20. RIOS NO DESERTO
Um homem será. . . como rios de água numa terra seca (Isaías 32.2).
Nosso Senhor Jesus é mais próximo e querido de nós como homem. Sua virilidade nos lembra de:
- Sua encarnação, na qual ele assumiu nossa natureza.
- Sua vida na terra, na qual ele honrou nossa natureza.
- Sua morte, pela qual ele redimiu nossa natureza.
- Sua ressurreição, pela qual ele ergueu a nossa natureza.
Considere a palavra tornada carne, e você tem diante de si "rios de água". "Agradou ao Pai que nele habitasse toda a plenitude."
Embora a virilidade pareça ser um lugar seco, uma terra salgada e estéril, contudo, no caso deste homem, ela produziu rios de água, inúmeros riozinhos, abundantes com frescor.
Aprendamos desta comparação diante de nós:
I. QUE A SECA DA NATUREZA NÃO IMPEDE A VINDA DE CRISTO AOS HOMENS.
1. Ele veio ao lugar seco de um mundo caído, arruinado, rebelde.
2. Ele vem a homens pessoalmente, não obstante eles serem sem forças, sem justiça, sem desejo, sem vida.
3. Ele flui dentro de nós em rios de graça, embora a velha natureza continue a ser uma terra seca e crestada.
4. Ele continua o influxo de sua graça até que nos aperfeiçoe, e faz isso embora a deterioração da natureza, o fracasso e a inconstância provem que somos como um lugar seco. "Onde o pecado existiu em abundância, a graça abundou muito mais."
II. QUE A SECA DA NATUREZA INTENSIFICA A PRECIOSIDADE DE CRISTO.
1. Ele é rapidamente descoberto, como seriam os rios no deserto.
2. Ele é altamente valorizado, como a água em um clima tórrido.
3. Ele é amplamente usado, como os riachos no deserto abrasador.
4. Ele é afirmativamente conhecido como sendo o dom da graça de Deus. De que outro modo veio ele estar em um lugar tão seco? Aqueles que menos mérito têm são os mais esclaredicos quanto à graça de Deus.
5. Ele é agradecidamente louvado. Os homens contam de rios que fluem através de ermos devastados.
III. QUE A SECA DA NATUREZA É MAIS EFETIVAMENTE REMOVIDA POR CRISTO.
Os rios mudam a aparência e as características de um lugar seco. Pelo nosso Senhor Jesus aparecer em nossa natureza humana como Emanuel, Deus conosco:
1. Nosso desespero é alegrado e some.
2. Nossa pecaminosidade é purgada.
3. Nossa natureza é renovada.
4. Nossa desolação é removida.
5. Nossas tribulações são vencidas.
6. Nossa condição decaída é transformada em glória. O deserto de hombridade se regozija e floresce como a rosa agora que o homem Cristo Jesus apareceu nele.
IV. QUE NOSSO PRÓPRIO SENSO DE SECA DEVE LEVAR-NOS ESPERANÇOSAMENTE A RECORRER A CRISTO.
Ele é rios de água em lugar seco. O lugar seco é sua esfera de ação. A carência da natureza é a plataforma para a mostra da graça.
1. Isso está implícito nos ofícios divinos de nosso Senhor. Um Salvador para pecadores. Um sacerdote que pode ter compaixão pelos ignorantes.
2. Iss é lembrado em suas grandes qualificações. Rios, porque o lugar é tão seco. Cheio de graça e verdade, porque nós somos tão pecaminosos e falsos. Poderoso para salvar, porque nós somos tão perdidos.
3. Isso é manifestado pelas pessoas a quem ele vem. Não muitos grandes ou poderosos são escolhidos. "Eu vim não para chamar os justos, mas pecadores ao arrependimento." Ele chama "o chefe de pecadores." Em cada caso, os rios de amor fluem entrando num lugar seco.
4. Isso é claro pelo objeto ao qual ele apontou, a saber, a glória de Deus, e o tornar conhecido as riquezas de sua graça. Isso pode ser melhor realizado trabalhando-se a salvação onde ela parece não existir, ou, em outras palavras, fazendo com que rios coloquem água em lugares áridos. Venha a Jesus, embora sua natureza seja seca, e seu caso sem esperança. Venha, pois há rios de graça nele. Venha, porque eles fluem a seus pés, "num lugar seco." Venha, se você já veio antes, e está no momento numa condição de apostasia. O Senhor Jesus ainda é o mesmo; os rios de misericórdia nele nunca secam.
Cristo nunca é vazio para ninguém senão para aqueles que estão cheios de si mesmos. Ele é seco para aqueles que transbordam de plenitude pessoal, mas ele inunda com sua graça todos os que estão secos quanto a toda confiança em si.
RIOZINHOS
Homens que têm terra seca não poupam custos, não poupam esforços, para trazer correntes de água através dessa terra, para que seja umedecida. Sabem que, em pouco tempo, isso valerá todo o custo e recompensará todo o seu trabalho. Ah, que os homens sejam tão cuidadosos assim para que seus corações secos sejam regados! (Ralph Robinson).
As reivindicações de Jesus Cristo sobre nossa gratidão e devoção são tais que nós alegremente tomamos emprestada a linguagem de qualquer coisa que possa ajudar-nos a pronunciar seu louvor. Assim, o dr. Marsh adaptou os versículos do poeta inglês Pope, alterando somente as palavras finais:
Com que alegria os viajantes que passam pelo deserto Bayuda chegam a ver na distância o rio Nilo! Enquanto laboriosamente caminhavam sobre a areia abrazadora, sonhavam com rios, e a miragem zombava deles com a imagem de seu sonho acordado. A ficção os encanta porque o fato seria delicioso! O que deve ser estar realmente a beber do riozinho depois de terríveis horas de sede? Os hindus adoram seus rios como deuses, tão preciosos eles os concebem ser. Você se admira que a gratidão dos ignorantes possa tomar tal forma? O que seria do seu país quente sem eles? O que seria do nosso coração, da nossa vida, do nosso presente, do nosso futuro, sem Cristo? O que seria do futuro de nossa nação - qual seria o destino do mundo sem o Senhor Jesus?
O que queremos em Cristo, nós sempre encontramos nele. Quando nada queremos, nada achamos. Quando queremos pouco, encontramos pouco. Quando queremos muito, achamos muito. Mas quando queremos tudo, e ficamos reduzidos á nudez completa e a pedir esmolas, nós encontramos em Cristo a completa casa do tesouro de Deus, da qual saem ouro e jóias para nos enriquecerem, e vestimetas para nos vestirem na riqueza e justiça do Senhor (Sears).