7. RUÍNAS

Narre as circunstâncias reais. Acaz voltou de Jeová para servir os deuses de Damasco, porque a Síria estava gozando de prosperidade. "Ele ofereceu sacrifícios aos deuses de Damasco que o haviam derrotado, pois pensava: 'Já que os deuses da Síria os têm ajudado, oferecerei sacrifícios a eles para que me ajudem também'. Mas eles foram a causa de sua ruína, e da ruína de todo o Israel."

A conseqüente introdução de falsos deuses e profanação do culto de Deus tornou-se a ruína de Acaz e seu reino.

Nós tememos com receio de que isso seja a ruína da Inglaterra; pois os ídolos dos papistas e as doutrinas de Roma estão novamente sendo estabelecidos em nossa terra. Embora nenhum país prospere no qual estes prevalecem, contudo, mentes obcecadas estão trabalhando para restaurar os deuses do Vaticano. Este assunto merece muitos sermões fiéis.

Neste ponto, voltaremos o texto para um uso mais geral.

 

I. O HOMEM SE ARRUINANDO.

Acaz é o tipo de muitos destruidores de si. "A tua ruína, ó Israel, vem de ti" (Os 13.9, ARA).

- Ele queria ser seu próprio mestre. Isso arruinou o filho pródigo, e arruinará milhões de outros.

- Ele era arbitrário e arrogante no pecar. "Andou nos caminhos dos reis de Israel" (2Reis 16.3-4). Esta é uma corrida para a ruína.

- Ele esbanjou tesouro com isso. Gastou muito e ganhou pouco. Desperdício e muitos outros caminhos errados são caros e ruins.

- Ele desafiou a punição. "Mesmo nessa época em que passou por tantas dificuldades, o rei Acaz tornou-se ainda mais infiel ao Senhor" (1Cr 28.22). Essa rebeldia contra a correção leva à ruína certa.

- Ele era muito sagaz e bajulava os grandes. Ele fez uma cópia de um altar clássico e o mandou para sua casa. Mais homens perecem por serem espertos demais do que por serem simples.

- Ele era um homem de bom gosto. Admirava as antigüidades e o estético na religião.

- Ele teve oficiais para apoiá-lo. "O sacerdote Urias construiu um altar conforme as instruções que o rei Acaz tinha mandado" (2Reis 16.11). Maus ministros são terríveis destruidores.

- Ele imitou pecadores prósperos. O rei da Assíria tornou-se seu tipo. Isso é conduta ruinosa.

- Ele abandonou todo culto de Deus. "Ele trancou as portas da casa do Senhor" (2Cr 28.24). Este é o clímax de rebelião e o selo de ruína.

Mas ele não prosperou; os falsos deuses foram a ruína dele.

 

II. O HOMEM EM RUÍNAS.

Nós deixamos Acaz, para pensar em alguns à nossa volta.

- O homem torna-se carcomido com vício secreto. Uma ruína que apodrece assombrada por morcegos e corujas e criaturas sórdidas da noite.

- Um homem com hábitos de beber, um bruto, um inimigo.

- O homem que é má companhia, capaz de logo estar em prisão, ou rejeitado.

- O homem de más companhias e fala suja, perdido para Deus, para o bem, e o senso moral.
- Em volta de nós vemos tais ruínas espirituais.
- Voltados de usos santos para serem uns perdidos mofando. O homem é arruinado em:

- Paz, caráter, utilidade, perspectivas para o futuro. Pior de tudo, ele mesmo é uma ruína e será assim para sempre.

- Uma ruína sugere muitas reflexões.

-O que foi! O que poderia ter sido!

-O que é! O que será!

-Meditações entre ruínas podem ser úteis àqueles que se inclinam a repetir a experiência de Acaz.

 

III. OUTROS ARRUINADOS COM ELE.

"Foram a ruína dele e de todo o Israel."

- Propositalmente. Alguns homens pelo exemplo criam bêbados, pelo ensino fazem pagãos, pela sedução arruínam a virtude, pela própria presença destroem tudo o que é bom nos seus associados.

- Incidentalmente, mesmo sem intenção, eles espalham o contágio do pecado. Sua irreligião arruína os jovens, sua conduta influencia os inseguros, sua linguagem influencia os maus.

- O pecado arruinará a você, se persistir nele.

- Sua queda arrastará outros.

- Você não tentará fugir de ruína?

- Jesus é o restaurador dos dissipadores.

 

RUÍNAS

Na Austrália, há uma arma de arremesso chamada bumerangue que, quando arremessada, descreve curvas singulares e volta por fim à mão de quem a lançou. O pecado é uma espécie de bumerangue, que, curiosamente, sai para o espaço, mas retorna para o seu autor, e com dez vezes a força golpeia a alma culpada que o lançou.

Poderíamos ilustrar o mal do pecado com a seguinte comparação: "Suponha que eu estivesse passando por uma rua e fosse arremeter minha mão através de uma grande chapa de vidro, que mal eu receberia?" "Você seria punido por quebrar o vidro." "Seria só esse o mal que eu receberia?" "Sua mão seria cortada pelo vidro." "Sim, e assim é com o pecado. Se você quebra as leis de Deus, você será punido por quebrá-las, e sua alma é machucada pelo próprio ato de quebrá-las" (J. Inglis).

Já ouvi contar que um pastor uma vez ficou de pé e observou uma águia sair de um despenhadeiro. A ave voou bem alto no ar e, logo depois, parecia oscilar, e rodou em seu vôo no ar. Primeiro, uma asa abaixou, e depois a outra; logo, com grande velocidade, o pobre pássaro caiu rapidamente em direção ao chão. O pastor ficou curioso para saber o segredo de sua queda. Ele a apanhou. Viu que quando a águia pousou pela última vez no despenhadeiro, uma pequena serpente tinha se fixado nela, e à medida que a serpente mordeu mais e mais, a águia em sua agonia rodou no ar. Quando a serpente tocou no coração dela, a águia caiu. Você nunca viu um homem ou mulher na igreja, ou na sociedade, subindo e subindo; o homem se tornando cada vez mais influente, aparentemente forte, bem conhecido, exercendo poder perto e longe; e, depois, ficar oscilante, incerto, rodando, como se fosse por incerteza e inconsistência, e por fim cair ao chão, e prostrado ali em descrédito desesperançado, um espetáculo para anjos chorarem e mofadores e diabos se rirem. Você não conhece o segredo da queda, mas o olho onisciente de Deus o viu. Aquela negligência de oração, aquela desonestidade secreta nos negócios, aquela indulgência escondida no copo intoxicante, aquela licenciosidade não vista por homens, aquela mexida secreta com descrença e erro, era a serpente no coração que fez cair a águia.

Sábios dos dias antigos sustentavam que nenhum pecado já foi cometido cujas conseqüências ficavam somente sobre a cabeça de quem o cometeu; que nenhum homem podia fazer mal e seus companheiros não sofrerem. Ilustravam isso assim: "Uma embarcação, velejando de Joppa, levava um passageiro que, por baixo do seu leito, cortou um buraco furando o lado do navio. Quando os homens da vigília discutiram com ele, dizendo: "O que fazes, ó homem miserável?", o ofensor calmamente replicou: "O que importa para vocês? O buraco que eu fiz está debaixo do meu próprio leito." Esta antiga parábola merece ser considerada. Nenhum homem perece sozinho em sua iniqüidade; nenhum homem pode adivinhar todas as conseqüências de sua transgressão.