o benefício eterno de sua igreja amada.

 

III. COMO NÓS DEVEMOS PENSAR NISSO.

É colocado diante de nós como um amor, que deve influenciar nosso coração.
Devemos pensar nisso:

1. Em forma de gratidão, admirando cada vez mais tal amor.

2. Em forma de obediência, assim como a esposa obedece o marido.

3. Em forma de reverência, admirando amor tão grande, tão celestial, tão perfeito, tão divino.

4. Em forma de santidade, regozijando-se de ser como nosso esposo santo.

5. Em forma de amor, cedendo nosso coração todo a ele.

6. Em forma de imitação, amando-o e aos outros por causa dele. Vamos entrar no amor de Jesus, apreciá-lo em nosso coração, depois imitá-lo em nossas famílias.

 

COM RESPEITO AO AMOR

Rowland Hill, muitas vezes, ficava angustiado com os relatos falsos que circulavam de coisas que ele dizia, especialmente as que, segundo esses relatos, ele mencionava publicamente sua esposa. Suas atenções a ela até o fim da vida foram da espécie mais educada e afetuosa. A alta opinião que tinha dela até o fim da vida pode ser vista pelo seguinte fato: um amigo tendo informado o sr. Hill do falecimento repentino de uma senhora, esposa de um pastor, observou: "Temo que nosso querido ministro tenha amado a sua esposa demais, e o Senhor em sabedoria a removeu." "O que, meu senhor?", ele respondeu com um sentimento profundo, "Um homem pode amar demais uma boa esposa? Impossível, senhor, a não ser que ele possa amá-la mais do que Cristo ama a igreja. 'Maridos, amai as vossas esposas, assim como Cristo também amou a igreja, e deu a sua vida por ela.'"

"Que todas as coisas sejam feitas em amor," diz o apóstolo. Se todas as tuas ações para com os outros, então, muito mais as coisas que concernem à tua esposa, devem ser feitas em amor. Teus pensamentos devem ser pensamentos de amor; teus olhares devem ser olhares de amor, teus lábios, como o favo de mel, devem transbordar doçura e amor; tuas instruções devem ser orladas de amor; tuas repreensões devem ser adoçadas com amor; teu porte e toda a conversa para com ela não deve ser outra coisa senão o fruto e a demonstração de teu amor. Ah, quanto Cristo, teu modelo, amava sua esposa! Seu nascimento, sua vida e sua morte foram apenas um palco no qual o amor mais quente imaginável, de princípio a fim, fez a sua parte nessa vida. Era um amor conhecido, desconhecido. Tiberius Gracchus, o romano, encontrando duas cobras em sua cama, e consultando com os adivinhadores, recebeu a resposta de que deveria matar uma delas; contudo, se matasse o macho, ele mesmo morreria dentro de pouco tempo; se a fêmea, sua esposa morreria. Seu amor para com a esposa, Cornélia, era tão grande, que ele matou o macho, diz Plutarco, e morreu logo (George Swinnock).

O poeta espanhol Calderon, em um de seus textos, descreve uma linda moça romana, com o nome de Daria, eventualmente uma convertida e mártir cristã, que declara, enquanto ainda era pagã, que ela nunca amaria até que encontrasse alguém que tivesse morrido para provar seu amor por ela. Ela ouve falar de Cristo, e seu coração é ganho.